“Entrevistados dão adeus ao período negro
de Eugênio e acreditam em 2017 melhor”.
Foi assim, com este título, que o semanário Folha da Região terminou o seu 2016. De forma definitiva, condenando ipsis litteris o governo Geninho Zuliani. Lembrando que para este mesmo jornal o ex-prefeito já foi “o melhor prefeito que Olímpia já teve”.
O que choca, é ver que a editoria do jornal chegou a esta conclusão, que a administração Geninho foi um “período negro”, baseado numa expressão usada num contexto de breve entrevista concedido por um comerciante.
Foram seis entrevistas no total que, se equalizadas, não traria nunca à baila a classificação feita, que mais parece obedecer à vontade de seu editor do que propriamente tratar-se de uma “fotografia” do que de fato foi o tal governo findo.
Não dá base, porque os comentários foram díspares, seguiram em todas as direções e, em maioria, focou na saúde e até no meio ambiente, o que me parecem temas gerais, não localizados.
Donde se conclui que houve muito mais má vontade do titulador, ou desejo inconfesso de seu editor, do que propriamente resultado de um levantamento embasado sobre o que foi o Governo Geninho.
Só registro por entender ser cruel demais tal classificação. Houve um governo de erros, acertos e omissões? Não restam dúvidas. Mas não são seis entrevistas, onde pontuam desafetos declarados do ex-alcaide, que irão contextualizar o trabalho de oito anos de um administrador. É muito tempo para tão poucas entrevistas, tão pouca clareza de propósitos.
Chega a ser desonesto classificar um governo com base em seis entrevistados apenas que, repito, não dão base, aliás, para classificação nenhuma, pois ninguém foi específico e, o que é pior, extraído e usado fora do contexto da fala de um dos entrevistados.
Não tenho procuração para defender ninguém, nem se trata este post de uma defesa de quem quer que seja. É só uma tentativa de restabelecer se não a verdade, pelo menos o bom senso naquilo que há de mais caro nesta nossa precária atividade: a informação, não a interpretação dos fatos que, para isso, existem as colunas e, hoje, mais modernamente, os blogs.
Foi a este propósito que fiz a postagem anterior. Se não leu, corre lá. Perseu Abramo deixa tudo explicadinho.
PS: O contraditório é possível, se vier em bons termos.
Comentários fechados.