Leio no jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, que o prefeito eleito de Olimpia, Geninho Zuliani, deverá anunciar, na próxima segunda-feira, dia 10, sua equipe de transição, para buscar subsidios junto à prefeitura municipal, de modo a embasar seu fluxograma de trabalho a partir de 1º de janeiro de 2009. Leio também que correligionários dele não souberam dizer se o prefeito Carneiro vai ou não aceitar a equipe zulianista na prefeitura.
Estou para apostar que não. Falo sem consultar ninguém ligado à administração carneirista. Formo minha convicção (e posso estar redondamente enganado) com base no comportamento político de Carneiro ao longo dos últimos oito anos. E talvez como medida de precaução administrativa, pois ninguém há de negar o quanto deve ser constrangedor um grupo de pessoas escarafunchando coisas às quais devotou cuidado por longos anos.
Se bem que são coisas públicas e, portanto, devem estar ao alcance do público. Não importando se este “público” é o próprio político interessado ou seus ordenados. Mas que é uma coisa danada isso, lá é. E em Olímpia não há tradição em transições.
A “moda” da transição é coisa recente, vem de pouco mais de 15 anos. Mas, em nossa querida urbe isso nunca aconteceu, embora pelo menos dois candidatos eleitos tenham tentado: José Carlos Moreira (1993/1996) e Luiz Fernando Carneiro (2001/2004-2005/2008).
O primeiro tentou a transição junto ao ex-prefeito José Rizzatti (1989/1992), hoje retornando ao poder no grupo zulianista, e o segundo (coincidências das coincidências!), também tentou instalar na prefeitura um grupo de transição, no final do segundo mandato de Rizzatti (1997/2000). Ambos não foram autorizados.
E agora, será que Carneiro terá uma postura diferente? Esperar para ver.
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