Grupo do Estado homenageado, o Paraná

Grupo do Estado homenageado, o Paraná

Amigos do blog, estou otimista! Fazendo um julgamento prévio e, confesso, raso do que foi a abertura e o ambiente no Recinto do 46º Festival do Folclore, dá para ter esperanças. No ano passado o baixo astral já se mostrava tão logo “as portas” foram abertas com aquelas invencionices todas. E invencionices “para baixo”, rasgando a caracterização do evento maior do país em seu gênero. Com o que se mostrou ontem à noite, dá para pelo menos imaginar que a ficha caiu. Que o Fefol não precisa de muito, ele não pede luxo, não pede glamour, ele pede carinho, compreensão e valorização pelo que representa frente à cultura e às raízes do um povo.

* Há fatores negativos a serem ressaltados? Sim, os há, como por exemplo a disposição do palco, que deixou o público quase sem opção de arquibancada. De um lado, o palanque isolou um terço dela, de outro, o local dos “camarotes”, que ficou “privê” (não se sabe para quem), tomou outro bom pedaço, além das torres de filmagem e sonorização, que limitaram o espaço mais embaixo das arquibancadas, eliminando pelo menos, talvez, cerca de 100 lugares ou mais.

* Outro senão foi o palco, muito alto, talvez cerca de dois metros de altura, mais que a de um homem de estatura mediana com os braços erguidos. Dificulta em muito o trabalho de fotógrafos e cinegrafistas que não sejam os oficiais – estes têm acesso livre ao palco – que não poderão subir lá, se forem muitos, por uma questão de funcionalidade. Aliás, que palco era aquele! Digno de shows do porte de uma Ivete Sangalo ou coisa maior que isso! É a tal estória: chora-se migalhas para isso e aquilo e de repente, a surpresa: um megapalco que deve ter custado os olhos da cara. A festa não pede isso. Os grupos não pedem isso. A infra-estrutura é mais importante. Número e qualidade de grupos são mais importantes. O aspecto visual, que este Governo preza tanto, as muitas luzes e holofotes, podem ficar para segundo plano.

* O advogado Caia Piton Filho e o médico Selim Jamil Murad formaram dupla de apresentadores. Murad já “escolado” na atividade, Cainha “debutando”. Houve quem reclamasse do comportamento “zen” do advogado, cobrando um pouco mais de vibração. Mas, culto, e passando impressão de saber o que estava fazendo ali, o resto é só questão de tarimba.

* A piada de mau gosto da noite fica creditada ao seu par, Murad. Que tentou fazer graça fingindo que ia explicar o que significa o texto-chave das chamadas para o Festival estampada em outdoors e reproduzidas em emissoras de rádio, “berimbau não é gaita”. A explicação de Selim Murad: “É só por na boca para ver a diferença”. Já que não teve graça nenhuma, fica a expectativa de que, na primeira oportunidade, Selim explique a lógica desta frase. Assim, permanece a questão: por que berimbau não é gaita?

* Não falei do público presente: seguramente cerca de 1,5 mil pessoas, a 2 mil pessoas, se contados os integrantes de gupos que após entrarem na arena se puseram nas arquibancadas até o momento de se apresentarem. Os grupos desceram por uma das escadas, formando uma bela paisagem, cada um com suas características e vestimentas. Um belo visual.

* Mas, já eram 21 horas quando as “autoridades” subiram ao palco para os discursos de apresentação. O secretário de Cultura Beto Puttini, a coordenadora Cidinha Manzoli, o diretor Paulo Mendes e o prefeito Geninho falaram. No palco, fazendo às vezes de “papel de parede”, os vereadores Zé Elias, Salata, Hilário e Lelé. Ainda lá em cima, o vice Gustavo Pimenta, os secretários José Rizzatti, de Agricultura, Paulinho da UVESP, de Governo, e Eliana Monteiro, da Educação, além de Gilson Miranda, da organização dos desfiles, e Vivaldo Mendes, diretor da Prodem.

* Depois, às 21h20, foi a vez dos fogos de artifícios para, aí sim, começar a coreografia de abertura. Quase dez da noite. E mais de uma centena de crianças na faixa etária de sete, oito, nove anos, ali, esperando, esperando e esperando. Consta que estas crianças estavam fora de casa, longes dos pais, por conta da abertura, desde às 16h30. Fecho os comentários com este dado negativo. Mas, no geral, viu-se uma noite alegre, colorida, movimentada, e com recinto recebendo um bom público. Dá para animar.

PS: as grandes barracas, no entanto, ainda precisam pegar o traquejo da coisa. Ontem as coisas estavam meio emboladas por lá. E a comida da barraca do Fundo acabou cedo demais.

PARA VER GALERIA DE FOTOS, ACESSEM MEU ORKUT. ESTÁ TUDO LÁ!