Três resultados poderão advir amanhã após a votação dos olimpienses em seus candidatos preferidos, mas analisando aqui somente os dois com mais possibilidades de chegar lá: Cunha vencer por margem mínima de votos, vencer por esmagadora maioria, ou perder o pleito.
No sentido contrário, o que pode acontecer a Flávio Olmos é perder por poucos votos, perder por muitos votos ou ganhar o pleito. Se ganhar, Olmos não o fará por margem muito grande de votos. Isso é certo.
Mesmo porque o contrário seria acontecimento fenomenal. Seria, pois, uma vitória apertada, dadas as circunstâncias.
Cunha tem a possibilidade de ganhar por margem grande, embora o clima não aponte para isso, devido ao fato de gozar de uma estrutura eleitoral que só o dinheiro pode proporcionar.
Esta foi uma campanha barulhenta por conta das redes sociais e de alguns acólitos, até coleguinhas, mais estridentes. Foi também a campanha do desamor, da falta de empatia e do acolhimento.
Foi violenta numa certa medida, e desrespeitosa em certos nichos. E, não restam dúvidas, foi uma campanha de todos contra um. Aquele que negar essa máxima, não estará lidando com a verdade.
Convencionou-se chamar de “gabinete do ódio” um emaranhado de pessoas que, no afã de emprestar seu apoio incondicional ao candidato que apanhava de todos os lados, inundaram as redes sociais.
Mas pouparam desta classificação o lado que melhor estruturou seu “gabinete” para atacar os oponentes via WhatApp, estrutura essa formada com personagens que ao longo dos últimos quatro anos gozaram das benesses de belos cargos comissionados para si ou para familiares, e que a tudo se submeteram para não perderem a, digamos, “boquinha”.
Inventaram um debate suspeito desde o princípio, onde a maior aposta era que o candidato Flávio Olmos não compareceria, para que daí pudessem atirar pedras com a ferocidade e a liberdade conivente de autoridades as quais todos vimos.
Felizmente as comunidades católicas vieram resgatar a dignidade de eventos como estes, em que o que mais interessa são as posturas, os feitos e os compromissos dos candidatos, não a oportunidade de produzir sensacionalismos.
No mais, as redes sociais ocuparam o centro das atenções e nela, prevaleceu a experiência neste tipo de meio de informações, e desinformações à larga.
Mas as redes não são suficientes para determinar quem ganha e quem perde uma eleição. Neste aspecto, as ruas são fundamentais. O contato, o aperto de mão, o abraço e o olho-no-olho.
E no fim o julgamento popular. Este possui várias e multifacetadas nuances. Tudo pesa, tudo conta, e um detalhe mínimo pode determinar quem vence e quem perde.
Dentro das hipóteses aventadas na abertura deste comentário, caso prevaleça a derrota do atual prefeito que busca a reeleição, ainda que seja por margem mínima de votos, Olmos terá vencido não só Cunha, mas toda uma oligarquia de poder arraigada nesta Estância Turística.
Será um feito e tanto para quem chegou “ontem” à política olimpiense. Mostraria arrocho e senso de oportunidade ainda maiores que do atual deputado federal, Geninho Zuliani, que em 2008 arregaçou as mangas e foi à luta, agregando aqui e ali, e chegando lá.
Neste domingo Olmos pode repetir a história, e não como farsa, o que é muito importante frisar.
Estão em disputa o arrojo e juventude, contra o establishment de quatro anos, representativo da política de caciques, tabas e tabaques. Será um feito e tanto, acreditem.
O que se espera, neste caso, é que no futuro próximo não sucumba às facilidades oferecidas pelo status quo político vigente e volte às velhas fórmulas, negando a si mesmo o direito à indignação pelo desrespeito público e os ataques à sua imagem, construída a duras penas, como fez o atual deputado federal.
Na outra seara, a da vitória de Cunha, se ela for por muitos votos de distância, nem assim estará consolidada sua marca de bom administrador, coisa que não foi, mas estará cravada a força da grana que destrói coisas belas.
Se ganhar por uma margem mínima, endossará o que dissemos acima do candidato opositor mais forte. Além do que, o tornará “a” opção para 2024.
Portanto, Cunha tem a dura missão de ganhar uma eleição e “matar no ninho” uma forte promessa para anos vindouros. Não poderá ser pífio desta vez.
Mesma obrigação do deputado Geninho, que com certeza, em seus mais recônditos pesadelos, deve se ver refletido no menino sorveteiro. E que por isso fez a escolha que fez.
Ademais, salvando-se da hipótese da chamada “grande lavada”, mesmo perdendo, silogismos à parte, Flávio Olmos terá vencido esta eleição.
Olmos, portanto, é a esperança, de si mesmo, diga-se, enquanto Cunha é o que aí está, e que funcionou até agora de forma aquém do que a cidade necessitava, e sem o arrojo e a disposição do seu antecessor, de quem passou quatro anos terminando obras.
Enfim, amanhã o povo tem nas mãos o mais forte dos poderes, aquele que pode mudar ou ser a repetição do já visto. Tanto no Executivo, quanto no Legislativo, pois os dois poderes se completam. Para o bem ou para o mal.