Olímpia tem uma tradição que se repete ao longo das eleições municipais, que é a da ausência de mais de 22% na média do eleitorado apto, das urnas.
Isso aconteceu em 2012 e em 2016 também, para ficarmos com dois exemplos mais recentes. São quase 10 mil cidadãos, nas duas ocasiões, que não foram tocados pelas argumentações dos candidatos.
No primeiro caso, estes eram três. No segundo caso, quatro eram os pretendentes à cadeira de prefeito, como agora. O que ocorreu foi que, dos eleitores presentes, houve a preferência enormemente maior para os candidatos vencedores.
O que leva o eleitor olimpiense a não comparecer em tão grande número às urnas nesta Estância Turística, carece de estudos.
Isto sem contar aqueles que vão e votam em branco ou anulam o voto. Estes foram, em 2016, 10.6% do total de eleitores aptos ao voto naquela ocasião.
Numericamente, 3.309 eleitores acordaram naquele dia dispostos a comparecerem às urnas, mas votarem em branco ou anularem o voto.
É muita gente. Mas, muito mais gente ainda, três vezes isso, praticamente, aqueles que não foram às urnas em 2016, ou sejam, 9.107 cidadãos, ou porcentualmente, 22,58%. É a chamada abstenção.
Nisso tudo, temos a quantidade de votos que, podemos dizer, são jogados fora. Somada a abstenção, os votos brancos e nulos do pleito de quatro anos atrás, nada menos que 12.416 eleitores não se convenceram com os discursos dos então pretendentes a prefeito da cidade.
Em 2014 éramos 40.255 inscritos na Justiça Eleitoral como votantes. Destes, 31.234 foram votar. Descontados os nulos e brancos, os votos que valeram para eleger o prefeito saíram de um total de 27.925, os chamados votos válidos.
Para as eleições de 15 de novembro próximo, a Estância conta com mais 2.667 novos eleitores, ou um total de 42.922. Se o fenômeno das abstenções se repetir, teremos então cerca de 9,7 mil votantes que não sairão de casa.
E se também o fenômeno dos brancos e nulos se repetir, ficaremos na casa dos absurdos 3,5 mil votos ou mais, que vão para as calendas. Ou um total, somados abstenção, brancos e nulos, entre 13 mil e 14 mil votos.
Mas, ainda assim, isso não representará um refresco para os candidatos a uma cadeira na Câmara, porque se confirmando estes resultados numéricos, ou valores bem próximos disso, acima ou abaixo, o quociente eleitoral ficará na casa dos 2,9 mil votos.
Isto quer dizer que, para cada cadeira no Legislativo, é preciso que o partido obtenha esta quantia de votos.
Lembrando que nesta eleição não há mais a chamada “puxada” da coligação, o que fazia um candidato com menos votos se eleger, e um com o dobro de votos ficar de fora, por exemplo, porque cada partido corre sozinho nas proporcionais.
É cada um por si e, quiçá, Deus por todos.