A expectativa de sermos parte integrante de um contingente superior a 50 mil habitantes acaba de cair por terra. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, vem de oficializar a população olimpiense: 49.792 habitantes, ou seja, menos 233 moradores estimados até então, e divulgados pelo prefeito Geninho (DEM) com estardalhaço no final do ano passado. Ele anunciou que éramos 50.025, número que povoou o imaginário local até ontem, segunda-feira, 25, quando veio a ducha de água fria trazida pelo Instituto.
É claro que a repercussão maior desta informação será no âmbito político, já que, com menos de 50 mil habitantes, Olímpia poderá ter apenas 13 vereadores, ou seja, apenas três a mais que os dez atuais, e não 15, como já eram dados como favas contadas, ou seja, cinco cadeiras a mais que as atuais. Mas, é preciso lembrar, também, do lado econômico. População menor, menos Fundo de Participação dos Municípios-FPM, já que o índice no “bolo” do ICMS cai, em percentuais ainda a serem levantados pelo setor financeiro da prefeitura. A oficialização do número de moradores da cidade representa, assim, menos dinheiro em caixa, mas, menos vereadores na Câmara.
Acreditamos que uma coisa acaba compensando a outra, embora a perda econômica seja a de mais se lamentar. A perda política, ao contrário, a de mais se comemorar. A lei eleitoral estipula para cidades com mais de 30 mil habitantes a até 50 mil, 13 cadeiras nos legislativos. Acima disso, 15. Estes números são os oficiais, do final de novembro. Lembremos-nos que em 4 de novembro havia sido publicado no Diário Oficial da União-DOU, população de 49.381 habitantes que, com a revisão posterior, bateu nos números agora dados como oficiais pelo IBGE, e não naqueles divulgados pelo prefeito.
Assim, mostram os números, também, que Olímpia cresceu demograficamente, em 10 anos, apenas 8,2%. Sua população saltou de 46.013 habitantes em 2000, para os atuais 49.792 habitantes. Somos 24.562 homens, e 25.230 mulheres. Há 668 mulheres a mais que homens na cidade. Moram na área urbana 47.092 pessoas, e na Zona Rural, 2.700. Olímpia tem 17.855 casas particulares, das quais 15.934 estão ocupadas.
Assim, não adianta espernearmos, e muito menos o Governo Municipal. Até mesmo porque ele já foi oficiado pelo IBGE, todas as secretarias já receberam cópias do ofício, bem como a Câmara Municipal. Temos que nos conformarmos, pois, com essa realidade, que no final das contas não é tão trágica assim. Afinal, vivemos este tempo todo neste patamar populacional e ninguém morreu por causa disso. Pode ter morrido por outras causas, mas não por baixa densidade populacional.
Até porque, também, há uma corrente do pensamento político que vê maiores vantagens em se morar em uma cidade do porte de Olímpia, considerado ideal para uma ótima qualidade de vida, desde que dotada de todos os equipamentos urbanos necessários ao bem estar coletivo, incluindo aí bons sistemas de saúde, educação, saneamento e abastecimento. Aí sim, a cidade seria o melhor dos mundos para se viver. Mas, falta muito para chegarmos lá. Inclusive bons administradores.
Até.
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