Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Tag: Recinto do Folclore

NO EPISÓDIO DO PARQUE NIQUINHA MOSTROU SER SEU PIOR INIMIGO

Se havia necessidade do vereador e presidente da Câmara de Olímpia, Antonio Delomodarme, o Niqunha (Avante), fazer o barulho que fez na segunda-feira em torno do seu projeto que concede gratuidade a crianças carentes ou não nos brinquedos terrestres do parque, só o futuro irá dizer.

Mas foi um barulho ensurdecedor, com direito até a revelações de caráter íntimo do vereador, fato de tempos não muito distantes. O que fica de tudo isso é a certeza de que, até para supostamente fazer o bem, Niquinha precisa estar em situação de forte conflito.

Verdade seja dita, este projeto que o vereador louva tanto e tanta propaganda faz, nada mais é do que o aproveitamento de uma situação prática já desenvolvida na cidade em relação aos parques do Fefol de muitos anos e muitas gestões.

Ocorre que, nestes casos, a gratuidade era para crianças pertencentes à rede municipal de proteção, rede municipal de ensino, crianças da APAE, ou seja, um formato que da mesma maneira atendia o estrato populacional que o projeto de Niquinha atende, exceto que antes, quem podia pagar pelos brinquedos, pagava. O projeto de Niquinha não faz distinção.

Se é justo ou não, isso é lá com ele e suas demagogias oportunistas. Sim, porque não foi outra a intenção do vereador, senão política, a de se fazer presente no Recinto durante toda a tarde da segunda-feira, conversando com pessoas, abraçando crianças e, pasmem, senhores, colocando uma cadeira estrategicamente em meio ao movimento, ali permanecendo por todo o tempo.

Mas, se por um lado o vereador pode ter ganhado alguns pontinhos, por outro lado perdeu, e perdeu feio, não só pontinhos, mas também um pouco de dignidade e recato, pois não resistiu ao seu ímpeto belicoso e foi cutucar uma olimpiense que não tem papas na língua e que, a bem da verdade, nada tinha dito ou feito até então, contra a investida eleitoreira do presidente da Casa de Leis.

Niquinha, orientado não se sabe por quem, colocou uma correligionária sua para atacar esta pessoa de lá do Recinto, via vídeo gravado e postado em sua página no Facebook, onde a cidadão em questão dizia alguns impropérios a esta outra cidadã que, não resistindo, decidiu fazer uma live em seu Facebook, para uma audiência estrondosa.

E ela não se fez de rogada e “jogou no ventilador” até o que não devia, e revelou para o público enorme que a acompanhava, o que ninguém esperava em momento algum a respeito do edil. Foi ruim para o vereador, com certeza. Muito ruim. Porque seu trabalho de marketing em cima da gratuidade do parque foi quase todo por água abaixo.

E não foi só isso. Niquinha também abriu atrito com a secretária municipal de Educação, a quem tachou de desnecessária na Pasta que dirige, pois não teria capacidade de tomar decisões.

Acontece que este ano, diferentemente de anos anteriores, as escolas não foram usadas pelos grupos participantes do Festival, porque estes ficaram hospedados em hotéis e pousadas locais. Assim, os alunos não foram dispensados. De forma que a rede municipal não pôde usufruir da “benesse” do vereador.

Ele tentou mudar a situação em contato com a secretária, mas não obteve êxito. Depois, bradou: “Esta secretária não deveria estar onde está”.

Também abriu atrito com integrantes da Comissão Organizadora do Festival -“Comissão mal despreparada (sic)”, disse ele; com integrantes da equipe de trabalho da prefeitura e até mesmo com funcionários do parque que interromperam a brincadeira uma hora antes da que ele havia anunciado em seus vídeos insistentes no Facebook.

Desta forma, Niquinha deixou atrás de si um rastro de discórdia, desentendimentos e muito de sua natural idiossincrasia. Se pretendia com isso dar o “start” em uma eventual campanha eleitoral ao cargo majoritário, entendemos que o tiro saiu pela culatra, uma vez que, para agradar seu público, praticamente arrebentou com sua eventual estrutura de base.

Isso sem contar o uso da estrutura funcional da Câmara de Vereadores, que preside, o que poderia lhe render uma bela improbidade administrativa. Até porque a impessoalidade passou longe, muito longe do Recinto do Folclore na manhã e tarde de segunda-feira passada, dia 5.

ANTI-MARKETING DE DÓRIA JÁ RECEBE APLAUSOS!

Este Blog cantou a bola. E já está todo mundo
aplaudindo o novo governo estadual.
Também, pudera, o que será que mais de
R$ 4 milhões para obras de infraestrutura
turística não resolve, não é mesmo?

Como foi festivamente anunciado em horas poucas passadas, a Estância Turística de Olímpia foi uma das 70 cidades paulistas contempladas com um novo pacote de recursos anunciado pelo Governo João Dória, na última sexta-feira, dia 22 de fevereiro.

Olímpia receberá R$ 4.177.964,07 para obras de infraestrutura turística. Pena que todo este dinheiro, ao que parece, tem como destino aquele projeto estapafúrdio de cobrir a arena do recinto, com uma estrutura “pós-qualquer-coisa” que lá ficará à mercê das intempéries do tempo, para uso uma ou duas vezes no ano, no máximo.

É muito dinheiro para empatar em algo que não terá absolutamente nada a ver com o bem estar coletivo ou, que seja, dos turistas.

Informa a administração municipal que “além do projeto de cobertura do Recinto, o município também tem mantidos os recursos estaduais de 2016 e 2017, destinados à revitalização da praça e implantação do calçadão e para construção do complexo cultural na antiga Estação Ferroviária, respectivamente”.

Essa tal “revitalização da praça” nada mais é que construir ali mais um edifício de proporções monumentais, também no final das contas um desperdício de dinheiro público, pois não só revela-se obra desnecessária, como também um estorvo em local onde os tempos atuais pedem arejamento, verde em profusão, árvores!

Mas o governo municipal prefere “plantar” um monstrengo com aparência de um girino gigante ou coisa assemelhada, que virá “sufocar” ainda mais aquele trecho da praça, onde já se tem pelo menos outros seis prédios de dois pavimentos, mais dois com vários andares em cada ponta.

Isso sem contar a própria Matriz de São João Batista, com sua estrutura monumental.

Quanto ao “calçadão”, há que se ver qual sua utilidade prática e como esse projeto será desenvolvido, pois há meios de fazê-lo integrado ao movimento de veículos, embora em menor escala, ou simplesmente banir do seu entorno os automóveis, resta saber como reagirá o centro com seu fluxo já “empastelado”.

Enfim, de acertado aí neste “pacote”, a nosso ver (e o pensar é livre, ainda!) somente a implantação de um complexo cultural no prédio hoje abandonado da estação ferroviária, que já tinha sido desenhado na gestão passada e cujo projeto, espera-se, não seja esvaziado em concepções “diferenciadas” que a atual gestão adora formatar.

Lembrando ainda que o governo de turno pleiteia outra verba, e a quer também do Turismo, para a duplicação da via de acesso Dr. Wilquem Manoel Neves, que facilitará o acesso de turistas ao Hot Beach, por uma via tranquila que desaguará em suas portas.

Dá para perceber que estamos diante de uma administração “coisificante”, correto? Focada no que é concreto (em ambos os sentidos-antítese e material), já que o abstrato, em tese, seria cuidar do homem, o cidadão pagador de impostos que espera, no mínimo, poder ter a sensação de bem estar, de que está sendo priorizado.

E isso não se faz com obras monumentais mas, talvez, com pequenas e simples coisas, que demandam até mesmo soma menor de recursos, porém com resultado final imensurável.
*_____________________________________________*
*OLÍMPIA, 116 ANOS!
A NOIVA SERTANEJA, HOJE CAPITAL NACIONAL
DO FOLCLORE E ESTÂNCIA TURÍSTICA!
PARABÉNS A TODOS NÓS,
SEUS FILHOS OLIMPIENSES,
QUE AQUI VIVEMOS, DESDE ENTÃO!

CONSIDERAÇÕES SOBRE CORTE DE VERBA E O CHORORÔ DAS CARPIDEIRAS

O prefeito Fernando Cunha (PR) acaba de perder mais um convênio que viria sustentar mais um dos seus, digamos, projetos supérfluos. Desta vez foi a verba pleiteada para a obra de cobertura do Recinto do Folclore, conforme ele anunciara ao final do 53º Festival, em agosto de 2017.

A decisão é do dia 18 de janeiro, por meio da Resolução 03. O processo era o de número 106/2018, convênio 324/2018. Observem que desde 2017 o prefeito vem tratando deste assunto. Passaram pelo Bandeirantes dois governadores.

E só um ano e meio depois, na última semana de dezembro do ano eleitoral de 2018, é que obtém a autorização?

Cunha já havia “perdido” outra verba anteriormente, esta de cerca de R$ 5 milhões, que usaria para a não tão urgente e necessária duplicação da Vicinal Wilquem Manoel Neves, partindo do Hot Beach até o Trevo da Cutrale. Da mesma forma, convênio assinado no “apagar das luzes” de 2018.

Embora as carpideiras de plantão tenham difundido seus chororôs nas redes sociais nas últimas horas, o governador João Dória (PSDB) procedeu ao corte de convênios de mais de 160 cidades, turísticas (cerca de 70) ou de Interesse Turístico. Não foi, portanto, somente Olímpia.

E embora ainda tais carpideiras venham tentando fazer crer que se trata de perseguição política, porque Cunha pediu votos para Márcio França ao governo do Estado, nas eleições passadas, tratou-se, segundo justificativa da Secretaria do Turismo, de uma decisão técnica.

Decisão lastreada na intenção visível do ex-governador de impulsionar sua candidatura ao Bandeirantes assinando convênios “a torto e a direito” no “apagar das luzes” do ano passado, distribuindo sem nenhum critério e embasamento técnico, dinheiro público.

Haja vista que o convênio com o DADETUR, no valor de exatos R$ 3.890.233,37, foi assinado no dia 19 de dezembro, já praticamente no “escuro” da sala de um administrador que saía do cargo. O mesmo se deu com o convênio anterior, de cerca de R$ 5 milhões. O atual governo contestou a “urgência” de ambos os projetos.

O detalhe desta verba de agora, que o prefeito e suas carpideiras tratam como retaliação, é que ela foi anunciada pelo alcaide em 2017, no encerramento da edição do Fefol daquele ano, o primeiro sob a “regência” de Cunha e sua trupe.

De onde o mandante de turno tirou esta ideia não se sabe. O recinto do Folclore existe há mais de 30 anos na cidade e sempre foi sem a cobertura que Cunha agora quer impor a ele. decisão unilateral e totalitária que dividiu opiniões. Ou nem as suscitou, tamanha a estranheza.

Não foi possível detectar os primórdios dos trabalhos em torno do Recinto, desde o projeto original, coisa que data de 32 anos atrás, no mínimo. Mas segundo as parcas informações, uma arquiteta de origem nipônica teria sido a autora do projeto, naturalmente com base na proposta de José Sant’anna, criador e principal mantenedor dos festivais, até sua morte.

A profissional fazia parte de um programa de auxílio técnico a projetos, do Governo do Estado, salvo engano denominado “Somando Verde”. Quando de sua inauguração, foram estas as palavras do mestre:

“Olímpia dá uma contribuição elevadíssima ao estudo e à preservação do folclore nacional. A Praça, de construção moderna, é elegante e espaçosa, e merece especial menção entre as principais obras do gosto de nossa gente. Nela, o povo se reanima e sente-se valorizado, pois apresenta um aspecto pitoresco e muito agradável em meio a músicas, danças, folguedos, flores, comidas e ao geral e entusiástico contentamento da povoação inteira”.

O Recinto foi imaginado por Sant’anna, desenhado por profissionais zelosos e construído com muito sacrifício, para ser uma homenagem aos primórdios da civilização, com seu desenho e estrutura ao estilo greco-romano, ou seja, um projeto no qual não cabe jamais, cobertura, seja de que espécie for, ainda que modernosa e “futurista” como a que foi apresentada.

Seria, ali, um “elefante branco” suspenso. Por sorte a caneta de Dória pelo menos adiou a concretização desta ideia “luminosa”, a dar tempo para que o mandatário reflita sobre estas e outras questões atinentes àquele local, propriedade do povo.

Por exemplo, concluindo-o e assim realizando o sonho da vida de Sant’anna, que era a construção de alojamentos no local, onde já por décadas estão plantados os alicerces, e o estacionamento urbanizado para os ônibus de grupos e de turistas (neste caso, hoje tão rarefeitos).

Podia também fechar uma daquelas barracas, dota-la de ar condicionado, piso mais nobre, paredes idem, sistema de som, etc., para conferências, encontros, debates e até apresentações musicais de caráter regional e de raízes folclóricas, ou mesmo de grupos. São exemplos.

Exemplos de investimentos racionais e que agregariam valor àquela localidade que, com arquibancadas mais confortáveis e um pouco mais de acessibilidade, estaria perfeito para o seu propósito.

Se ao invés disso a proposta é cobrir a arena, calçar seu solo e impor ali outras “modernidades”, terá sido mera materialização da visão burguesa da qual nosso Fefol tem sido vítima ao longo dos muitos últimos anos.

A TAL LEI QUE PÕE PREÇO EM ESPAÇOS PÚBLICOS VAI VALER PARA TODOS?

A questão a se colocar é: vai valer também para as igrejas evangélicas, tão pródigas em usos e costumes quando o assunto é próprio público? Caso sim, de verdade, então o governo Cunha (PR) está dando uma passo destemido e em sentido contrário às administrações anteriores, que viviam de abrir portas para eventos deste segmento, quando não ainda injetava dinheiro público neles.

O projeto de Lei foi votado na Câmara de Vereadores na segunda-feira passada, 5, estabelecendo novos e “salgados” preços das taxas cobradas pelo município para uso das instalações do Recinto do Folclore, Ginásio de Esportes, Casa de Cultura e outros imóveis da municipalidade. A cobrança alcança a todos, porém este “todos” tem um senão.

Na leitura do projeto, que se tornará lei ainda este mês, não se vê citação a agremiações religiosas evangélicas, ou seja, nem as autoriza, nem as proíbe, para bom entendedor. O PL 5.217/2017, como diz seu artigo primeiro, vem estabelecer normas para a realização de eventos “de caráter artístico, social, esportivo ou cultural”.

Em seu parágrafo único destalha que ‘excetuam-se das prescrições do presente artigo as reuniões de qualquer natureza realizadas por clubes ou entidades profissionais e beneficentes, voltadas aos seus associados (…)”.

Bom, que se saiba, igrejas evangélicas não se encaixam em nenhuma das modalidades acima: seus eventos não têm caráter artístico; ou social; ou esportivo; ou cultural. E caso organizem algo sob estas denominações, então terão que arcar com os custos, correto? Nem são estas instituições, “profissionais” ou “beneficentes”.

Mas, via de regra, os eventos deste segmento são de caráter religioso. E não há nenhuma menção a isso no projeto que se tornará lei. Então, hão de perguntar: está tudo liberado? É esperar para ver. E, também, vigiar, para se saber se haverá distinção a este público, sempre tratado com deferência dado o contingente potencial de votos que detêm.

Por isso seria interessante que se constasse da lei também os eventos de cunho religiosos, independentemente da tendência cristã ou protestante que representem, para que não haja “iguais mais iguais que outros”. E também para se ter a certeza de que este governo está aí para ser diferente.

Figuras lamentáveis de seu estafe, é sabido, vivem de bajular igrejas, concederem favores à custa dos impostos; membros da Casa de Leis vivem de solicitar benesses como espaços públicos para eventos deste segmento religioso, como sempre se viu. Daí o interesse em saber se a lei é também para os “amigos”.

Não que se queira, aqui, fazer distinção aos “crentes”. Mas o que se cobra do Governo Municipal é o respeito à igualdade de direitos e deveres. Salvo não termos compreendido bem os termos da futura lei, quer nos parecer que, neste aspecto, há um “branco” em seu teor.

NORMAS DE POSTURAS
Bom, mas para quem ainda não sabe, de acordo com os termos da futura lei, alugar o Recinto por um dia, por exemplo, vai custar mais de R$ 3,76 mil ou, no caso do Ginásio de Esportes e Casa de Cultura, R$ 376,05, mesmos valores para “demais imóveis”. Porém, as cauções variam de R$ 1,25 mil a R$ 12,5 mil.

O projeto de autoria do Executivo, “Institui normas de posturas para a realização de eventos na Estância Turística de Olímpia”. A cobrança das taxas está estipulada em Unidade Fiscal do Estado de São Paulo-UFESP, que paras este ano tem o valor de R$ 25,07. Este valor muda todo ano, conforme critérios do Governo do Estado.

Portanto, a partir da aprovação do projeto, e uma vez sancionado pelo prefeito Fernando Augusto Cunha (PR), alugar todas as instalações do Recinto de Exposições e Atividades Folclóricas “Professor José Sant’anna”, custará 150 UFESP’s por dia, caso seja somente por um dia, ou R$ 3.760,50. Se for por no mínimo cinco dias, o cidadão vai pagar 100 UFESP’s por dia, ou R$ 2.507, mas os cinco dias vão custar R$ 12.535. Além disso, há uma caução obrigatória de 500 Unidades Fiscais, ou seja, R$ 12.535.

Mas, caso o interessado queira alugar o Recinto sem o estacionamento, o valor diário cai para 100 UFESP’s (R$ 2.507), por cinco dias, 90 Unidades (R$ 2.256,30 por dia, mas os cinco dias vão custar R$ 11.281,50) e “apenas” 450 UFESP’s (R$ 11.281,50) em caução.

Mas também é possível alugar somente o estacionamento, por 75, 70 e 350 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, respectivamente; somente as barracas grandes, por 60, 50 e 250 Unidades; somente as barracas pequenas por 25, 20 e 100 UFESP’s, ou somente a Arena, pelas mesmas UFESP’s, que traduzidas em dinheiro somam R$ 626,75, R$ 501,40 -neste caso, por no mínimo cinco dias, R$ 2.507-, mesmo valor da caução obrigatória.

Para a Casa de Cultura “Álvaro Marreta Cassiano Ayusso”, e o Ginásio de Esportes “Olintho Zambon”, a taxa diária e a caução serão de 15 UFESP’s por um dia, ou R$ 376,05; 10 por dia com mínimo de cinco dias, além de 50 UFESP’s de caução obrigatória –R$ 1.253,50 nos dois casos. Estes valores também são os mesmos cobrados para demais órgãos do município.

No caso de eventos realizados por terceiros para entidades Assistenciais e filantrópicas, haverá dispensa de cobrança das taxas e cauções, porém nos casos em que a participação das entidades na venda de ingressos não seja inferior a 10%, com apresentação de documento que comprove a concordância da entidade.

Outro detalhe é que as taxas cobradas não isentam o locatário responsável pelo evento do pagamento dos tributos incidentes sobre o mesmo, nem do gasto com energia elétrica, que deverá ser paga antes do evento, após medição por estimativa a ser feita pelo Departamento de Engenharia da Secretaria de Obras.

VILA BRASIL ‘SUCESSO NO FEFOL’, MESMO?

 

“Vila Brasil é mais uma vez atração confirmada para a 53ª edição do Festival do Folclore de Olímpia. O espaço, no entanto, passará por adequações devido a problemas estruturais identificados por engenheiros da Prefeitura. Duas edificações de madeira, que são o curral do caipira e a casa de taipa, estão sendo desmontadas nesta semana por estarem comprometidas e sendo consumida por cupins.”

Assim começa texto encaminhado por e-mail pela assessoria de imprensa do governo municipal, tratando da questão relacionada àquele espaço no Recinto do Folclore, que nos últimos anos tornou-se atração à parte. Mas, embora a promessa, nada indica que continuará mesmo a ser “o sucesso” do Festival. Se não, vejamos:

“No caso do curral, os pilares de madeira estão fora do prumo, em aproximadamente 25 centímetros. Em vistoria técnica, realizada pela secretaria de Obras, Engenharia e Infraestrutura, foi constatado que os pilares de madeira (pé direito) que promovem a sustentação da estrutura para cobertura do barracão, utilizado para eventos durante os festivais do Folclore, encontram-se fora do prumo devido à movimentação do solo. ‘Provocando com isso a desestabilização do conjunto, com risco iminente de ruína’, diz o laudo emitido no dia 29 de maio.”, é a segunda parte do texto. E aí vem:

‘Portanto, opinamos pela demolição cuidadosa e a guarda dos elementos estruturais para que sejam reaproveitados em outra oportunidade’, acrescenta o documento. Certo, mas que “outra oportunidade” que não essa, do Festival? Talvez em um juninão, para alimentar a fogueira? E veja, abaixo, qual foi a solução “pensada” pela secretária:

‘(..) Tina Riscali explica que as duas edificações serão instaladas novamente assim que a secretaria de Obras fizer os ajustes necessários. Por enquanto, serão colocadas duas tendas’. Oi? “Duas tendas”? Aproveitem e coloquem duas videntes para quem sabe antecipar a sorte do Festival.

‘A secretaria de Obras, Engenharia e Infraestrutura nos entregou um laudo que aponta todos esses problemas estruturais nas duas edificações. E nos orientou, de imediato, a desmontarmos as duas edificações, para não colocarmos a segurança dos frequentadores do local em risco’, explica Tina Riscali.

Tratam-se de duas “edificações” em madeira. Se o município não dispõe de uma equipe composta de três ou quatro marceneiros para colocar aquelas “edificações” de madeira em pé num prazo de dois meses, no mínimo, então, que administração é essa? Se uma secretária não tem poder de mando para exigir que aquelas “edificações” sejam colocadas em condições plenas de uso neste tempo, então, que secretária é essa? “Duas tendas”? É risível, para dizer o mínimo.

‘A secretária ressalta ainda que, dessa forma, a Vila Brasil vai continuar funcionando para agregar cultura às atrações do festival, no Recinto de Exposições e Praça de Atividades Folclóricas e Turísticas ‘Professor José Sant´anna.’

“O curral do caipira foi inaugurado em 2014”. E destruído em 2017. “A estrutura de madeira foi doada por um empresário olimpiense”. Que agora, se quiser, pode toma-la de volta. A Vila não será mais aquela conforme foi concebida. Pena.

‘DEMISSÃO’ DE ODA NÃO EXISTIU, NEM ELE ERA ‘SÓCIO’ DE ORGANIZADORES

O blog apurou agora pela manhã, que a propalada demissão do chefe de Gabinete do prefeito Cunha (PSDB), Odair José De Nadai, o Oda, não ocorreu, sequer por iniciativa do alcaide, mas tratou-se de um pedido de exoneração feito pelo próprio funcionário, que estava encontrando problemas de agenda para cuidar de sua empresa que está em início de atividades, no Distrito Industrial, e as funções no executivo.

O blog apurou, também, que Oda nada teve a ver  com  a organização dos eventos de responsabilidade do município e, muito menos, com o evento do sábado passado, 4 de março, todos no Recinto do Folclore.

O que foi noticiado ontem aqui, portanto, perde sua eficácia no tocante ao nome de Odair José De Nadai que, de fato, não integra mais o staff da administração Cunha, mas por decisão própria, não por ação do Executivo, conforme conversas mantidas com este blog.

O ex-chefe de Gabinete de Cunha disse que apenas contribuiu como intermediário entre a secretaria de Cultura, Esportes e Lazer e os interessados em trabalhar na região dos festejos, e que no caso do evento particular, apenas direcionava os interessados a quem estava organizando.

“Eu atendia os que não conseguiam agenda com a secretária, procurava dar um encaminhamento às questões, só isso”, disse De Nadai em relação aos eventos do município. “O evento de sábado era particular, e os organizadores tinham seus interesses, e claro que iam cuidar deles. Entenderam que estacionamento fora do recinto seriam prejudiciais aos seus negócios. Mas essas foram questões deles, eu nada tive a ver com isso”.

Quanto ao seu cargo na prefeitura, Odair De Nadai disse que pediu exoneração pessoalmente ao prefeito, por não estar tendo compatibilidade entre a função e suas atividades particulares na empresa que está iniciando atividades no Distrito Industrial. “Estou muito tranquilo quanto a tudo isso”, disse.

Ou seja, foi tudo uma tremenda coincidência. E ao que consta, teve alguns “ruídos” políticos nesta movimentação toda, por causa de interesses políticos envolvidos, já que havia interessados na questão que teriam atuado como cabos eleitorais de vereador nas eleições passadas.

De parte do blog, informamos que durante dois dias mantivemos contatos com a assessoria da prefeitura, em busca da confirmação ou negativa do fato. Não obtivemos nem uma coisa, nem outra. Pedimos, por fim, um número de telefone que pudéssemos falar. Também não nos foi fornecido.

As ilações aqui publicadas, tiveram como base o “imbróglio” todo da sessão da Câmara de segunda-feira, onde o assunto estava “fervendo”, e sobraram acusações. Os bastidores davam como correta esta versão, que agora é desmentida e esclarecida pelo próprio envolvido, o ex-chefe de Gabinete.

CARNAVAL? ONDE? O BALANÇO FINAL

Diz-se que o jornalismo é o exercício do caráter. Especialmente no jornalismo opinativo e na linha editorial dos jornais, o caráter é ponto central. Constrói-se o caráter de cada publicação analisando seu apego aos fatos, sua generosidade ou dureza de julgamento, sua capacidade de mediação ou parcialidade gritante. E, principalmente, sua credibilidade, o respeito com que trata a informação. (Luiz Nassif)

A Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer faz um balanço do que foi, na visão oficial, o lamentável carnaval 2017 em Olímpia. Pelo menos não extrapolou na avaliação e deixou nas entrelinhas que a festa não foi aquelas coisas. Observem:

A tradição dos desfiles de escolas de samba é preservada em Olímpia e atrai milhares de olimpienses e turistas à avenida durante o Carnaval. E neste ano, na Avenida Menina Moça, novo ‘sambódromo’ da cidade, não foi diferente. Foram duas noites de apresentações, sem chuva, com muita alegria, segurança e conforto. As agremiações mostraram cores, brilho e samba no pé.

Observem a linha fina entre o que foi e o que poderia ter sido o festejo de Momo na Estância Turística. O texto ainda recorreu a dirigentes de escolas de samba para se afirmar como fato.

Exemplo foi o diretor geral da Unidos da Cohab, Luiz Carlos Roberto, que definiu o Carnaval 2017 como “excelente” e classificou a Avenida Menina-Moça como “o verdadeiro sambódromo de Olímpia”.

Puxa, e por que demoramos tanto para descobrir isso? Foi preciso que Roberto se tornasse um adulto em bairro às portas do novo fenômeno estrutural carnavalesco para que sacássemos o óbvio? Tanto tempo assim?

E não foi só. Roberto disse que “a avenida estava linda, o público compareceu e superou nossas expetativas”. Posso perguntar qual era, então, o nível da expectativa do senhor Roberto? Porque, por mais que tentem nos empurrar goela abaixo, nem a avenida “estava linda”, nem “o público compareceu”. Pode ser que as expectativas do senhor Roberto é que estavam minimizadas. Ou embevecidas.

O tamanho do público estava tão diminuto que, observem, nem a própria secretaria teve coragem de conta-lo. Fala em “milhares”, mas talvez alcançasse um milhar, somando as duas noites de desfiles. Na realidade, foi um fracasso de público, em todos os sentidos.

Mais abaixo, no tocante à escola de Samba “Vem Comigo”, o texto beira ao exagero ao frisar que “os batuqueiros levantaram os foliões nas arquibancadas”. A começar que a maioria deles já estava levantada, uma vez que as arquibancadas eram desconfortáveis e pouco favoráveis à visão geral do local.

Mas sobrou elogios de outra presidente. Sueli Filomena Campos disse que foi “um dos melhores carnavais para a escola”. Não sei baseada em que ela fez tal afirmativa. Já vimos esta mesma escola fazer carnavais bem melhores.

“Levar o Carnaval para a avenida foi uma decisão acertada da Secretaria”, prosseguiu na bajulação. Para ela, o percurso foi bom e facilitou a passagem das escolas. Como aquilo pode ser melhor do que as ruas centrais, por exemplo, onde desfilou ano passado? “Nossa escola aprovou o novo sambódromo”, completou. Então ‘ta.

O texto ainda frisa que a secretária Tina Riscali “cedeu transporte para os componentes da Vem Comigo nas duas noites de desfile”. Ué, antes da Tina era diferente? Eles desciam como? Voando?

Estranhamente, não há nenhuma avaliação de qualquer dirigente da Samba Sem. Ao que parece, a escola, ou bloco, como eles preferem ser chamados, pareceu estar dividida quanto à novidade,  embora houvesse integrante rasgando desbragados elogios à mudança.

Aí, chegamos a um ponto que nos pareceu um tanto quanto ato de provocação, pois inocência não pode ser.

A secretária agradeceu o trabalho de divulgação da assessoria de imprensa da Prefeitura e a presença de três emissoras de televisão de São José do Rio Preto, quais sejam, TV Tem, Record e SBT, que acompanharam o evento e destacaram a tradição dos desfiles no carnaval de Olímpia.

Não vou aqui descer a detalhes sobre tal interesse das emissoras de TV quanto ao carnaval “revolucionário” de Olímpia, para não empanar o “brilho” dos organizadores. Até porque, para bom observador, é possível perceber que a última coisa que fizeram no entorno do carnaval local foi jornalismo.

E vamos cobrar aqui o “esquecimento” dos meios de informação locais, que também estavam lá, embora cobertura jornalística -quando é jornalística- não se deve agradecer jamais. Haja vista que os veículos teriam ido pelo interesse público dos fatos.

Bom, aí chega a vez dos bailes. Dois apenas, afinal o povo precisa estar descansado, porque no caso dos não-municipais, a segunda e a quarta-feira foram, como se diz, “dias de branco”.

“Marchinhas, samba, pop e axé animaram o Carnaval de Olímpia”. Animaram? Não foi o que se viu. A primeira noite, no sábado, gatos pingados decepcionaram até mesmo os músicos e cantores no palco, que tocaram e cantaram “como que pra ninguém”, como diz a canção do bom baiano.

O texto diz candidamente que “na primeira noite da festa de momo (sic), muitas famílias olimpienses e turistas prestigiaram os shows”. Estas “muitas famílias”, dizem, eram garotos despretensiosos e sem muita opção pois, menores em sua maioria, não puderam arredar pé da cidade. Diz o texto ainda que “por conta da chuva, os foliões se concentraram na arquibancada coberta do Recinto e também nas barracas”.

Que belo baile carnavalesco esse que foliões ficam a mais de 200 metros dos tocadores?

Bom, aí na segunda banda, presume-se, o povo desceu, porque o “misto de rock e axé incendiou o Recinto e levantou os foliões na arquibancada”. Repararam? O rock e o axé teriam feito isso. Carnaval? Onde?

Daí a reportagem encontrou um turista. Jurandir Silveira de Jesus, 52 anos, que mora na Praia Grande. Estava em Olímpia pela segunda vez, passou o dia no Thermas com a família –esposa, dois filhos, mãe e sogra– e à noite foi ao Recinto brincar o Carnaval. O texto não especifica em que contexto ele “brincou”.

“Esse lugar é lindo. Enorme. Uma bela estrutura. Estamos adorando. É um Carnaval bonito e tranquilo para trazer a família”, disse o turista. Claro que era. Não tinha aglomeração como na praia onde mora. Ou, mais exatamente, estava vazio.

De Olímpia, Silmara de Jesus dos Santos, moradora na Cohab III, levou os netos para curtir a folia e gostou do que viu. “As bandas arrasaram. Gostei muito dos shows. Temos de valorizar nossos talentos”, disse. Perceberam que ela gostou muito “dos shows”? Carnaval? Oi?

Aí a secretária Maria Justina Boitar Riscali, a Tina, psicanalisou: “Toda mudança gera curiosidade, gera crítica, expectativa. O que nos motivou a realizarmos o Carnaval no Recinto foram três fatores principais: conforto, custo-benefício e segurança. E, acredito, sim, que isso foi cumprido”.

Bom, no tocante a conforto, há controvérsias sobre se aquelas arquibancadas deram conta deste quesito. Parece que não, pois viu-se muitos espectadores abandonando-as à passagem das escolas. Custo, outra dúvida, porque muito da “estrutura” (leia-se arquibancadas e coberturas em geral) não seria necessário se a festa tivesse sido na praça. E benefício, para quem?

No mais, seguem-se esforços hercúleos para passar ao público que a festa foi o que efetivamente não foi. Elogios fartos na Câmara de Vereadores, dizem, mas seriam atitudes bajuladoras; elogios de diretores de escolas, dizem, mas seriam manifestações de subserviência carnavalesca.

Faltou a secretária dar um xeque-mate em quem desacreditou da mudança: ouvir os presentes, tirar dali um percentual de “aprovo” e “não aprovo”, “deve continuar aqui”, “não deve continuar aqui”. Enfim, faltou a secretária ouvir a parte mais interessada e para a qual tudo foi feito: o povo.

ALEA JACTA EST

A sorte está lançada, como diria o bom latim. Na manhã de ontem a secretária de Cultura, Esportes e Lazer, Tina Riscali, recebeu a imprensa na Casa de Cultura para falar sobre o Carnaval-2017 e a comemoração do “desaniversário” de 114 anos da Estância Turística de Olímpia.

Cordata e simpática no trato com a imprensa, começou por explanar as razões pelas quais decidiu-se pela realização das duas festas no Recinto do Folclore, que para ela é “lindo”, um espaço único em toda região para realização específica de festas e shows. O trinômio “custo, conforto e segurança”, não necessariamente nesta ordem, foi bastante evidenciado por ela.

Que se gabou de estar gastando em torno de R$ 300 mil com os dois eventos, enquanto ano passado se gastou em torno de R$ 500 mil. Embora o show do ano passado tenha sido do cantor Daniel e este ano, de Maria Cecília e Rodolfo, dupla já em fase estacionária.

É claro que trata-se de um orçamento prévio a ser anunciado à imprensa, ávida por números tal qual romanos por cristãos na arena dos leões. Por que, repetimos, ou se fará um carnaval de rua “chinfrim”, cheio de carências e desorganizado, ou se fará algo para ficar na memória do povo. Se for assim, haja estrutura.

A secretária está otimista, acha que será um Carnaval “lindo”, como nunca se viu antes. Diz que atenderá todas as expectativas das escolas e o apreço visual dos populares. Põe fé que os turistas virão às pencas, ao contrário deste blog, que acredita que nem tanto assim, ou nada.

Os bailes -e aí há nova mudança: o folião terá somente duas noites (sábado e segunda-feira), não mais as quatro tradicionais. E as crianças continuam com as duas matinês (ufa!).

Para o conforto, haverá arquibancada, embora não se saiba com que dimensão. Para a segurança, ainda se formatará o modelo. Mas o cercadinho estará lá, como sempre. Tina demonstrou temor nenhum de que a sua festa não alcançará os objetivos propostos. Ou é confiança naquilo que está fazendo ou mera constatação de que, “saia do jeito que sair, estará de bom tamanho”.

Tina garante que não é uma experiência. Que nos próximos quatro anos quer aperfeiçoar esta nova ideia, porque sente que os turistas vão gostar.

No que diz respeito ao “desaniversário” de 114 anos de Olímpia, o prefeito Fernando Cunha conseguiu engendrar um verdadeiro “samba-do-crioulo-doido”. Mudou o feriado para dia 1º, fará um ato cívico na praça logo cedo na quinta-feira, dia 2, data oficial mas que não será feriado, e realizará o show de comemoração na sexta-feira, dia 3.

Ou seja, aniquilou qualquer referência de tradição, enquanto preservou o ponto facultativo de segunda-feira e transformou o “meio-ponto” da quarta em “ponto inteiro”. Quando bastava elimina-los, que diferença pública nenhuma faria, e os serviços não sofreriam descontinuidade com expedientes na segunda, quarta e sexta. No formato cunhista os municipais vão trabalhar quinta e sexta-feira somente.

Pelo menos vai se economizar energia elétrica, água, copos plásticos e papeis de todos os tipos e modelos, e para todos os fins. Só não sabemos o que o cidadão, que paga por isso, pensa.

De qualquer forma, foi uma reviravolta estrondosa tudo isso, para quem está ainda “gatinhando” nas coisas da administração. Ou sabem o que estão fazendo -e isso nós sabemos que é coisa bem delicada-, ou são dados a aventuras-mil, pouco se importando com os resultados. Espera-se, de fato, que não seja mera experimentação.

Porque das mínimas coisas tradicionais de Olímpia ainda do gosto popular, o carnaval de rua é o mais concorrido. Em menor escala, mas não sem a importância devida, vem depois o Festival do Folclore. Mas este é outro assunto que, esperamos, não nos promova grandes surpresas, não nos leve a momentos de fortes emoções negativas, porque estas só são aceitáveis quando das apresentações em palanque.

LÁ VEM ELES!
Muito bem, depois de um “batismo de fogo” que foram as duas sessões extraordinárias no mês passado, a Câmara de Vereadores e seus 10 bravos guerreiros passarão a atuar de forma efetiva a partir da próxima segunda-feira, às 19 horas.

Aguardemos os desdobramentos. Este espaço estará sempre aberto às considerações. Este escriba estará sempre atento para narrar os acontecimentos -ou os “desacontecimentos”, porque a Estância, nos dias que correm, parece seguir em sentido reverso, pródiga em descontinuidades.

UM INUSITADO USO DO RECINTO PARA O CARNAVAL-2017?

No dia 10 de janeiro passado, publicamos aqui um texto que indagava a quem de direito, em qual local seria realizado o festejo de Momo este ano, já que o próprio prefeito havia dito não gostar do uso que se faz da praça, seja lá o que isso queira dizer.

No final de semana surgiram fortes rumores, aliás quase confirmação (falta a palavra oficial) de que a festa seria mesmo realizada no Recinto do Folclore. O Carnaval começa no dia 25 de fevereiro. De qualquer forma, uma coisa é certa: na praça não será mais.

Provavelmente a vetusta burguesia habitante dos “espigões” centrais deve ter feito um apelo ao prefeito para que a mudança ocorresse. Nunca aprovamos o Carnaval na praça, de qualquer forma, mas com certeza por razões diferentes das do prefeito.

Inicialmente ele chegou a cogitar a Avenida Aurora Forti Neves, onde por muitos anos os festejos se realizaram e, depois, por sugestão do prefeito de então, a festa foi trazida para a praça, com anuência das escolas.

Lembrando que foi há exatamente 10 anos que a festa saiu da Aurora Forti Neves e voltou para as praças da Matriz e Rui Barbosa.

E agora, ao que se comenta, de novo as escolas estariam concordando com a mudança para o Recinto, um inusitado e inapropriado local, sem sombra de dúvidas, por “ene” razões. A começar pelo trajeto pensado, de cerca de 300 metros no máximo. Também há questões de infraestrutura sérias para serem resolvidas lá.

Mas, isso parece ser o de menos (ou tanto faz). Iluminação é uma delas. Acomodação do público é outra. Arquibancadas? Tem pra todo mundo?

Temos a impressão de que a sanha minimalista do prefeito Cunha contaminou o Carnaval de rua. Ou a ideia digna de um “jerico golden award” ainda não está em suas mãos de forma oficial.

O Recinto do Folclore pode ser ainda o local tanto para os desfiles quanto para os bailes diurnos e noturnos. Houve um tempo em que os desfiles carnavalescos eram realizados na avenida, e os bailes na “barraca da Fenossa”, no Recinto, então chamado “Wilson Zangirolami”.

Era o famoso “puxa-teta”, “risca-faca”, “baile dos pobres” e toda sorte de alcunha que o ferino linguajar popular destilava. Talvez seja um “revival”, então, uma atitude saudosista, daquelas tipo trazer o passado para o presente, “tradicionalismo”, entendem?

Contudo, um argumento possível será o da necessidade de se fazer algo mais simples (e o reducionismo financeiro faz sempre vítima aquilo que é do povo, da cultura, da manifestação popular), do tipo, “qualquer coisa serve, vamos fazer por fazer”. E fazer o Carnaval no Recinto já é “qualquer coisa”.

Mas, se não se quiser fazer o “qualquer coisa serve” ali, não há que se falar de economia. Porque investimento em infraestrutura será a pedra de toque naquela localidade, acreditamos, pois ali precisa-se de tudo. A começar pela iluminação. Não se faz Carnaval no escuro, pelo que saibamos.

Uma das muitas razões também para a mudança há dez anos da avenida para a praça (reforçando: com o que não concordamos) foi para atender pedido da Polícia Militar, em função da necessidade de uma vigilância maior, uma segurança maior aos foliões e às pessoas que para a festa iriam.

Lembrando ainda, que quando o Carnaval, na era Carneiro (2001-2004/2005-2008), era realizado na Avenida, esta era totalmente cercada com tapumes de latão e o carnaval se realizava “lá dentro”, por medo da violência. Até que se decidiu pela sua transferência para a praça, em fevereiro de 2007. E toma-lhe grades e “curralzinhos”.

Mas, é preciso aguardar para ver o que será feito este ano em torno do evento, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer. Até o final de semana, a informação oficial que se tinha era a de que não havia nada definido, ainda se estaria em busca de parcerias e que nesta semana, em coletiva, se anunciaria o projeto.

Veremos que surpresas nos aguardam.

QUAL SERÁ O LOCAL DA FESTA DE MOMO ESTE ANO?

Começa no dia 25 de fevereiro o Carnaval 2017. Por aqui somente a partir desta semana as escolas de samba deram início ao baticundum. Por parte do Executivo Municipal nenhuma decisão sobre como e onde será realizado o festejo de Momo.

Falam-se em Recinto do Folclore, falam-se em Avenida Aurora Forti Neves. Na praça, ao que parece, estaria descartada a festança. O prefeito Fernando Cunha (PR) disse em entrevista na semana passada que “não gosta” do carnaval na praça. Que entende ser o melhor local a avenida.

Informações outras, no entanto, dão conta de que o Recinto do Folclore pode ser o local tanto para os desfiles quanto para os bailes diurnos e noturnos. Lembrando que foi há exatamente 10 anos que a festa saiu da Aurora Forti Neves e voltou para as praças da Matriz e Rui Barbosa.

Quando voltou a administração de turno disse que o fazia, antes, para atender dirigentes de escolas de samba, que reclamavam do cruzamento das baterias, quando uma passa de um lado e outra do lado oposto na avenida.

Depois, para atender pedido da Polícia Militar, em função da necessidade de uma vigilância maior, uma segurança maior aos foliões e às pessoas que para a festa iriam.

Lembrando ainda, que quando o carnaval, na era Carneiro (2001-2004/2005-2008), era realizado na Avenida, esta era totalmente cercada com tapumes de latão e o carnaval se realizava “lá dentro”, por medo da violência. Até que se decidiu pela sua transferência para a praça, em fevereiro de 2007.

Mas, é preciso aguardar para ver o que será feito este ano em torno do evento, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer. Até este momento, a informação é a de que não há nada definido, ainda se está em busca de parcerias e somente na semana que vem, em coletiva, se anunciará o projeto.

Blog do Orlando Costa: .