No próximo dia 6 de fevereiro volta à ativa na Estância Turística de Olímpia, a Casa de Leis. No horizonte, o vislumbre de que ela será, nestes dois anos restantes, um terço oposicionista. E, diga-se de passagem, muito provavelmente por ação deliberada do Executivo Municipal.
Fernando Augusto Cunha, dizem alguns interlocutores, estaria agastado com três integrantes dali. Quais sejam, o ex-presidente do Legislativo, José Roberto Pimenta, o Zé Kokão, do Podemos; seu então primeiro secretário, Márcio Eiti Iquegami, do União Brasil, e o suplente Marcelo Leandro dos Santos, o Marcelo da Branca, do PSDB.
Entendam que nominá-los a esta altura dos acontecimentos é uma temeridade, mas o que seria deste blog se não primasse pela emoção da informação. Buscando aqui e ali, formamos um quadro de provável radical mudança nas atitudes destes três vereadores, motivadas pela posição do alcaide, de alijá-los do seu entorno político.
Amanhã pode ser que tudo se resolva -não foi assim com Lisse e Tarcísio?-. Mas, pelos dias iniciais do Legislativo, a partir do 6 de fevereiro, veremos que caminho escolheram os “três mosqueteiros”.
Convenhamos que podem não terem muita força ali, mas é também um caminho espinhoso para o chefe de turno, que contaria seis votos garantidos para seus projetos, uma vez que o presidente só votará em caso de empate, o que dificilmente se verá naquela Casa.
Nas votações simples, ok., sem problemas. Mas, quando for votação qualificada de sete votos, Cunha terá que andar sobre uma linha fina, pois fixos ali terá seis votos e um de desempate.
A menos que tenha plena certeza de que não precisará, até o final do seu mandato, de votações qualificadas, tudo bem. Mas, o futuro, de modo geral, a Deus pertence. Enquanto o futuro político ao diabo pertence.
Consta que um destes “mosqueteiros” já anda pelos descaminhos da política local, engendrando vingancinhas, mas bastante temeroso dos resultados. Conhece a força do seu oponente. Sabe que é implacável contra seus desafetos.
Outro ali, simplesmente corre o risco de ser defenestrado da cadeira usurpada por ações um tanto quanto conturbadas e conduzidas a ferro e fogo exatamente por aqueles que agora estão no limbo Legislativo no que diz respeito à relação com o poderoso de turno.
Neste caso, teria que haver uma mexida nos pauzinhos para que a titular voltasse. E, aí, como ficaria a imagem dos envolvidos na engendração desta cassação? A opinião pública até se regozijaria em grande parte mas, na sua totalidade, se perguntaria: “Como assim?”. E depois: “Então foi tudo uma armação?”. Como explicar?
Este é um fator a reforçar as esperanças do atingido caso de fato tenham a audácia de levar a cabo esta especulação. Até porque se tivesse sido resolvida a questão apenas no âmbito político, tudo se tornaria possível, embora desgastante. Mas, a Justiça foi e está envolvida ainda neste imbróglio. O que tornaria a situação ainda mais emblemática.
O outro “mosqueteiro”, este mais astuto, chegou até a integrar a lista de prefeituráveis do alcaide, dizem as más línguas. Não souberam dizer, estas más línguas, se ainda está, para o caso de um futuro incerto. Aquele que pertence ao diabo.
A questão maior é que, daqui a pouco, pode ser que o mais novo(?) desafeto político de Cunha decida mesmo atirar uma granada sem pino dentro do front político local, cujos estilhaços, já de primeira, alcançaria a Casa Legislativa.
Ali, por cálculos enviesados, cooptaria pelo menos quatro ou cinco “soldados”. Iniciaria seu belicismo eleitoral em direção à cadeira principal da Praça Rui Barbosa em uma trincheira super-estratégica.
Por isso e muito mais queremos crer que tudo o que este blog ouviu ao longo dos dias sejam apenas conversas de corredores, especulações maldosas de quem quer ver o circo pegar fogo. Cunha não arriscaria tanto. A menos que esteja tão seguro de si e de seus poderes de encantamento que nada teme.
Difícil acreditar nisso porque, por mais que o político seja arrogante em suas certezas, cheio da empáfia em sua posição, seu destemor com relação ao porvir pode lhe ser fatal. E Cunha vai deixar muitos interesses pendentes quando sair do poder. Não quererá que nenhum desafeto venha esculachar com suas pretensões de futuro.
Enfim, o passo que o prefeito der agora, será a colheita de amanhã. Importante que sua rede de inteligência tenha todas as planilhas dos acontecimentos possíveis e impossíveis em mãos.
E espera-se que a personagem em questão, não ouça/veja tudo já com decisões pré-concebidas. Como é a praxe. O diabo mora nos detalhes, de modo geral. Em política, ele está no todo, por assim dizer.