Amigos do blog, leio manchete do blog do Concon de hoje: “Geninho desmente razão da viagem e explica o papel do vice e de seu secretário de governo”. E me pergunto: Desmentir por que a “razão da viagem”? E explicar por que “o papel do vice e de seu secretário de governo”? Mas, indo aos fatos, diz o blog que “Ao contrário do que foi informado, inclusive pela própria prefeitura, a viagem não é consequência de prescrição médica. Ela já estava marcada antes do ’susto’ que a pressão arterial do prefeito lhe deu recentemente”. E me pergunto mais uma vez: Qual a necessidade destes esclarecimentos? Bom, o prefeito Geninho (DEM) reconheceu, na entrevista ao blog que “a legislação diz que a posse do vice é para além de 15 dias de ausência, mas este governo não para e daí alguém precisa tocar os projetos, os convênios”.  E ele disse mais: como teria muitos convênios para “estourar” por estes dias, talvez não desse tempo de ele “vir de onde está” para assiná-los (Mas esse “onde está” ele não disse onde é, nem lhe foi perguntado). Por isso teria optado pela licença e a posse do vice. O que não seria uma inteira verdade. O prefeito só teria empossado o vice porque estaria em viagem internacional, consta que em Bariloche, na Argentina. Para ficar por aqui mesmo, no Brasil, independentemente da região, nem precisaria empossar o vice. E tampouco comunicar à Câmara. E, depois, ele mesmo diz ao blog que o “Paulinho da UVESP” está aí para o que der e vier, ou seja, para segurar os “rojões” administrativo-burocráticos.
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REGIMENTO
O Regimento Interno-RI da Câmara Municipal de Olímpia, no Título XI – “Do Prefeito”, em seu Capítulo I – “Do Afastamento e da Licença”, diz que o prefeito é obrigado a solicitar autorização à Câmara para ausentar-se do município ou para afastar-se do cargo por tempo superior a quinze dias. Se o pedido for para tratamento de saúde,  o licenciamento será automático. Se for para representação do município, o pedido dependerá de aprovação do Plenário. A outra possibilidade de afastamento (artigo 326) é para cuidar de interesses particulares “com prejuízos de sua remunareação”. Também neste caso, o pedido dependerá da aprovação do Plenário. Ou seja, ao que consta, o prefeito não teria feito nem uma coisa nem outra. E muito menos fundamentado em ofício seu afastamento, como exige o RI da Casa de Leis. O que existe na Câmara é uma “comunicação de afastamento”, como disse à imprensa o presidente, Hilário Ruiz (PT). No texto, no entanto, o prefeito teria usado a expressão “em gozo de férias”, o que pode descaracterizar a necessidade do pedido de autorização e da manifestação do plenário da Casa de Leis.
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ADENDUM
Só voltamos ao assunto para manifestar a estranheza destas explicações do prefeito, já que ele levou sim em conta os problemas de saúde que teve para embasar o seu pedido de afastamento, ou “gozo de férias”, como prefere. Pode ser que ele esteja mesmo falando a verdade. Até porque o prefeito estaria desmentindo quem, senão sua própria assessoria de imprensa?
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O CARGO
Naquela entrevista o prefeito fala sobre o cargo de secretário de Governo dado ao “Paulinho da UVESP”. Disse que foi criado à imagem e semelhança dele. E que esperava sua desincompatibilização da entidade para assumir a pasta. Mas, há informações, primeiro, que o cargo foi criado com outros própósitos, e que seria destinado ao vereador Toto Ferezin (PMDB), que não aceitou de pronto. E, depois, que Paulinho deve mesmo é trabalhar com maior afinco na campanha a deputado federal do Rodrigo Garcia. “Vai correr trecho”, como se diz. O prefeito diz que “foi muita coincidência” ele poder vir assumir agora, momento em que ele está em período de convalescença e assim poder aliviá-lo. Mas, “coincidência” maior não é o fato de ele ter vindo justo agora, na “boca” da campanha eleitoral?
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JÁ SAIU
O que comentei aqui no sábado, sobre as justificativas que viriam do vereador Guto Zanette (PSB), e dependendo de onde fossem publicadas estaria sacramentada a mudança, foi ao ponto: não sabia, mas já vinha relatado no “Gazeta Regional”, na coluna “Metendo o Bedelho”, edição de sábado, o ‘grito de independência’ do vereador. Não li a nota até o momento que escrevo estas linhas, mas a julgar pelo “estilo” dos escribas do prefeito naquela coluna, é provável que a nota (ou notas) tenha sido redigida em tom festivo. Bem a caráter.
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