Os semanários “Folha da Região” e “Gazeta Regional”, o primeiro neogovernista e o segundo inteiramente voltado à administração Geninho (DEM), trouxeram esta semana duas análises sobre o resultado das eleições em Olímpia, quantificando tal resultado em número de eleitos, para a Assembléia Lgislativa e Câmara Federal, ambos colando tudo à figura do alcaide. O próprio prefeito, que não é bobo nem nada, também forçou esta imagem na entrvoista que concedeu ao “Gazeta”, falando sobre o assunto.
A “Folha da Região” começou dizendo que “acompanhado por seu grupo de assessores políticos, o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, apoiou as candidaturas de 12 deputados federais e estaduais, que tiveram suas eleições confirmadas no domingo, dia 3, quando foram realizadas as eleições gerais”. Deu destaque ao federal Rodrigo Garcia, que recebeu 11.064 votos em Olímpia. Depois, nominou os demais, dos quais publico só os eleitos: Ricardo Izar, Waldemar da Costa Neto, Aline Correia e Jonas Donizeti, para federais, e Itamar Borges, Bruno Covas, Rita Passos, José Bitencourt, Vanessa Damo (sub júdice), Estevão Galvão, João Caramez (sub júdice), André do Prado e Ed Thomas.
Depois, o jornal conta como isso se deu (este blog já havi antecipado meses atrás quem trabalharia para quem na cidade): “Os cinco candidatos a deputado federal “apoiados” por Geninho estão eleitos. No caso de Ricardo Izar, que recebeu apoio também (ao contrário, o apoio foi) do secretário de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer, Beto Puttini, e do ex-vereador Valter Joaquim Bitencourt, ele obteve 295 votos. Junto com o vereador Dirceu Bertoco, o prefeito ajudou (?) a conquistar 832 votos para Waldemar da Costa Neto; com Luiz Antônio Moreira Salata, foram 14 votos (!) para Aline Correia; e com o vereador Gustavo Zaneti, foram 115 votos para Jonas Donizeti (?)”.
“Já para deputado estadual, estão confirmadas por enquanto as eleições de sete candidatos: Itamar Borges, que foi trabalhado, diz o jornal, pelo secretário de Obras e Serviços Urbanos, Gilberto Tonelli Cunha, secretária de Educação Eliana Monteiro, João Paulo Polisello, o Pita, recebeu 2.896 votos”. Mas, na verdade, o candidato foi trabalhado em Olímpia mais exatamente pelo vereador Toto Ferezin (PMDB) e seu paí, ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Jesus Ferezin. Foi o úncio candidato a quem Geninho apoiou de corpo e alma, colocabndo até sua foto junto à dele na propaganda em jornais, o que não se viu com outros candidatos a estaduais.
Nem com Bruno Covas, que recebeu apoio do PSDB de Olímpia e da Usina Guarani, e ao qual o prefeito dedica profunda amizade – “Um amigo pessoal e que nos ajudou” ele posou para a propaganda. O candidato eleito recebeu 1.810 votos em Olímpia. Rita Passos, que teve apoio da secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Carmen Bordalho, foi votada por 543 eleitores. E se não fosse, não seria Geninho quem iria pedir votos para ela. José Bitencourt, também eleito, teve apoio direto do vereador Primo Gerolim (DEM) e do ex-verador e presidente da Câmara, Alcides Becerra Jr., a quem deram 286 votos.
Estevão Galvão (pastor evangélico), recebeu 158 votos. Outro que teve apoio também de Bertoco foi André do Prado que teve 949 votos e, ainda com apoio de Zanette, Ed Tomaz recebeu 152 votos. No casos dos candidatos Vanessa Damo, que teve apoio direto do vereador Aguinaldo Moreno, Lelé (e só), e João Caramez, ambos buscando a reeleição, por indefinição da Justiça Eleitoral ainda não tiveram seus votos computados, mas os votos que receberam garantem suas reeleições. E, detalhe: Itamar Borges não perde o cargo, caso Vanessa Damo seja absolvida.
Porque todos os cálculos feitos, conforme determinam o TSE e o TRE, confirmam que a eleição de Itamar Borges não é atingida, em qualquer circunstância de validação dos votos dos candidatos impugnados. Validando apenas os votos de Vanessa Damo (PMDB), ou de um ou de mais de um dos candidatos impugnados do partido, automaticamente, o PMDB conquista a 5ª vaga. Ou seja, o PMDB mantém os quatro eleitos, ou amplia para cinco, o número de cadeiras na Assembléia Legislativa, com a inclusão de Vanessa Damo, nada alterando em relação aos quatro já definidos como eleitos. (Esta explicação é da assessoria do deputado)
Assim, o prefeito diz estar satisfeito com o resultado. Satisfeito, também, com os resultados para senador, presidente da República e Governador, creditando os méritos para a sua base de apoio. Aí já não é bem assim. Olímpia sempre votou à direita, sempre teve um eleitorado conservador que sempre votou em Alckimin, em Serra e em Aloysio, haja vista os resultados de eleições passadas. Mas, Geninho comete ato falho quando tenta se passar por diferente, ao criticar “os que tentam comprar voto através de favores, em troca de gasolina”. Porque não é bem assim, tão diferente, seu modo de agir eleitoralmente falando. E de nenhum dos candidatos que por aqui aportaram. Essa estórias de que “o povo olimpiense está muito consciente” é meio que confete sobre bolo encruado.
Agora, que ele tem razão quando diz que “o resultado eleitoral foi positivo”, tem. Mas não tem razão quando diz que tal resultado, também, “mostrou o nosso grupo político unido”. Porque o grupo não estava unido. Esta sob ordens e sob a meaças, em alguns casos, de “corte”. E houve até caso de “jogar contra” pensando nos seus interesses mais adiante. O que resta agora é esperar para ver qual será o resultado disso tudo, para a cidade. A julgar pelo otimismo do alcaide, Olímpia se tornará um “paraiso”, o melhor dos mundos para se viver. O tempo dirá.
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