O setor da Saúde em Olímpia peca na base de tudo: falta de informação, de comunicação e de intersecção entre os setores. Isso não é novo para tantos quantos são useiros e vezeiros do Sistema em Olímpia, alguns já habituados à rotina do ir e vir, outros sempre se atrapalhando quando precisam dos serviços burocráticos em saúde.
Falta informação ao próprio funcionário, que muitas das vezes dá a impressão de não saber o que exatamente está fazendo ali (e aí não há crítica ao próprio, mas ao sistema como um todo). Se disse acima que isso não é novo, digo agora que a atual administração pode imprimir um foco mais incisivo sobre o tema.
A começar por modernizar o sistema de atendimento. É anacrônico, com máquinas, aliás, fora de uso há tempos. No que diz respeito à relação paciente/funcionário, há muito o que fazer. Porém, nada que cursos de especialização, palestras focadas, orientações técnicas não possam resolver.
Ainda há sempre um clima de beligerância no ar, uma expectativa que a qualquer momento, um dos lados do balcão vai explodir. O paciente, em sua razão, pois está doente ou tem alguém da família necessitando de atenção médica. O mínimo que lhe devem é atendimento educado, atencioso, carinhoso até, que carinho e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
O funcionário, às vezes mal chegado à função, às vezes mal preparado para tal e às vezes eivado de má vontade pura e simples, vive de entrechoques com este ou aquele, às vezes se sai bem pela conduta apropriada no atendimento. Mas, via de regra, atendimento carente de uma ou outra informação.
Por exemplo, um paciente se consulta com um profissional médico. Recebe um pedido de exame ou RX. Sai da sala sem saber exatamente o que tem que fazer em seguida. Porque o próprio médico não o informa corretamente. Apenas “passa a bola” pra frente. “Isso aqui você faz em tal lugar, isso em tal lugar”.
Aí vai o paciente a estes tais lugares e lá é informado de que, antes, precisa passar em tal outro lugar para preencher a papelada. E lá se foram uma, duas horas da manhã do trabalhador, quando não mais. Neste caso, uma orientação do tipo “passe pelo balcão tal antes de ir embora”. E lá o paciente é informado para onde deve ir ou o que deve fazer.
Ou, melhor ainda, neste mesmo balcão já se providencia o preenchimento da papelada. Quanto este simples gesto economiza em tempo e burocracia? Nas UBS’s, por exemplo, por que já não se faz o agendamento definitivo, com data e horário para atendimento pelo médico tal? Evitando que o paciente receba ali um papel, mas tenha ainda que percorrer a “babel” burocrática?
Também ajudaria bastante o sistema de senhas com chamada via tela de led, como nos centros mais avançados em atendimento em Saúde. Seja no “Postão” (aliás, este é um capítulo à parte), seja na UPA ou qualquer das Unidades Básicas de Saúde. Diminuiria, já de cara, a gritaria, que não se houve mais em nenhum centro.
Acreditamos ser isto o básico, mas já traria uma melhora considerável ao setor, mais conforto ao cidadão, menos desgastes físico e emocional para quem já está debilitado ou abalado emocionalmente por um ente querido.
Como já se disse antes, não dá para dizer se o sistema de atendimento em saúde propriamente dito em Olímpia melhorou ou está igual. Não dá para dizer se o sistema burocrático melhorou ou está igual. Mas dá para dizer, seguramente, que estão ruins ainda. Que há um longo caminho a ser percorrido, e que por isso deve ser começado a trilhar o mais rápido possível.
E modernizar é a chave.
E neste aspecto, comecem-se pelo básico do básico. Definitivamente, o Centro de Saúde, ou “Postão” para os íntimos, não tem a mínima condição estrutural para abrigar uma Secretaria de Saúde e seus “penduricalhos”. O prédio é sujo, mal conservado, acanhado, mal ventilado (o que o banheiro fede!, dizem), enfim, impróprio.
Claro, os asseclas cunhistas vão dizer: “Ora, por que ele não diz que estes problemas foram nossa herança?” Respondemos: pelo simples fato de que, o que passou, passou, e que se este governo quer ser o “novo”, conforme discursos de campanha, e ainda priorizar a saúde, como prometeram à farta, estas são singelas sugestões deste blog.
(Vejam que nem mexemos na questão dos médicos em si, porque esta é uma situação de “guerrilha” interna difícil de solucionar, mas espera-se algo novo aí também)
Já que não é porque é assim, que tem que ser assim. Ou: Mesmo que sempre tenha sido assim, não precisa ser assim para sempre.
Porém, dada a dificuldade aparente deste governo em caminhar para a frente, tenho a impressão que preferirão negacear o sugerido, como de alguém que não sabe o que está dizendo a respeito. Não conhece os meandros. Talvez. Mas boa vontade não faltou em colaborar.