Não é segredo para ninguém, ou pelo menos para os mais antenados, que o prefeito Fernando Cunha (Sem partido), está com baixa aceitação popular. Também não é segredo para ninguém, até para os menos antenados, que o alcaide quer ser reeleito. Mas, reeleição e baixa aceitação popular não combinam. Diante disso, o que o governante faz?
Segundo o vereador Luiz Antônio Moreira Salata (PP), desencadeia sua campanha eleitoral mesmo faltando 16 meses para as próximas eleições. Ele próprio correndo contra o tempo com ações de puro marketing, sem nada haver com o ato de administrar, e alguns seus assessores e apaniaguados políticos, praticando “bondades” aqui e ali.
De acordo com o vereador Salata, um dos pontos da ação eleitoreira antecipada de Cunha estaria na contratação de mão-de-obra terceirizada, por meio da qual o governo estaria contemplando cidadãos de modo geral. Há informações de que o saguão do Gabinete mai se parece com um RH de tanto “currículo” que estaria recebendo.
“O Tribunal de Contas não sabe, o Ministério Público não sabe, mas este governo está extrapolando todos os princípios estabelecidos na Carta Magna (no que diz respeito à lisura frente a cargo público)”, disse o vereador.
Salata informou que seu foco está em duas secretarias, “que estão fazendo campanha política antecipada”: a primeira é a Saúde, “que tem um secretário oculto (no caso ele se refere ao ex-vereador Hilário Ruiz), que entrega medicamentos e exames a seus eleitores”.
A segunda “é a de Assistência Social, um verdadeiro absurdo”, diz o vereador. Segundo ele, o setor “tem funcionários para todo lado, você chega lá e ‘tromba’ com as pessoas”. Além disso, a secretária Cristina Reale, no seu entender, “tem um comportamento que afronta os princípios da administração pública, além do que persegue quem não concorda com ela, é nepotista e merece intervenção desta Casa (de Leis)”.
Outra acusação grave de Salata foi a de que Reale estaria “há dois anos e meio fazendo campanha” e teria aberto sua “caixinha de maldades contra aqueles que considera seus desafetos”.
Salata entende que “é muito grave, gravíssimo, e nós, como agentes políticos que temos representação popular outorgada pela população, temos que combater estes excessos, porque não é possível que aqui, sendo a caixa de ressonância da comunidade, venhamos admitir estes fatos imorais e ilícitos”, conclamou.
Sobre sua acusação contra Hilário Ruiz, o vereador Fernando Roberto da Silva, o Fernandinho (PSD), parceiro político de Ruiz contestou, dizendo que, se Salata tem denúncias a fazer, que as leve ao Ministério Público. Salata, por sua vez, respondeu dizendo que, para ele, não haveria problema em fazer tais denúncias no MP, mas observou que não gosta de entulhar outros poderes. “Prefiro resolver por aqui (na Câmara)”.
“Que há excesso, evidentemente que há, e o nobre vereador sabe, porque está sempre lá na (Secretaria da) Saúde. Há excesso de apaniguados na UBS, e na própria Secretaria”, disse, ressaltando, no entanto, que “o mais grave é na Assistência, onde há uma verdadeira campanha eleitoreira, partidária e antecipada. Estou denunciando aqui, e vou tomar todas as providências”, finalizou.
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