Ainda não estamos em plena campanha eleitoral. Mas já se percebe aqui e ali que o que vem por aí não será coisa para principiantes. Interesses maldisfarçados começam a pontuar aqui e ali. Malversações de fatos e atos começam a ganhar corpo aqui e ali. Ou seja, a campanha do ódio bate à porta.
Há muita gente “grávida” de argumentos pronta a “parir” desavenças entre partes interessadas, há aquela gente que até já “abortou” algumas delas e vai tempo que está plantando picuinhas em redes sociais, meios de comunicação, em comum, o ódio, a dissimulação, a infâmia, a calúnia e os exageros acerca desta ou daquela situação.
Os dois casos mais rumorosos a registrar envolve, primeiro, um certo vídeo que circulou e “bombou” na net, dando conta de atos indecorosos em plena via pública. O vazamento deste vídeo, primeiro foi atribuído a desafetos políticos da personagem principal do acontecido, que tem pretensões políticas na urbe.
Depois, “descobre-se” que o impulsionador deste vídeo seria uma autoridade legislativa. Daí parte-se incondicionalmente, a um pedido de cassação de mandato em função disso. Quem está certo, quem está errado nesta medida de força, só o tempo dirá. Mas não se pode querer desqualificar o fato em si, de alta gravidade ética e moral.
Depois, o episódio do Conselho Municipal das Pessoas LGBTQIA+, que a Câmara de Vereadores deu pau esta semana. Se não considerarmos o fato político por trás disso, teremos que classificar como fruto da ignorância legislativa local a não-aprovação do projeto de Lei. Mas vamos considerar o aspecto político da coisa.
É sabido que três vereadores votaram contrários à propositura, dadas as suas convicções religiosas, o que em si já denuncia a falta de discernimento destes edis. Sobraram seis votos. Destes, três votaram favoráveis. E três votaram contrário. Eram necessários cinco votos, maioria simples. Mas aí está o nó górdio da questão.
Três vereadores votaram contra o projeto visando punir uma desafeta, ex-vereadora que teve seu mandato cassado e até hoje não deixou de ser um espinho na garganta de alguns ex-pares da Casa de Lei. A vergonhosa justificativa comentada à boca pequena aqui e ali, seria o fato desta ex colega ter espalhado vídeos cobrando dos senhores edis a aprovação do dito projeto de Lei.
Não gostaram. E por isso não aprovaram o projeto. O que é bem quinta série no nosso entender. Pois colocaram uma responsabilidade maior com o município e em atenção a uma categoria social, a serviço de suas raivinhas de ocasião.
É vexatório. Mas aí também se vislumbra um viés político-eleitoral porque a Câmara, de uma hora para outra, tornou-se um reduto oposicionista. Um oposicionismo de ocasião, porque todos que ali estão até outro dia mesmo rezavam na cartilha do mandatário de turno. E dele obtinham o que bem queriam.
Mas, agora o legislativo olimpiense está rachado em três blocos: os cunhistas, os genistas e os, digamos, tarcisista(s) que, no caso, é bloco de um sozinho. E não bastasse isso, é “bloco” móvel, que ainda está pendente de decidir para onde vai. Mas, enquanto isso, faz lá suas performances políticas.
Assim, no frigir de tantos ovos, dá para ter uma expectativa de como será a disputa eleitoral de logo mais. Cheia de ódio, rancor, vingança. Alguns por interesses financeiros contrariados, outros por interesses políticos contrariados e outros ainda por simplesmente se engajarem nas correntes que optarão pelo quanto pior melhor.
Argumentos frágeis não vão levar ninguém a lugar nenhum desta vez. Simplesmente trazer à memória do eleitor um “passado de glória” frente ao presente factual não terá força suficiente para levar quem quer seja a algum lugar. Então muito barulho será necessário. Não importando com que conteúdo se fará este barulho. Importará tumultuar o processo.
Enfim, com os tais episódios acima relatados, não restam dúvidas de que a campanha do ódio já está entrando pela sala.