Não restam dúvidas de que nas eleições do ano que vem, caso não ocorram mudanças no formato -e dificilmente não ocorrerá, o dinheiro, e só o dinheiro vai falar mais alto. Já comentamos aqui à exaustão sobre como será este formato, bastante difícil, já que não haverá coligações para as candidaturas proporcionais, ou seja, de vereadores.
Ocorre, porém, que cada partido em disputa terá um caixa de campanha um pouco mais reforçado desta vez, graças ao fundo partidário, que derramará uma boa grana para que estas siglas possam encarar a eleição.
Não se sabe ainda quanto caberá aos correspondentes partidários locais, mas com certeza será bem mais vistosa a quantia que nas eleições passadas.
E talvez aí resida o interesse maior de candidaturas e candidatos, todos de olho na bufunfa que poderá ser destinada para divisão entre eles ou pelo menos para ser destinada à campanha como um todo. De qualquer forma, o dinheiro, e só o dinheiro vai ditar as regras e definir os destinos das eleições proporcionais.
Para se ter uma ideia, veja abaixo os recursos destinados para cada sigla partidária, em nível nacional, no ano passado, valores passíveis de mudanças, com certeza para cima, para o pleito de 2020.
De acordo com a Justiça Eleitoral, o valor do fundo público eleitoral, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, montante formado com dinheiro público para ser gasto pelos partidos, 35 no total, na campanha do ano passado, foi o seguinte: R$ 1.716.209.431.
Veja quanto o partido recebeu: MDB – R$ 234.232.915,58; PT – R$ 212.244.045,51; PSDB – R$ 185.868.511,77; PP – R$ 131.026.927,86; PSB – R$ 118.783.048,51; PR – R$ 113.165.144,99; PSD – R$ 112.013.278,78; DEM – R$ 89.108.890,77; PRB – R$ 66.983.248,93; PTB – R$ 62.260.585,97; PDT – R$ 61.475.696,42; SD – R$ 40.127.
Lembrando que são valores definidos conforme o número da representação partidária no Congresso e, portanto, foram definidos conforme as bancadas findas em 2018. Agora, a conta será feita com base nas bancadas formadas a partir de 2019. Assim, o Partido dos Trabalhadores-PT e o partido de Bolsonaro, o PSL, terão, nesta ordem, os maiores quinhões financeiros.
Lembrando que o PT, que em 2014 elegeu 69 deputados, continua com uma grande bancada, com 54 deputados. O maior crescimento foi do PSL, que saiu de 1 deputado eleito em 2014 para 52. São as duas maiores bancadas.
Isso, claro, terá reflexo na cidade, embora os “caciques” partidários devam dar preferência a cidades maiores. Por exemplo, os recursos destinados a Ribeirão Preto ou São José do Rio Preto, claro, deverão ficar bem acima daqueles destinados a Olímpia. Isso em todos os partidos.
Mas, de qualquer forma, haverá bem mais dinheiro circulando na cidade nas eleições do ano que vem do que já circulou na história das eleições locais.
E é bom lembrar que os candidatos a prefeito vão gastar outro tanto, claro, aqueles que tiverem bufunfa. E um deles sabemos de antemão que tem, porque não esconde de ninguém que seu maior trunfo para 2020 é o dinheiro. Porque eleitoralmente, vai de mal a pior….
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