Amigos do blog, não querendo pegar onda de pitonisa, mas acertamos mais uma. Agora já não é mais segredo para ninguém o que quer o senhor prefeito Geninho Zuliani (DEM) com o lixo da cidade. Acho que vimos falando disso aqui neste espaço desde o final do ano passado.
E há dez dias atrás – quarta-feira, 3 -, demos o último toque, com o post ‘O Rodeio do ‘lixo”, lembram-se? Ali já praticamente dávamos a certeza do que iria acontecer, a partir da ‘choradeira’ plantada na imprensa-adesivo quanto ao aviso da Secretaria do Meio Ambiente sobre o nosso ‘lixão’.
Somado às declarações anteriores do senhor prefeito, mais as declarações pós-eleições sobre o setor e até mesmo algumas indicações sutis durante a campanha eleitoral, noves fora, a terceirização da coleta do lixo será o próximo passo.
Vai se começar pela deposição do que for coletado aqui, em outras plagas – que com certeza o prefeito e seus mais próximos já sabem onde será – e depois, nova ‘choradeira’, talvez quanto às dificuldades do transporte, etc., e de uma vez o nosso lixo ficará a cargo de terceiros.
Indifrerente à discussão sobre se isso é bom ou ruim para o município, distante das querelas sobre se isso é caro ou barato, a coisa pega na questão do provável cumprimento de compromissos eleitorais em ‘pagamento’ a ajuda financeira de campanha.
A indiferença à discussão e a distância das querelas, entendam, se prendem a uma única questão: a de que o próprio prefeito poderia estar, também, indiferente e distante destas questões, e mais preocupado em cumprir o que foi acordado lá atrás. E, pior para nós, independentemente de qualquer consequência.
Mas, se voltarmos nossas atenções para a questão custo-benefício, uma coisa há de saltar aos olhos: a dúvida insanável sobre se valerá a pena. Este tipo de serviço, segundo consta, é cobrado por número de caminhões transportados. Quanto custará cada um destes caminhões?
E, se não for por caminhão transportado – prometo que ainda na semana que vem apuro direitinho – será por metro cúbico de lixo coletado e transportado no dia, ou a cada ‘xis’ espaço de tempo. E quanto Olímpia produz de lixo por dia? E quanto custará cada metro cúbico disso?
Espera-se que a Câmara de vereadores não ‘durma de touca’ também sobre este assunto, e cobre dos líderes ou, quiçá, do próprio prefeito, explicações detalhadas sobre esta sua mais nova pretensão de gasto. Até por uma questão preservacionista – no caso, não do meio ambiente, mas do meio econômico-financeiro do município.
Porque este Governo tem se revelado ‘decretista’, ‘resolucionista’, ‘portarista’ e criador de leis que não raro implicam em gastos de alta ou média monta. Ou seja, Geninho Zuliani, até agora, tem governado com a caneta sobre o papel.
E assim governará enquanto as burras ainda tiverem parcas moedas nos fundos, esperando serem resgatadas. O problema pode vir depois, quando a fonte secar.
E, pelo andar desta carruagem de sonhos, a abóbora logo se revelará. E nesta hora, fim do baile, será que algum ‘assessor encantado’ se lembrará de lhe levar a caneta esquecida num canto qualquer?
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