Nos bastidores políticos locais a frase que mais se ouve é esta: “Ainda é cedo”. Mas, o que se vê não é bem isso. Uns mais, outros menos, uns da forma mais adequada, outros nem tanto, cada um por si estão vislumbrando o porvir de daqui há três anos.
Mas, até agora, dos nomes postos, temos mais do mesmo. Nenhuma novidade, nenhuma nova liderança a ser reconhecida, eis que deste produto Olímpia há muito carece. Mas então vamos jogar com o que temos, já que não dá para tirar um candidato-líder da cartola ou da manga do paletó. Da noite para o dia alguém gritar numa esquina qualquer, “este cara sou eu”, e emplacar de imediato.
Até hoje, na história política recente de Olímpia não houve caso parecido. Não houve quem chegasse lá por ser líder nato. Todos foram “fabricados” pelos escaninhos da política local, atém um certo tempo seguindo o caminho das pedras, sendo forjado à sombra do titular do cargo, para enfim emplacar, não sem muito custo – político e financeiro.
Até o atual prefeito, antes que alguém o veja como essa liderança nata que Olímpia tanto reclama. Ele foi candidato de si mesmo no princípio, com enormes dificuldades de aglutinação. Eleito, montou um governo de balbúrdia, sob eterna suspeita aos olhos da opinião pública.
Se sobressaiu porque aqueles que lhe fizeram frente nada dispostos pareciam estar, ou eram exageradamente ineptos para enfrentá-lo em uma disputa na qual teve uma base política experiente de seus parceiros de antanho e, agora sabemos, de um esquema muito bem estruturado onde o dinheiro era mero detalhe.
Depois reelegeu-se, fragorosamente, por contar, entre outros fatores, com contendores que, se disposição tinham, mostraram-se ainda mais ineptos para brigar com a então poderosa máquina de triturar adversários montada por Geninho (DEM) e sua trupe.
Há um entendimento nos meios políticos que o quadro se apresentará bem diferente em 2016. O alcaide não é o candidato. Ele deve “ungir” Beto Puttini (PTB) – pelo menos o presidente da Câmara aposta firmemente nisso. Portanto, Puttini, dizem as más línguas, já posa de inabalável. O tempo dirá se pose ganha eleição.
Na outra “raia” corre – corre? – o vice-prefeito, Gustavo Pimenta. É candidatíssimo a prefeito em 2016. Até por que, se não o for, terá sido por um imperativo tão maior a ponto de lhe convencer a jogar uma carreira política promissora na lata do lixo. Se existe um nome que pode vir a representar o PSDB em termos políticos futuros este é o de Pimenta.
Se o partido tem a chance de “fabricar” um líder, o esboço já está aí. Mas só que é preciso que o próprio pretenso candidato tome a frente das conversas, para não passar a imagem de político tímido – na leitura dos adversários, fraco.
E fora destas linhas gêmeas no espectro político local, temos o vereador petista Hilário Ruiz, que também se insinua quando o assunto é candidatura ao “Palácio das Luzes” da Rui Barbosa (ou será ao “Palácio de R$ 10 milhões” dos altos da Giannecchinni?).
De qualquer forma, Ruiz tem um longo caminho a percorrer, precisa de um confortável “colchão” político, densa base a sustentar sua caminhada. Canais de comunicação, e interlocutores acessíveis a ele, seu projeto, sua figura e o tudo que representa hoje, politicamente falando.
Dos três, me parece a caminhada mais difícil. Mas que pode ser encurtada com uma composição. Dos dois nomes à disposição, considero que Ruiz melhor se encaixaria no projeto tucano, apesar dos pesares, da grande diferença em níveis nacional e estadual, e das velhas figuras de bico duro locais. Lembrando que é só uma hipótese.
Até.
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