Desde sexta-feira passada, 7, e com mais força na manhã de hoje, estão borbulhando os comentários em torno da construção do “Minha Casa, Minha Vida”, obra a ser erigida com reursos do Governo Federal, cujos trabalhos encontram-se em fase de alicerçamento. Tais comentários dão conta de que a empresa responsável pela obra a teria abandonado, por falta de caixa para executar os serviços e “bancar” a peonada até cada medição e repasse a ser feito pela Caixa Econômica Federal.

Consta que na sexta-feira, um grupo de trabalhadores teria ficado sem receber a semana. A responsabilidade pela obra teria sido passada para outra empresa ainda não identificada, que estaria hesitando em aceitar ou não a responsabilidade. Consta que até mesmo o encarregado da contabilidade estaria revendo sua posição de responsável junto à empresa.

O secretário municipal de Obras e Meio Ambiente, Gilberto Tonelli Cunha, disse que a fiscalização e responsabilidade pela obra são da Construtora Pacaembu, da capital paulista, “que deve ter subempreitado serviços”. Ele garantiu que a empresa paulistana “é idônea, tem lastro financeiro, é empresa muito grande e tem muitas obras também grandes”.

Assim, busca descaracterizar qualquer suspeita de falência, a exemplo daquela contratada para a construção da UPA, obra também do Governo Federal. “Ela subempreitou alguns serviços”, informou. À prefeitura e à CEF cabem apenas a expectativa do cumprimento dos prazos estipulados, segundo Cunha. E se algum problema estiver acontecendo,seria “problema de ordem interna”, entre a empreiteira responsável e a empresa subempreitada.

Cunha disse que iria conhecer o problema de perto, para ter certeza de que as coisas vão se arrumar.

O que se espera é a não repetição do que houve com a Unidade de Pronto Atendimento-UPA, que teve seu cronograma de construção e entrada em funcionamento totalmente “estourados”, porque a empresa contratada, a JNP, “quebrou” e deixou o serviço apenas no emparedamento. A prefeitura agora contratará outra empresa – a licitação acontece dia 13, quinta-feira – para concluir a obra. A UPA era para já estar em funcionamento desde o mês passado.

Também neste caso, quando houve o episódio da empresa fornecedora de lajes retirar material da obra, Cunha disse que o problema era entre a fornecedora e a JNP, e a prefeitura nada tinha a ver com isso.

OS NOMES DA CÂMARA
A nova Mesa Diretora da Câmara Municipal já nomeou para cargos em comissão, seis dos dez que tem para serem preenchidos. Para a Assessoria Administrativa da Secretaria, volta, após anos afastado, o bacharel Mário Michelli, que tempos atrás comandava a Casa de Leis com “mãos de ferro”, o que, parece, começa a se repetir agora.

Como Chefe Administrativo e do Gabinete (Chefe de Gabinete) foi nomeado Jordano Antonio Ganâncio, que num passado recente foi motorista nomeado pela Mesa, quando foi presidente Jesus Ferezin, pai do atual mandatário, Toto Ferezin (PMDB). Ganâncio vem a ser esposo da advogado Edely Nieto Ganâncio, hoje lotada na Procuradoria Jurídica do Município.

Para a Assessoria Legislativa e Jurídica, foi nomeado, aliás, renomeado, o advogado Gilson David Siqueira, que já ocupou esta função na Mesa passada e permanece, não só pelo reconhecimento ao seu trabalho mas, também, por ter sido indicado por Guto Zanette (PSB), hoje 1º secretário da Mesa, dentro daquela acordo firmado há dois atrás, que Zanette não cumpriu.

A jovem recém-formada advogada Aline Spegiorin Zanirato foi nomeada para a Assessoria Parlamentar. Murilo Garcez Novais foi nomeado – também dentro da ‘cota’ de Zanette – para a Assessoria de Gabinete da 1ª Secretaria. E André Luiz Brocanelo é mais um que continua, agora como assessor de Gabinete da 2ª Secretaria, no caso, vereador Lelé (DEM).

Faltam ainda para serem preenchidos, seis cargos em comissão, entre eles o de Assessor de Comunicação que, dizem, é da ‘cota’ do vereador e líder do prefeito na Câmara, Salata (PP). Dias atrás surgiram na cidade fortes comentários de que ele estaria articulando para a volta da jornalista rio-pretense Danielle Jammal, que foi “militante” incansável do então candidato Geninho (DEM), na emissora que hoje já não fala mais do prefeito com a mesma ênfase positivista.

O presidente, no entanto, negou peremptoriamente a este blog que isso iria acontecer. E que a vez em que ele e seu primeiro secretário, Guto Zanette, foram vistos com ela saindo do consultório do médico Nilto Martinez, foi apenas um encontro “por coincidência”. As suspeita aumentaram quando ela teria sido vista junto com o prefeito Geninho e mais duas outras figuras não identificadas em um posto de combustível da cidade, num noite dessas. Aguardemos.

UNIFORMES CANCELADOS
A prefeitura muicipal, sem maiores explicações, suspendeu a licitação na modalidade Pregão Presencial nº 77/2010, que tinha como objeto a contratação de empresa, com fornecimento de material e mão-de-obra, para a confecção de uniformes escolares (camisetas, bermudas e meias), para a rede municipal de ensino de Olímpia, para o ano letivo de 2011. A abertura dos envelopes estava marcada para hoje, 10, às 9h30. O aviso de suspensão veio publicado na edição de sábado, 8, da Imprensa Oficial do Município-IOM, à página 8, sem nenhum detalhamento. O aviso vem assinado pelo pregpeiro Alaor Tosto do Amaral.

No ano passado, os uniformes para a rede municipal só foram comprados em meados do ano, e entregues aos alunos em agosto, depois de muita cobrança pública dos pais. A secretária de Educação informou que estavam sendo entregues 7.606 camisetas escolares aos alunos, professores e funcionários, além de 2.850 bermudas, destinadas aos alunos “menores” da rede. Eliana Bertoncelo Monteiro disse também que esperava ver aqueles uniformes sendo usados ainda neste ano.

“Os uniformes deverão ser usados no ano que vem, também. Se conseguirmos duas camisetas, de início não há necessidade de fazer (no ano que vem). Vamos planejar em janeiro, porque as camisetas podem atravessar até mais de um ano. Pedimos um fio mais resistente para não deformar na primeira lavada. E assim foi garantido”, disse a secretária na ocasião. O investimento foi da ordem de R$ 78 mil, segundo ela, e a confecção foi de uma empresa de Olímpia – “Vani da Cecap” – que ela não soube precisar o nome.

Pode ser que, após levantamento, o Executivo concluiu que não há necessidade de nova compra, uma vez que as crianças conservaram tão bem as camisetas e bermudas que dispensa mais esta despesa. Mas, ao mesmo tempo, a prefeitura abriu mais um pregão (79/2010), desta vez para “contratação de empresa para fornecimento de tênis escolar para utilização dos alunos das creches, pré-escola e ensino fundamental da rede municipal, neste ano letivo. A abertura dos envelopes está marcada para esta terça-feira, 11, às 9h30. Vamos aguadar. Outra despesa que pode não acontecer este ano diz respeito às merendeiras, que no ano passado receberam 80 uniformes, feitos por outra empresa local, ao preço de R$ 6 mil.

Até.