Não dá para dizer que os valores cresceram conforme cresceu a população, porque, enquanto o índice populacional saltou 0.6%, os gastos cresceram 3%, ou seja, cinco vezes mais que o índice populacional.
Graças a um trabalho minucioso do Tribunal de Contas do Estado, o TCE, é possível saber quanto custa para cada cidadão residente em uma das 644 cidades paulistas, por meio do mapeamento dos gastos das Câmaras Municipais, manter estes órgãos em atividade.
O trabalho do órgão de fiscalização de gastos de prefeituras e Câmaras, tem o objetivo de tornar público os valores despendidos por estes entes legislativos. O levantamento traz um balanço dos recursos utilizados por vereadores e o impacto que o Poder Legislativo causa frente aos orçamentos dos municípios.
Além de promover a transparência do uso dos recursos públicos e incentivar a população a exercer o controle social dos gastos dos municípios, os dados servirão como suporte e subsídio para que os Conselheiros Relatores dos processos de prestação de contas possam emitir julgamentos pela regularidade ou irregularidade do dinheiro público utilizado no exercício do Poder Legislativo municipal.
Para se ter uma ideia, as 644 Câmaras Municipais juntas, representando uma população de 34.252.760 cidadãos, num total de 6.921 legisladores, têm gasto per capita (exceto despesa de capital) de R$ 84,26, ou gasto total de R$ 2.886.218.444,2 (exceto despesa de capital). O período do levantamento é setembro de 2020 a agosto de 2021.
Neste mesmo período, a Câmara da Estância Turística de Olímpia gastou R$ 3.480.062,19 com seus dez vereadores e pessoal, ou R$ 62,73 per capita.
Gasto crescente, uma vez que, na comparação com o período de maio de 2020 a abril de 2021 (porém comparado a uma população de 55.130, e não a de 55.477 da última estimativa), mostra uma despesa per capita de R$ 60,90, com um gasto total de R$ 3.357.619,50 (em ambos, exceto despesa de capital).
Mas, não dá para dizer que os valores cresceram conforme cresceu a população, porque, enquanto o índice populacional saltou 0.6%, os gastos cresceram 3%, ou seja, cinco vezes mais que o índice populacional.