Uma situação crucial que vai se esclarecer nas próximas eleições municipais é se as redes sociais têm mesmo o poder político-eleitoral que lhe atribuem, ou se esse poder é apenas superestimado.
No caso da primeira hipótese, até podemos apontar, na Estância, quem seriam alguns próximos representantes do povo, na Casa Legislativa. Com um pouco mais de cuidado, daria para arriscar quem seria o mandatário do município.
Fora delas, não há como trabalhar com o imaginário. É preciso juntar as peças ainda espalhadas no cenário político local, posto em frangalhos por personagens excessivamente narcísicos e essencialmente individualistas.
Não se pensou no futuro conforme suas aspirações e projeções de uma cidade em franco desenvolvimento. Não se pensou em juntar as peças e destacar algumas “para o bem comum”. Pensou-se, apenas e tão somente, no eu absoluto -fora os solipsismos.
Enfim, o que esperar então dos dias futuros, no aspecto político-eleitoral? Temos aí um prefeito com as características já citadas acima, coincidindo com as de um ex-prefeito que ora desempenha o papel de parlamentar federal.
Ambos que, para todos os efeitos, não bebem café na mesma mesa. Porém, sabendo-se que o parlamentar em questão foi um dos incentivadores de sua introdução à política municipal, que depois disso sofreu saraivadas de ataques do eleito e se postou do outro lado da trincheira, imaginava-se que agora seria o momento exato para dar o chamado “troco político”.
Porém, o andar desta carruagem não indica que isso será uma verdade. É forte a tendência de um, digamos, entendimento entre as partes, mas vamos deixar isso, por enquanto, no campo da especulação deste blog.
Especulação essa surgida com base na frieza de atitudes do parlamentar e seu grupo na Estância. Vê-se, ali, alguém querendo alçar vôo próprio e só o tempo dirá se terá esta coragem, já que não a teve até o momento. Se tiver de fato, a dissidência terá forte impacto eleitoral. Caso contrário, teremos mais do mesmo.
Nestes tempos pandêmicos, ao final, queira-se ou não, as redes sociais terão um papel fundamental na comunicação entre os atores políticos e o público eleitor. E, vejam bem, não estou me desdizendo.
Apenas fazendo uma constatação do peso prático que terá a internet, já que as visitas, os encontros e reuniões, os comícios, os abraços e apertos de mão só estarão permitidos para os irresponsáveis sociais.
Mas as redes sociais ditarão as normas? Por ela se farão os novos eleitos? Ou ela será meramente o canal de comunicação entre-partes? Porque, se for assim, adeus à velha política, se não no sentido prático, ao menos no que diz respeito às personagens envolvidas neste “velho mundo” que se quer banido. Oxalá!