Algo que não se explica por si só: Marcos Pagliuco, o festejado secretário de Saúde, “zap” do acordão do PSD com o Executivo, volta à função pública no Governo Fernando Augusto Cunha (PSD), como mero Assessor de Gabinete II.
Pagliuco vem de ser nomeado pela Portaria 51.353, de 3 de março de 2021. Foi uma surpresa geral. A expectativa era a de que horas passadas de sua exoneração como secretário, viriam à tona os motivos para tanto, já que foi uma exoneração intempestiva, que também pegou a todos de surpresa.
Sua nomeação tem data a partir de 8 de março, embora a publicação da Portaria tenha sido feita na sexta-feira no Diário Oficial Eletrônico, exatamente uma semana após sua “decapitação” da Saúde, pelo chefe de turno.
E aí, a notícia carece de exatidão, como diz a canção do Chico. Os motivos da exoneração não foram trazidos a público, e os motivos da renomeação, idem.
Mas, enquanto as causas da exoneração permanecem obscuras e, ao que tudo indica, nunca virão à luz, as motivações para sua renomeação se explicam pela interferência do secretário Fernando Roberto da Silva, vereador do PSD guindado a responsável pelo Esporte, Lazer e Juventude da Estância.
Pode ter também aí uma pitada de influência de Hilário Juliano Ruiz de Oliveira, “cabeça” do PSD local, partido ao qual o prefeito Cunha acabou se filiando nas últimas eleições.
E para ser sincero, é a primeira vez na história política de Olímpia que vejo um comissionado de alto escalão ser rebaixado ao nível daqueles que comandava e, aparentemente, se sentir confortável nesta situação.
Ou, se não estiver confortável, só a falta de amor próprio e respeito a si mesmo explicam.
Porque, salvo motivação por falta grave para sua exoneração, resta o imperativo da incompetência para a função.
Mas, Cunha teria demorado dois anos e 11 meses para descobrir que Pagliuco só servia quando muito para cuidar de bolas, peladas, jogos-da-amarelinha, pula-caixão, corridas-do-saco, jogos de bétia e eventuais cromogramas de atividades para a juventude?
Mas aí não teria sido um erro colossal de avaliação, sustentado por muito tempo? E numa pasta estratégica e “rica” como é a Saúde? Grave. Muito grave.
Ou tudo teria sido apenas uma estratégia política sustentada com a agonia dos usuários dos serviços, em busca de fins que jamais justificarão os meios?
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