Amigos do blog, no frigir de todos os ovos, acho que até fui mais feliz que todos os meus colegas de imprensa. Pelo menos consegui a declaração de alguém da diretoria do clube, embora depois esta mesma figura tenha “desdito” tudo e ameaçado processar o jornal e a jornalista se alguma coisa fosse publicada, incluindo seu nome. Leio agora pela manhã que o semanário “Folha da Região” também teve dificultado o trabalho de cobertura do acidente ocorrido no mini-zoológico, não conseguiu informação alguma por parte da diretoria, e teve que “correr por fora” para montar o texto. O mesmo aconteceu com a colega Andresa Maieiros, do “Gazeta Regional”, conforme conta em comentário postado ontem neste blog. Andresa vai mais fundo, cobrando atitude da diretoria do clube quanto à atenção a ser dispensada aos órgão de comunicação da cidade e de outras plagas, eis que a poderosa Globo também teve cerceado o seu direito de informar. “Para um Clube que busca o que ‘eles tanto buscam’, falta muito… Difícil conseguir falar com alguém ali dentro e vc sabe disso. Uma pena essa ‘falta de voz’…”, observa Andresa. O autor da “Coluna do Arantes”, na “Folha da Região”, jornalista José Antonio Arantes, também se queixou, e bastante, da falta de transparência no clube. Só que, no caso de Arantes, estabelece-se um paradoxo, eis que ele próprio um ferrenho defensor das coisas e de como elas se processeram e se processam naquele empreendimento, que ele acaba por reconhecer, tem viés de coisa pública, embora sua constituição de caráter privado. E fala tudo aquilo que a oposição ao atual Conselho Deliberativo falou ao longo de sua caminhada rumo às primeiras eleições diretas havidas ali, no dia 25 de abril passado. Quem tiver a oportunidade, que leia a coluna e compare com o discurso impresso da oposição. É praticamente a mesmíssima coisa. Ou seja, foi preciso um revés deste quilate, para Arantes chancelar, ainda que talvez inconscientemente, o discurso da oposição. Apenas friso este detalhe em particular porque a “FR” se posicionou no situacionismo e ao longo dos anos vem sendo a porta-voz impressa do clube, de forma incontinenti. Mas, o que está em questão aqui é o que chamo de “muro de moral e ética” que foi erigido especialmente para estes “novos tempos” de Olímpia e do clube, moldado a bel-prazer de seus “arquitetos”, com a função, talvez, de separar os simplesmente iguais, dos mais iguais que os outros.

E LÁ VAMOS NÓS

E LÁ VAMOS NÓS

PARA INGLÊS VER…
A Imprensa Oficial do Município edição de hoje, 8, traz em suas páginas 13 e 14, entre outras publicações, os editais de oferta pública 05/2010 e 06/2010, o primeiro abrindo chamada para os interessados em explorar comercialmente o Recinto do Folclore, e o segundo chamando interessados para se responsabilizar pelas montarias, com tudo o que ela traz embutida, nesta 2ª edição do Olímpia Rodeo Festival. No primeiro caso, a empresa vencedora (o valor mínimo do lance é R$ 5 mil), terá que cuidar das contratações dos artistas que se apresentarão no evento, num mínimo de oito apresentações. A prefeitura está exigindo 50% do que for faturado com publicidade, “já descontados os custos de produção da mídia”, seja lá o que signifique isso. Além do valor a ser auferido com a oferta, e os 50%, o edital não menciona outro tipo de transferência de recursos para os cofres públicos. No segundo caso, a empresa vencedora (o lance mínimo é de R$ 10 mil), terá que se responsabilizar pela realização do rodeio, e arcar com as despesas de contratação de peões, incluindo transporte, acomodações e alimentação, boiadas, estrutura metálica para a arena, bretes, enfim, tudo que diz respeito a este tipo de atividade. Áh, e ainda tem que pagar os prêmios dos peões. Da mesma forma, a prefeitura ficará com 50% do arrecadado com patrocínios. E da mesma forma, idem.

…E OLIMPIENSE ENGOLIR
Bom, no que diz respeito a este blog, os editais causam uma certa surpresa, talvez inquietação. A festa de Olímpia integra o circuito PBR de Rodeio, de caráter internacional e valendo pontos para a disputa em nível nacional. Portanto, os peões seriam todos convidados, concorrentes ao título. O circuito PBR tem ramificações de responsabilidades entre marcas de cerveja. No caso de Olímpia, é a Brahma. E ela vem com tudo pronto. Ela vende o “pacote” fechado, no caso das montarias. Portanto, já está mais que certo que será a Brahma a “vencedora” do edital 06, até por que, dizem, haveria um contrato já firmado lá atrás, de quatro anos com a Brahma. Então, para que o edital? Encenação pura, para fazer de conta que é tudo legalzinho, bonitinho, preto no branco? No tocante à exploração comercial, com a responsabilidade pelos shows, conforme o edital 5, a pergunta: Os artistas já não estão contratados? Quem contratou? Se não concorreu ao edital, então contratou por conta própria, para “arriscar um olho”, como se diz? E mais: com tudo isso, para quê, então, a comissão organizadora com os “25”? E mais, ainda: vai haver oferta pública para os camarotes também, ou já está tudo certo? Podem esperar, vão vir mais surpresas por aí…