Amigos do blog, cá estamos de novo, para um assunto que rendeu: os 100 dias iniciais de governo que muitos julgam necessários serem de paz, concórdia e tranquilidade, para que o detentor do cargo possa se “aclimatar”. Como puderam ver, as opiniões divergem, mas ao mesmo tempo convergem (leiam comentários postados).
Talvez muitos me tenham achado radical demais, como um dos que comentaram, que chegou a insinuar que quem não entende desta forma, é porque está “preocupado com a reeleição” do – no caso – prefeito, o que viria a acontecer somente em 2012.
Portanto, acabam eles na verdade de manifestarem preocupação com a possibilidade do alcaide não ficar oito anos no poder, aquele mesmo que sequer começou a governar – seja por causa da “carência” ou não – em favor do povo, pelo menos.
Se não, é possível que mulheres pobres das periferias deixem de dar à luz por 100 dias, tempo da “carência”? Famílias deixarão de cair em situação de fragilidade social? Idosos e gentes de todas as idades deixarão de ficar doentes, de precisar de remédios, um exame, uma viagem para outras unidades hospitalares alhures?
Na educação, já se disse, as creches não receberão as crianças, não abrirão, mães deixarão de trabalhar enquanto não se “aclimatar” o alcaide? No pátio cruzarão os braços os “peões”, as máquinas serão desligadas, o lixo se acumulará?
Não se cobrará impostos, não se comprará nada, consequentemente nada haverá para se pagar. O prefeito não viajará, eis que não haverá recursos. Serão os 100 dias que a cidade parou? Áh, e falaram em transição, também. Que não houve, por isso a necessidade dos três meses, uma semana e três dias. Outra bobagem.
Não há na história de Olímpia, por exemplo, um governo municipal que tenha feito transição. Aliás, essa figura da transição só surgiu agora. Mas vejo como panacéia de acomodados. Não há porque falar-se em transição de governo numa cidade do porte de Olímpia. E deu-se tanta importância a isso por aqui!
E antes que algum zulianista melindrado venha nos atacar sob pseudônimo – por quê nunca assinam o que escrevem? – devo esclarecer que não falo agora, nem falei antes, especificamente sobre Olímpia. Falei de forma geral, abordando o tema a grosso modo – mas de imediato caíram de pau no meu post!
Tudo bem, estamos aqui para isso mesmo, debater questões profundas, esclarecer situações obscuras, jogar luz na penumbra – quando não na escuridão. E este blog tem cumprido sua missão, imagino, tantos são os amigos que nos acessam – se mantivermos a média vamos passar dos 4,5 mil já neste mês.
Portanto, nossa maioridade nos confere o direito de opinarmos, fazermos conjeturas, observações, darmos sugestões, criticarmos, enfim, exercermos nosso sagrado direito democrático de expressar nossa opinião, o que, a despeito de alguns pensamentos em contrário, graças a Deus pode, sim, ser feito por qualquer um e até mesmo, porquê não? – de qualquer jeito.
Comentários fechados.