Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

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‘FUNCIONÁRIA FANTASMA’: PREFEITURA SE JUSTIFICA

Nas últimas horas, as redes sociais foram “chacoalhadas” com a denúncia de um cidadão olimpiense, responsável pelo site O Transparente, de que o prefeito Fernando Cunha (Sem partido) havia contratado uma funcionária com características de ser “fantasma”, conforme suas alegadas apurações.

Trata-se de uma advogada, que consta ser funcionária efetiva da prefeitura de Santos, que estava em licença remunerada, exatamente para poder ser nomeada pela prefeitura de Olímpia, uma vez que a Constituição veda a acumulação de dois cargos públicos remunerados.

Observando que o TCU tem entendimento diferente e considera acumulação de cargo o licenciado que assumir outra função no setor público, cabendo dispensa por justa causa. Mas é o entendimento do órgão.

Enfim, a justificativa da prefeitura, de que a moça prestava serviço fora do domicílio onde fora contratada é controversa, de qualquer modo, e carece sim, de um exame mais apurado. O Ministério Público pode ter um entendimento diferente desse que o Executivo Municipal torna público agora.

Como leigo que somos, a nós cabe também indagar se para desempenhar tal atividade relatada no ofício a prefeitura já não teria funcionário efetivo ou mesmo comissionado à altura e, não sendo assim, se para tal serviço específico, não teria que ter feito uma licitação ou qualquer outra modalidade de certame e acertar os serviços mediante contrato por prestação de serviço, até mesmo com a assertiva do “notório saber” e efetuar a contratação sob a tal inexigibilidade?

Porém, caberá ao Ministério Público o entendimento de que a situação está dentro da legalidade ou se foge aos preceitos exigidos. Ao Executivo Municipal não cabe a acusação de que a publicação em si, ou a denúncia é mentirosa. Esta linha fina quem vai deslindar é o MP ou, mais adiante, a Justiça, entendendo o MP pelo prosseguimento do feito.

Assim, para contribuir com o tema, publicamos, abaixo, a íntegra do documento encaminhado pelo cidadão autor do site O Transparente, narrando minuciosamente o levantamento feito e a conclusão a que chegou. E mais abaixo, após o relato do cidadão, segue o comunicado da prefeitura, com a justificativa da contratação: Boa leitura.

Olímpia/SP, 15 de maio de 2019.
Douto e Excelentíssimo

Na qualidade de cidadão da cidade de Olímpia/SP, na plenitude do exercício de cidadania e em cumprimento com o dever de zelar pelo bom uso dos recursos públicos, requer-se a instauração de processo investigatório de apuração e admissibilidade da seguinte DENÚNCIA:

CRONOLOGIA DOS FATOS: – Em 21 de dezembro de 2017, através da Portaria nº 47.881 (documento nº 01) da Prefeitura Municipal de Olímpia/SP, o Prefeito Municipal Sr. FERNANDO AUGUSTO CUNHA nomeou a Sra. CIBELE DA SILVEIRA KNOLL (*) para, em comissão, exercer as funções do cargo de Assessor Especial a partir de 22/12/2017. (*) Verifica-se que a nomeada CIBELE, mantinha vinculo no quadro efetivo de funcionários da Prefeitura Municipal de Santos, somente sendo autorizada a sua licença, por um ano e sem vencimentos, a partir de 02/01/2018; conforme página 83 do Diário Oficial de Santos de 29/12/2017 (documento nº 02); portanto, egressa daquela Prefeitura de Santos somente doze dias depois, porém já nomeada (21/12/2017) para ocupar cargo comissionado em Olímpia!

Em 16 de agosto de 2018, Portaria nº 48.566 (documento nº 03), o Prefeito exonerou a servidora CIBELE, ato oficial este que retroagiu seus efeitos para o dia 24 de julho de 2018, ou seja, para valer vinte e três dias antes. Na mesma data de 16/8, e através da Portaria 48.632 (documento nº 04), o Prefeito renomeou a Sra. CIBELE, desta feita para exercer as funções do cargo de Assessor de Gabinete IV, cargo constante da Lei Complementar nº 211, de 15/8/2018, retrocedendo sua aplicabilidade ao dia 24 de julho de 2018, isto é, para vigorar vinte e três dias anteriores ao da publicação da Portaria e vinte e dois dias antes do cargo ter sido criado!

Encerrando o ciclo, na Portaria nº 48.764 (documento nº 05), de 05 de novembro de 2018, foi consignada pelo Chefe do Executivo, uma nova exoneração da Sra. CIBELE DA SILVEIRA KNOLL do quadro de servidores da Prefeitura de Olímpia, a qual imediatamente reassumiu suas funções na Prefeitura Municipal de Santos (disponível em “Transparência – Cargos & Salários” do sítio eletrônico da Prefeitura de Santos).

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 1) A pessoa nomeada pelo Prefeito Sr. Fernando Augusto Cunha, a Sra. Cibele da Silveira Knoll, exceto no que aparece no Portal da Transparência, é uma completa desconhecida em todos os âmbitos da Administração Municipal da Prefeitura de Olímpia, zero aparições em público ou em local (ais) de trabalho, endereço eletrônico institucional (e-mail) incógnito, inexistência de quaisquer atividades ou projetos executados, nenhuma designação para acompanhamento e supervisão de grupos de trabalho (comissões ou conselhos), ou viagens, ou representatividade corporativa, ou vinculações de qualquer ordem ou espécie nas Secretarias ou Gabinete, nem de sua autarquia Daemo Ambiental, nem mesmo de sua empresa pública municipal PRODEM, ou ciceroneando, ou secretariando o senhor prefeito.

1.1) Por outro lado, caracteriza-se explícita a conivência da Secretaria Municipal de Administração com o chefe do executivo, enquanto gestora da área de recursos humanos e folha de pagamento, haja vista que, informalmente dá-se conta que a Ficha de Registro de Empregado desta servidora assenta como endereço residencial o Município de Santo André/SP (quando o normal seria na cidade ou circunvizinhança), opção pela agência de Santos da Caixa Federal para o recebimento de salários, ausência do registro de ponto eletrônico, tratamento distinto e privilegiado em relação aos demais comissionados e principalmente aos funcionários concursados (incluída a desobrigação de cadastramento e recadastramento imposta para todo efetivo ativo e inativo).

2) Desafiando a nossa inteligência, quais as motivações para buscar profissional distante cerca de quinhentos quilômetros de nosso Município? Pela diferença na grafia dos sobrenomes, não há de se falar em nepotismo sem antes conhecer a árvore genealógica! Apadrinhamento de afilhado? Favorecimento político / partidário? Benesse para alguém ou mesmo aliado? Relação passional?

2.1) Seja lá quais forem suas razões, o fato é que os vencimentos para o cargo de Assessor de Gabinete IV encontra-se entre os cinco maiores do quadro funcional geral da Prefeitura de Olímpia, redundando no ano de 2018 um dispêndio de cerca de R$ 65.000,00 em valores arredondados (documento nº 06), mais encargos não mensurados na denúncia, que, se confirmados, aduz e enseja inutilidade e desperdício, dano ao erário, escárnio e desrespeito com o contribuinte e com quem acreditou numa gestão proba, de uma população que padece, entre outros, seríssimos problemas na área da Saúde.

3) Se já não bastasse, concomitante ao período em que a Sra. CIBELE manteve vínculo com a nossa Prefeitura, constatamos ter feito e ainda fazer parte como advogada da Procuradoria Seccional da União em Ribeirão Preto (AGU), conforme consta da folha de rosto (documento nº 07) do processo nº 1001035- 61.2016.8.26.0472, com atuação ativa, efetiva ou pontual, inclusive prestando informações (fls. 870/874 – documento nº 08), processo este em curso no Fórum de Porto Ferreira/SP.

Para tal exercício, de acordo com o §4º, artigo 17º da Lei Complementar municipal nº 138/2014, haveria a necessidade da cessão do servidor municipal para o ente federativo nos termos de convênio celebrado; neste caso inexistente.

Considerando o artigo nº 143 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e finalizando, sem precipitações, pressupõe-se que os elementos ora apresentados venham subsidiar Vossa Excelência e ao egrégio órgão que comanda, nas diligências para apurar a materialidade e autoria das irregularidades, senão ilícitos, apontados de forma concorrer para a admissibilidade e responsabilização da Administração Pública, se assim comprovadas.
Respeitosamente, Antônio da Silva

Notas: 1) Respeitadas as competências e simultaneamente, a presente representação será feita junto aos seguintes órgãos: Tribunal de Justiça de SP a/c Desembargador Dr. MANOEL DE QUEIROZ PEREIRA CALÇAS; Ministério Público do Estado de SP a/c Procurador Geral de Justiça Dr. GIANPAOLO POGGIO SMANIO; Ministério Público do Estado de SP a/c Promotora Dra. VALÉRIA ANDRÉA FERREIRA DE LIMA; Tribunal de Contas do Estado de SP a/c Conselheiro RENATO MARTINS COSTA; Ministério Público Federal SJRP – Procuradoria da República Dra. ANNA FLÁVIA NÓBREGA C. UGATTI;

AGORA LEIA, ABAIXO, A JUSTIFICATIVA DA PREFEITURA:

A Prefeitura de Olímpia vem a público esclarecer que é FALSA INFORMAÇÃO, que vem sendo compartilhada via redes sociais, de que o município mantém um funcionário “fantasma” e que vê tal atitude como tentativa de denegrir a imagem da atual gestão perante a sociedade.

Por isso, informa que o caso em questão se refere a um convênio, firmado em 2017, pela Prefeitura com o então Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, por meio da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), que contemplava a contratação de um profissional pelo município para exercer funções junto à Superintendência da SPU, em São Paulo. A indicação da funcionária, C.S.K, foi do superintendente da época, Robson Tuma.

A servidora atuava na capital a serviço do município, fornecendo apoio técnico e acompanhamento dos interesses locais em relação à regularização fundiária de imóveis que estavam de posse da União, como os terrenos do Boa Esperança, Estação Ferroviária, UPA e distrito de Ribeiro dos Santos, cuja situação de alguns foi regularizada recentemente, inclusive com a concretização da entrega de escrituras aos moradores, após um processo que durou mais de 20 anos.

Vale acrescentar que a folha de ponto e o relatório de atividades da funcionária eram monitorados pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, com acompanhamento da Divisão de Recursos Humanos da Prefeitura de Olímpia.

O Departamento Jurídico do município garante que o convênio tem anuência do Governo Federal, que a Prefeitura possui toda a documentação pertinente sobre o acordo e que está à disposição do Ministério Público para colaborar com informações e prestar todos os esclarecimentos necessários.

Estes são os fatos, cabendo ao leitor tirar suas próprias conclusões ou ruminar suas próprias inconclusões, à esperar do que dirá o Ministério Público e demais órgãos consultados.



CUNHA ESTÁ SÓ E MAL ACOMPANHADO

“O Transparente analisou à letra da Lei e compilou os valores com as taxas atuais e se não houver mudança no cenário econômico, o município pagará pelos R$ 7 milhões nada menos que R$ 14,8 milhões, ou seja, ao final do contrato de 144 meses (24 de carência + 120 de pagamentos), o contribuinte arcará com 212% do valor inicialmente contratado, pois são 5.7% ao ano + CDI, que atualmente é de 6,4% ao ano, totalizando 12,1% de juros anuais. Em resumo, o município está contratando um empréstimo sem saber ao certo quanto pagará ao final”.

O texto acima é fração de publicação no site que ao longo dos dias vai nos revelando as profundezas deste governo que tem, a cada dia, desorientado mais e mais o cidadão, com suas idas e vindas administrativas. Lendo-o, dá a boa medida da “camisa-de-força” em que o atual prefeito quer meter seu sucessor. Além do que, revela um governo gastão, sem medidas. Veja abaixo:

o Resultado Primário, ou seja, a diferença entre as despesas e receitas, saltaram de quase R$ 13 milhões positivos (2017 — gastos menores que arrecadação) para quase R$ 8 milhões negativos (2018 — gastos maiores que a arrecadação). O Transparente.

A verdade é uma só: Cunha quer dinheiro para impor sua “marca” de governo, com vistas à reeleição. Até agora, o cidadão atento vai perceber, tudo o que fez ou está fazendo, tem a chancela, a marca do seu antecessor, hoje deputado federal Geninho Zuliani (DEM).

De seu, Cunha não tem nada feito. De sua lavra temos um projeto modificado na ETA-seca, que de sistema de captação de água superficiais do Cachoeirinha passou a ser poço profundo do Aquífero Guarani, e o outro poço profundo perfurado na Daemo Ambiental que a princípio estima jorrar metade dos metros cúbicos previstos (mas com o mesmo montante de R$ 3 milhões gastos), mas que até agora, segundo fontes, só jorrou areia.

Os demais projetos cunhistas, mirabolantes no seu todo, e até desnecessários em alguns casos, dependem unicamente de verbas sejam do Estado, sejam da União. Da União o prefeito disse ter poucas esperanças de que venha alguma coisa.

E do Estado, ele teme manobras não só do deputado, como também do próprio João Dória, contra quem despejou impropérios durante a campanha eleitoral, fiando-se na vitória de Márcio França.

Ou seja, para fazer obras para chamar de suas, Cunha depende daqueles a quem achincalhou no final do ano passado, acreditando que estava no barco da vitória, mas foi derrotado fragorosamente. Porém, resiste a dar a mão à palmatória.

Cunha está só. E mal acompanhado. Não tem absolutamente nada para “vender” em sua tentativa de reeleição, a não ser promessas vãs e a crença de que está em perfeita sintonia com os anseios populares. Ou, sabedor de que não, corre, como se diz, “atrás do prejuízo”.

Portanto, não se iludam, nobres cidadãos, estes R$ 7 milhões que Cunha quer tanto, nada mais é que sua verba de campanha, para que possa materializar alguns projetos e impor uma “marca”, porque até agora, dois anos e três meses à frente do governo municipal, tem sido um mero estafeta de seu antecessor, mas daqueles negligenciadores e criadores de casos.

Cunha, só e mal acompanhado, ainda cometeu a estupidez de atacar o funcionalismo público municipal, menosprezando-o, acusando-o de atrapalhar a administração ao invés de ajudar, mandando que peça demissão se não está satisfeito com a remuneração, e jurando com socos na mesa que não lhe dará aumento acima de 3,67%, porque “é jogar dinheiro fora”.

Ou seja, o alcaide está sozinho num castelo mal-assombrado. Ele próprio, um quase-zumbi político.

QUANTO CUSTA O ‘STAFF’ DE CUNHA?

Tomo a liberdade de trazer a público, material informativo organizado pelo site “O Transparente”, cujos dados nos chegaram, sem maiores referências, por e-mail, já pela segunda vez. Este site, segundo o histórico encaminhado, tem por objetivo apurar, por meio dos mecanismos de transparência do governo, detalhes acerca principalmente dos gastos públicos.

O material recebido na data de hoje tem por título “O custo do staff  do governo municipal”, onde é feito um comparativo de quanto custaram os funcionários comissionados do governo anterior, a partir de 2009 até o ano passado e, pasmem, embora detenha hoje um número pouco menor de funcionários não concursados, o Governo Cunha gasta mais com este quadro que seu antecessor.

Bom frisar que o atual prefeito usou e abusou, nas eleições para o cargo, que iria praticamente acabar com os cargos comissionados que, segundo ele, “inchavam” a folha do município.

Agora vê-se que, além de não acabar com a prática, Fernando Cunha (PR) consegue a proeza de gastar bem mais que seu antecessor, com um número pouca coisa menor que antes. Veja, abaixo, na íntegra, o trabalho de “O Transparente”.

“Caros leitores, no terceiro post da série que trata da simplificação de dados da transparência pública do município de Olímpia-SP apresento a vocês um dos pontos mais delicados para qualquer governo, seja municipal, estadual ou federal; o custo do seu staff governamental, ou seja, aqueles que os governantes dizem “tocar” a prefeitura a contento do governante.

O primeiro dado importante demonstra a evolução da última década de contratações que iniciam os governos discretamente e com o passar dos anos tomam corpo, ou seja, ganham uma série de novos adeptos.

O segundo dado não menos importante é a quantidade de demitidos, que tem seus picos em anos eleitorais por motivos os quais não vamos comentar hoje, mas traremos novas informações no futuro. Há também anos atípicos que por força judicial demandam o governo à demitir, como ocorreu em 2018.

O terceiro dado que trata do staff que entra ano e saí ano e ainda fica aderente ao governo como “carrapato” é aquele que consideramos para compor a média de custo por comissionado/ano.

Em resumo, foi o parâmetro escolhido por nós do blog ‘O Transparente’ para demonstrar ao contribuinte quanto o município desembolsa por ano com o profissional ‘hiper mega blaster’ qualificado que o governo escolhe sem critério algum, a não ser o ‘QI’ de ‘Quem Indica?’ para resolver os problemas que você cidadão enfrenta no dia a dia.

O quarto dado é o tal custo médio por comissionado/ano a qual falamos, que por sinal ficou mais caro com a entrada dos últimos profissionais ‘hiper mega blaster’ escolhidos pelo atual governo.

O quinto e último dado é o ‘ARROMBO’ que o excesso de cargos comissionados provoca nas contas públicas e o impacto que essas contratações provocam nos serviços que chegam até você cidadão.

É contestável a necessidade ou não dos cargos comissionados, com frentes que os defendem e outras que os criticam, mas verdade seja dita, qualquer tipo de extremo é ruim para qualquer instituição. Agora cabe ao escolhido do povo encontrar o ponto de equilíbrio.

O que o cidadão não pode admitir é o aumento indiscriminado dos gastos com o ‘staff’ governamental enquanto outras áreas prioritárias são comprimidas sem critérios claros, ou ainda, com ajuste de tributos aos cidadãos que sofrem com o aumento significativo do custo de vida que a retração da economia nos trouxe nos últimos anos.

Vamos mais uma vez refletir sobre o quanto e como os impostos pagos por você contribuinte estão sendo utilizados! Até o próximo post. O Transparente”.

Reproduzimos o link do site para que vocês mesmos analisem. Nele vocês vão encontrar, também, os valores gastos pelos governos municipais com a contratação de empresas de softwares de controle, ou seja, custo de serviços com equipamentos de informática, além de valores relacionados a alugueis de imóveis, todos acompanhados com gráficos explicativos: https://medium.com/@otransparente




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