Só para constar, já que toda a polêmica originou-se de postagens feitas neste espaço, informo aos meus leitores que os dois projetos mais polêmicos da Casa de Leis até aqui – os que tratam das proibições da pesca às margens “nobres” do Rio Olhos D´Água e do uso do telefone celular nas agências bancárias -, foram retirados da pauta de votações na sessão de ontem, segunda-feira, 3, pelos seus autores.
O projeto de Lei do vereador Leonardo Simões (PDT), referente ao não-uso do celular os bancos, nem foi relacionado na pauta de votações. Importante lembrar que tal projeto provocou a ira dos cidadãos, com críticas ferinas ao autor e sua propositura, embora, para o próprio, ele tenha “dividido muito as opiniões”. O projeto teria sua segunda votação ontem à noite, depois seguiria para a sanção do prefeito, que poderia, inclusive, vetá-lo.
“Pretendo apresentá-lo de novo, mas primeiro vou buscar melhores informações e embasamento. Os exemplos todos que tenho são de cidades bem maiores que Olímpia. Quero pesquisar a situação em outros municípios do porte de Olímpia, para depois tratar da questão aqui. Também vou propor um amplo debate sobre o tema antes de reapresentá-lo”, disse Leonardo Simões ao blog, logo após a sessão.
Lembrando que já na Câmara houve dissenção. O vereador petista e líder sindical bancário Hilário Ruiz, votou contra, alegando ineficácia e restrição de direitos do usuário em favor de uma instituição que, esta sim, deveria adotar mecanismos mais seguros contra si e contra os seus clientes. Lembrou o vereador que outras medidas de segurança já foram adotadas pelas agências, como os biombos, as portas giratórias. “O que precisa é ter melhor fiscalização, inclusive quanto à lei das filas”, cobrou.
O outro, que proibia a pesca dentro do perímetro urbano, ou seja, a partir da ponte da Dr. Andrade e Silva até a ponte da Constitucionalistas de 32, foi retirado pelo autor Marcelo da Branca com a sessão em andamento, no momento em que seria colocado em votação em segunda discussão.
“Eu só quis ajudar, vendo a questão de saúde do cidadão, saúde pública, mas vou ver melhor como fazer essa conscientização, talvez após uma sessão técnica, ou mesmo uma estratégia bem feita com a Saúde para esclarecer a população do real efeito nocivo que um peixe, pescado nesse córrego, pode causar”, justificou Marcelo à imprensa e, depois, no plenário.
Da Branca disse que já procurou a secretária municipal de Saúde, Silvia Forti Storti, e com ela pretende traçar diretrizes mais técnicas e melhor estruturadas, para enfrentar o problema. Mas, deixou antever que proibir a pesca no Olhos D´Água, nunca mais.
Até.
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