Em meio à profusão de possíveis candidatos, digamos, “alternativos” à cadeira principal da Praça Rui Barbosa, em meados da semana passada surgiu mais um: o do jornalista Cléber Luis.
Não se sabe qual força move Cléber Luis, e por quais razões tomou a decisão de se imiscuir na política já vislumbrando um cargo majoritário, quando se sabe que o pleito de 2020 será um dos mais difíceis da história política do Brasil, caso não ocorram mudanças de última hora.
O partido, aliás, continua inexpressivo em nível nacional, com uma bancada de seis deputados, e estadual, com uma bancada também de seis deputados.
Mas, o que nos interessa são as movimentações locais. Cléber Luis disse que terá apoio da TV Record. Resta apurar que tipo de apoio será esse: financeiro? De divulgação da imagem? Os pastores vão indicá-lo em seus programas evangélicos e as igrejas que representam irão convencer os fieis a votarem nele?
Como disse na abertura desta postagem, Olímpia está mergulhada em uma profusão de nomes possíveis para candidaturas “alternativas” (para não usar o cognome “laranja”, que desagradou a alguns).
E dada a inconsistência da possível entrada na disputa do colega jornalista, e seu anúncio intempestivo, há quem arrisque dizer tratar-se de um movimento “encomendado”.
Diante do exposto, é plausível que arrisquemos um denominador comum de que tal candidatura trataria-se do chamado “bem bolado” talvez patrocinado pelo chefe de turno em conluio com as esferas estadual e federal do PRB, visando “embaralhar” o pleito do ano que vem, no qual o atual prefeito entrará em desvantagem devido à sua baixíssima aceitação popular.
Enfim, fazendo uso de um provérbio português tão ao gosto de um ex-presidente de triste memória, “o tempo é o senhor da razão”. Aguardemos, pois.