O vento do otimismo parece soprar favoravelmente para os lados da campanha do atual governador Rodrigo Garcia, tucano que tenta a recondução ao cargo, e seu vice Geninho Zuliani, do União Brasil, a dupla “pão com pão” que parece estar “desencravando”.
Os números do Datafolha desta quinta-feira, 15, injetou adrenalina nos candidatos e seus correligionários que agora, mais do que nunca, passaram a apostar em Garcia no segundo turno, e na vitória sobre Fernando Haddad, candidato do PT, que tudo leva a crer está consolidado para a próxima fase da disputa.
Os números da pesquisa divulgado pelo JN e depois espalhado pelas redes sociais e outros canais de TV mostraram o ex-ministro e ex-prefeito petista à frente, com 36% das intenções de voto, depois o ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, com 22%, e o atual governador, Rodrigo Garcia, com 19%. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, haveria um empate técnico no segundo lugar.
Há muito pouco indecisos, na casa dos 7%, enquanto “brancos” e “nulos” somaram 11% dos entrevistados. E o que se vê neste momento, é Garcia crescendo entre os eleitores que não são de Tarcísio nem de Haddad. Porque ambos cresceram também neste levantamento.
Tarcísio vem crescendo na sequência de apurações, como Garcia. Portanto, a prosseguir esta situação, ambos talvez cheguem às urnas em situação de empate técnico se não houver uma disparada de um ou de outro, ou a queda ou estagnação de Tarcísio.
A impressão que dá é que o governador-candidato está conseguindo convencer indecisos e os “brancos” e “nulos”. Portanto, não estaria “virando voto”. Até mesmo porque, quem é Haddad não o deixaria por Rodrigo, o mesmo dizendo dos bolsonaristas, que neste primeiro turno jamais vão abandonar o ex-ministro pelo tucano.
Mas, no cenário de segundo turno, a migração dos votos de Tarcísio para Garcia é grande. A ponto de colocar em risco a superioridade numérica de Haddad. A ponto de levar a trupe garciista a “ter certeza” que num segundo turno com o petista eles levam. A ponto de já se observar que aquilo que estaria ainda num estágio de esperança, já o suplanta e se transforma em estado de arrogância por parte de certos correligionários.
O quadro de segundo turno, mostrado pelo Datafolha, coloca Fernando Haddad com 54% contra Tarcísio de Freitas, que teria os mesmos 36% de Bolsonaro no estado, aparentemente, e contra Rodrigo Garcia, Haddad teria 47% por 41%. Apenas 6% à frente estaria Haddad. Ou quase 2,1 milhões de votos.
Observem a “dança dos votos” apurada aí. Percebe-se que o petista atrai votos de Garcia, porque vai de 36% para 54%, ou seja, ganha 18% dos votos “soltos”, uma bagatela de 6,24 milhões de sufrágios. O bolsonarista, por sua vez, ganharia 14% mais de votos, perto de 4,8 milhões. Ou seja, mais votos de Rodrigo e alguns dos demais candidatos somariam com Haddad.
Porém, a segunda hipótese, Rodrigo versus Haddad torna-se mais reveladora sobre a tendência de migração de votos. Rodrigo pularia de 19% para 41%, ganhando, portanto, 22% dos votos numa cacetada só, presumivelmente votos bolsonaristas da primeira disputa, enquanto o petista perderia 7% do total registrado contra o bolsonarista, batendo nos 47%.
Observem, pois, que Garcia ganha algo em torno de 7,63 milhões de votos e ainda chega à “arena” do segundo turno com quase 2,1 milhões de votos a menos que Haddad.
Tarefa hercúlea a ser desenvolvida pela máquina estatal, que o governador tem usado despudoradamente, na sua necessidade insana de ganhar esta contenda. E não só para preservar a hegemonia tucana entre os paulistas mas, principalmente, para não vir a ser o “coveiro” dela.
O quadro está dado. Sem senões, nem quês, nem porquês. Unicamente baseado nos últimos números do Datafolha, talvez o instituto de maior credibilidade entre políticos, imprensa e pensadores do meio, formuladores de estratégias.
Pode ser que daqui uma semana, quando outro levantamento surgir, tudo tenha mudado. Para melhor ou para pior. E este quadro de agora de nada valha.
Mas, antes de saírem por aí dizendo que Garcia já ganhou a eleição contra o primeiro colocado neste primeiro turno e o de maior intenção de votos no segundo, é preciso tirar uma pedra do caminho, e ela se chama Tarcísio de Freitas.
No momento 3% ou pouco mais de um milhão de votos à frente do governador-candidato. E, repetimos, Garcia não está tirando votos dele, nem de Haddad, à primeira vista.
E se a tendência de subida do ex-ministro de Infra-Estrutura se mantiver neste nível e a de Garcia também? Vamos ter uma corrida de “pega-pega” até o momento final, para se decidir na boca-de-urna? Esta que já foi mais efetiva antes das “amarras” impostas aos pleitos eleitorais pelo TSE?
Bom, logo mais adiante seremos testemunhas de uma espécie de “milagre da multiplicação dos votos”, ou assistiremos a um esgotamento deste crescimento. A partir de amanhã, 18 de setembro, faltarão exatos 15 dias para os eleitores digitarem os números de seus candidatos nas urnas eletrônicas.
E daqui uma semana, com novo Datafolha, teremos novas informações sobre os números da disputa paulista. Podem ser iguais, podem ser diferentes, pode haver reviravolta entre os dois segundo colocados, pode acontecer uma tragédia e Haddad despencar…
Tudo é possível. Mas, acreditamos que então já dará para saber quem a moça bonita do baile -a vitória-, escolherá para a primeira contradança.
MUDANDO DE ASSUNTO:
Arrecadação com IPVA até agora na
Estância está 12% acima de 2021
A arrecadação com o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores, o IPVA deste ano, em relação a 2021 na Estância Turística de Olímpia, está pouco mais de 12% maior, segundo valores expressos no setor de “Repasses de Tributos a Municípios”, na página oficial da Secretaria Estadual da Fazenda, na internet.
No ano passado, com repasses de valores variáveis por 12 meses, o total da arrecadação ficou em R$ 11.084.517,11. O mês de maior volume em dinheiro foi janeiro, claro, quando o proprietário pode fazer a opção pelo pagamento à vista, rendendo aos cofres da prefeitura, R$ 4.661.879,41.
O mês de menor volume financeiro foi novembro, com apenas R$ 248.033,45, enquanto fevereiro foi o segundo mês de maior valor de repasse, R$ 1.912,566,73, e março o terceiro, com R$ 1.349.983,99. A partir de abril, todos os repasses ficaram abaixo de R$ 500 mil.
Este ano de 2022, os repasses ficaram acima de 2021 mesmo computando-se apenas oito meses até agora, não se sabendo se haverá montante a receber a partir deste mês, uma vez que na segunda semana de repasses, setembro está zerado em IPVA. Os repasses da Fazenda, incluindo o ICMS, Fundo de Exportação e “Complementos”, são feitos sempre às terças-feiras.
Computando-se então oito meses de 2022, o caixa da Estância foi recheado com R$ 12.146.818,50. Porém, na arrecadação de janeiro, no ano passado o montante ficou quase R$ 50 mil acima do deste ano, mais exatamente R$ 48.254,08. Em janeiro 2022 o repasse foi de R$ 4.613.625,33, contra os R$ 4.661.879,41 de janeiro/2021.
O mês de menor arrecadação, desta vez foi julho, com R$ 484.863,74. Fevereiro, igualmente a 2021, foi o segundo em valores, com R$ 1.641.643,89. No quadro deste ano, março, abril e maio tiveram repasses acima da casa de R$ 1 milhão.
A título de informação, computados todos os demais itens dos repasses até a segunda terça-feira deste mês, em oito meses e meio, portanto, Olímpia já recebeu mais de R$ 47 milhões em tributos remetidos como cota-parte à cidade pelo Governo do Estado. Em 2021, nos 12 meses corridos, estes repasses ficaram na casa dos R$ 56,2 milhões.