Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: março 2019 (Página 2 de 2)

CUNHA ESTÁ SÓ E MAL ACOMPANHADO

“O Transparente analisou à letra da Lei e compilou os valores com as taxas atuais e se não houver mudança no cenário econômico, o município pagará pelos R$ 7 milhões nada menos que R$ 14,8 milhões, ou seja, ao final do contrato de 144 meses (24 de carência + 120 de pagamentos), o contribuinte arcará com 212% do valor inicialmente contratado, pois são 5.7% ao ano + CDI, que atualmente é de 6,4% ao ano, totalizando 12,1% de juros anuais. Em resumo, o município está contratando um empréstimo sem saber ao certo quanto pagará ao final”.

O texto acima é fração de publicação no site que ao longo dos dias vai nos revelando as profundezas deste governo que tem, a cada dia, desorientado mais e mais o cidadão, com suas idas e vindas administrativas. Lendo-o, dá a boa medida da “camisa-de-força” em que o atual prefeito quer meter seu sucessor. Além do que, revela um governo gastão, sem medidas. Veja abaixo:

o Resultado Primário, ou seja, a diferença entre as despesas e receitas, saltaram de quase R$ 13 milhões positivos (2017 — gastos menores que arrecadação) para quase R$ 8 milhões negativos (2018 — gastos maiores que a arrecadação). O Transparente.

A verdade é uma só: Cunha quer dinheiro para impor sua “marca” de governo, com vistas à reeleição. Até agora, o cidadão atento vai perceber, tudo o que fez ou está fazendo, tem a chancela, a marca do seu antecessor, hoje deputado federal Geninho Zuliani (DEM).

De seu, Cunha não tem nada feito. De sua lavra temos um projeto modificado na ETA-seca, que de sistema de captação de água superficiais do Cachoeirinha passou a ser poço profundo do Aquífero Guarani, e o outro poço profundo perfurado na Daemo Ambiental que a princípio estima jorrar metade dos metros cúbicos previstos (mas com o mesmo montante de R$ 3 milhões gastos), mas que até agora, segundo fontes, só jorrou areia.

Os demais projetos cunhistas, mirabolantes no seu todo, e até desnecessários em alguns casos, dependem unicamente de verbas sejam do Estado, sejam da União. Da União o prefeito disse ter poucas esperanças de que venha alguma coisa.

E do Estado, ele teme manobras não só do deputado, como também do próprio João Dória, contra quem despejou impropérios durante a campanha eleitoral, fiando-se na vitória de Márcio França.

Ou seja, para fazer obras para chamar de suas, Cunha depende daqueles a quem achincalhou no final do ano passado, acreditando que estava no barco da vitória, mas foi derrotado fragorosamente. Porém, resiste a dar a mão à palmatória.

Cunha está só. E mal acompanhado. Não tem absolutamente nada para “vender” em sua tentativa de reeleição, a não ser promessas vãs e a crença de que está em perfeita sintonia com os anseios populares. Ou, sabedor de que não, corre, como se diz, “atrás do prejuízo”.

Portanto, não se iludam, nobres cidadãos, estes R$ 7 milhões que Cunha quer tanto, nada mais é que sua verba de campanha, para que possa materializar alguns projetos e impor uma “marca”, porque até agora, dois anos e três meses à frente do governo municipal, tem sido um mero estafeta de seu antecessor, mas daqueles negligenciadores e criadores de casos.

Cunha, só e mal acompanhado, ainda cometeu a estupidez de atacar o funcionalismo público municipal, menosprezando-o, acusando-o de atrapalhar a administração ao invés de ajudar, mandando que peça demissão se não está satisfeito com a remuneração, e jurando com socos na mesa que não lhe dará aumento acima de 3,67%, porque “é jogar dinheiro fora”.

Ou seja, o alcaide está sozinho num castelo mal-assombrado. Ele próprio, um quase-zumbi político.

O PREFEITO ATRABILIÁRIO E SEUS DOIS FANTOCHES

Ouvir o prefeito Fernando Cunha (PR) é tarefa extenuante. O nobre alcaide se manifesta de forma irascível, tóxica, não assume as imperfeições, tudo é culpa do outro, é por vezes um transferidor de responsabilidades.

Esta ideia sobre o poderoso de turno nos ocorreu ao ouvi-lo na manhã/tarde desta sexta-feira, 8, sendo “entrevistado” naquela emissora dos dois fantoches baba-ovos, pai e filha, que armam palanque político para que Cunha possa atacar irracionalmente seus proclamados desafetos.

Um programa que se propõe jornalístico, que se propõe sério, com um entrevistador e uma “leitora de recadinhos” que dá seus pitacos geralmente fora de contexto, mas que também se propõem sérios, começar uma entrevista com o chamado “âncora” enfatizando: “Começo dizendo que dois vereadores que a gente sabe que podem ser candidatos nas próximas eleições (…)”, não pode ser, mesmo, sério, correto?

Porque deixa claro que pode estar a serviço do entrevistado.

E quando este entrevistado se comporta como se estivesse na sua própria casa, dando bronca em um familiar ou numa mesa de boteco atulhada de garrafas vazias, esquecendo-se de coisas como compostura, educação e respeito ao outro e o entrevistador não intervém, chancela de pronto o palanque, pois não?

Cunha, falando do pedido de autorização na Câmara para fazer empréstimo de R$ 7 milhões junto à CAIXA, parece na verdade não saber exatamente para que quer o dinheiro. Uma hora diz uma coisa, outra hora diz outra.

Afirma que é uma decisão tomada em função de que o município não receberá dinheiro do estado para as obras sugeridas, para em seguida dizer que é uma precaução não ter “amarrado” a verba porque “vai que vem dinheiro do estado”.

Depois diz que “começou a eleição em Olímpia”. Mas se esquece de que quem deflagrou a campanha foi ele, ainda no final do ano passado, quando se declarou candidato à reeleição.

E que tem quatro vereadores na Câmara que querem prejudica-lo. E que dois destes vereadores até hoje não conseguiram verba nenhuma para Olímpia. Como se ele próprio tivesse conseguido.

Cunha chegou ao cúmulo de fazer contas de quanto custa um vereador mensalmente para os cofres públicos, passando números que beira a falsos para o cidadão, dizendo que cada um deles “gasta R$ 10 mil por mês”. E ainda insinuando malversação de parte deste montante.

O prefeito mostrou-se ainda, incomodado com este modesto escriba, que teve seu nome citado indevidamente, de forma caluniosa, em meio às suas diatribes.

Disse também, caluniosamente, que o vereador Flávio Olmos (DEM), havia colocado uma funcionária de sua fábrica de sorvetes para disparar notas infundadas nas redes sociais sobre casos de meningite em Olímpia. A menos que tenha um “olheiro” por aí, como ele saberia disso?

Entrou no mérito pessoal/familiar até com relação a Olmos, quando criticou o fato de o vereador residir em um conjunto popular, dizendo que ele havia “tirado casa de quem precisa”.

E não satisfeito, disse ainda que a filha menor deste vereador, é atendida por uma instituição mantida pela prefeitura (creche-escola), e que esta criança, que devia ser poupada dos ódios cunhistas, “custa R$ 800 por mês para a prefeitura”. Depois, soube-se que, na verdade, quem estuda nesta escola é uma sobrinha do vereador.

No mais, o mandante de turno procura jogar toda responsabilidade que é sua, qual seja, a de angariar verbas, recursos públicos para a Estância, nas costas dos vereadores. Claro, aqueles seus desafetos. Pergunta porque eles não trazem dinheiro para a prefeitura, que assim ele não precisaria fazer o empréstimo.

Se não sabe, Cunha devia saber que a função primordial de um vereador é fiscalizar e cobrar ações do governo. No caso, dele. Verificar se os recursos do município estão sendo devidamente aplicados pela prefeitura para a promoção do bem-estar da população.

Que no caso, seria o empréstimo. Portanto, certos estão os senhores edis. E ainda elaborar projetos de leis municipais, que não incorram em vício de iniciativa.

Depois de tudo isso, se o vereador quiser, ele corre atrás de verbas, ação que é da inteira responsabilidade do executivo.

Hilário (porém dito com veneno escorrendo pelos cantos da boca) foi quando ele disse que os quatro vereadores proclamados seus desafetos “cooptaram o Niquinha para ser o presidente (da Câmara) deles”. Errado. Porque, primeiro, não foram quatro, porque Flavinho Olmos não votou em Delomodarme para presidente.

E, segundo, Niquinha foi eleito com a anuência de Cunha. Foi, na verdade, o candidato de Cunha a presidente. Que o digam Hélio Lisse e Fernandinho, ambos do PSD, e até o próprio Flavinho Olmos. O prefeito teria chegado a ameaçar de “deserção” política, dizem, quem se atrevesse, do seu grupo, a “peitar” seu “ungido”.

Também cobrou Cunha, a “fatura” em relação ao vereador Salata, porque todo mês é despendida certa quantia oriunda dos cofres da prefeitura à Abecao, entidade prestadora de serviços sociais da qual o vereador é voluntário, e que “custa o dobro do Instituto Salta Filomena”, que é onde estuda a sobrinha de Olmos.

E diz mais: que Gustavo Pimenta (PSDB) e Olmos “têm problemas de caráter”. E faz uma pretensa revelação: a de que Geninho, hoje deputado federal olimpiense, quando da eleição para prefeito “não confiou nele (Pimenta) como candidato”. Se isso for verdade, só Cunha está sabendo, porque o que se sabe de público é que o próprio Pimenta declinou da candidatura.

Foi mais de uma hora e meia de catarses, de um prefeito que se disse “chateado, magoado” com “tudo isso”, e com direito a pedido de votos no final. Disse que vai tentar a reeleição e que espera que a população reconheça seu trabalho. “Mas se não der….” não terminou a frase.

DINHEIRO DA CAIXA SERIA ‘START’ NA REELEIÇÃO?

Pelo menos foi o que surgiu, forte, na noite de ontem na Câmara de Vereadores. Afinal, por que a pressa para garantir recursos para obras nem tão urgentes assim, se não há uma finalidade mais específica?

E que compulsão seria esta do prefeito Fernando Cunha (PR) em botar dívida, ou melhor, fazer crescer a dívida do município em mais de 100%? E para piorar, por que encaminhar à Câmara um projeto de Lei autorizativo sem especificar onde enfiará R$ 7 milhões?

De acordo com o próprio, este dinheiro seria usado em uma rotatória entre o Quinta da Aroeira e o Quinta da Colina (R$ 1,5 milhão [parece que algo mudou, porque antes o orçamento era de R$ 11,5 milhões]), cruzando a Desembargador José Manoel Arruda; para uma pista de caminhada e uma ciclovia na Avenida do Cinquentenário do Folclore, na Zona Leste (R$ 400 mil) e obras de pavimentação nas ruas revestidas com paralelepípedos (R$ 2 milhões).

Ainda que mal vos pergunte, onde está a urgência para estas obras?Se a Câmara aprovar – o que deve acontecer, uma vez que a bancada atrelada ao governo de turno possui cinco votos, o montante a ser buscado na agência da CAIXA supera todos os demais empréstimos feitos até agora -e foram três, em valores absolutos.

Cunha já pegou dinheiro no Banco do Brasil, em 2017, para comprar ambulâncias -R$ 1,3 milhão; já pegou dinheiro na CAIXA, em 2018, para recape e equipamentos de monitoramento eletrônico -R$ 3,5 milhões e já pegou, ano passado, outra bolada, desta vez para compra de máquinas -R$ 1.3 milhão, no BB. Total, R$ 6,1 milhões.

Lembrando que todos estes empréstimos saíram sem qualquer empecilho aprovados da Câmara. Sequer embate ferrenho teve, como desta vez. E os vereadores, são os mesmos. E o presidente da Casa, que tem a prerrogativa de pautar ou não as proposituras, era o vereador que agora Cunha chama de “mentiroso”, Luis Gustavo Pimenta (PSDB).

Qual a diferença entre aqueles e este, de R$ 7 milhões? Neste, Cunha não “amarrou” o dinheiro a obras específicas, e não deu esclarecimentos a todos os vereadores, apenas àqueles cujos votos estão atrelados à sua vontade.

Chamou-os ao Gabinete e lá disse-lhes o que fazer. Ignorou os quatro vereadores da bancada independente, menosprezando, naturalmente, seus votos, uma vez que a bancada atrelada forma cinco no total.

Cunha estava nervoso no começo da tarde desta quinta-feira. Falou por telefone a uma emissora de rádio e destilou veneno, disse coisas que já se pensava estarem no rol do folclore político do alcaide, já que nos últimos dias ele vinha acenando a bandeira da “paz e amor” com seus proclamados desafetos.

“Eu comemorei sim, o corte de verba que seria usada para cobrir o recinto, porque é uma obra desnecessária, com um gasto monstruoso de dinheiro”

Voltou ao ataque contra o Governo do Estado e, por tabela, o deputado federal olimpiense Geninho Zuliani (DEM). “Eu esperei passar as eleições para avaliar se os governos Federal e Estadual iriam nos destinar verbas. Cheguei à conclusão de que o Governo Federal vai liberar, mas bem pouco.

E com o Governo Estadual, que até cortou verba, na verdade, não podemos contar que os repasses sejam líquidos e certos. Por isso recorremos à CAIXA”, disse à emissora. “Para o trevo de acesso entre Aroeira e Quinta da Colina, não virá mais dinheiro do Estado”, complementou.

A questão é que este projeto Cunha mandou desenvolver e anunciou ao público, em 2018, sem ter sequer ideia de onde iria tirar dinheiro. Contava com uma promessa feita pelo então governador Márcio França, mas sem qualquer lastro documental. E agora joga a responsabilidade para cima de João Dória.

Cunha classificou as obras já citadas acima como tão “prioritárias”, a ponto de trocar projeto anterior de construção de uma sede administrativa para a prefeitura em área em frente o Ginásio de Esportes, por elas.

“Foi por isso que deixamos em aberto o uso dos recursos no projeto”, observou. “Tenho receito de ‘trava-los’ e não poder usar para outra coisa” (caso a verba com a qual ele não conta mais, acabar vindo). O supra-sumo do contraditório.

Cunha se gaba de que hoje a prefeitura tem condições de caixa para obter até R$ 60 milhões em empréstimos da CAIXA. Diz que foi resultado de trabalho seu nos últimos dois anos. Mas, na verdade, recebeu este caixa já saneado do antecessor, sem dívidas e com precatórios todos pagos, restando pouco valor para o Recinto do Folclore, somente.

E mais: Cunha usa também como justificativa para buscar dinheiro emprestado o fato de que, se usar dinheiro do próprio caixa da prefeitura, “faltaria para os serviços de todos os dias, “como compra de remédios, para merenda escolar, operações tapa-buracos. Se não captar, não tem como fazer estas obras”, insiste.

Quando fala da Câmara e dos vereadores independentes, Cunha fica irritado. Principalmente com o ex-presidente da Casa, Gustavo Pimenta, que horas antes da sessão de ontem, já havia declarado voto contrário à propositura. O vereador havia dito que eles poderiam ir buscar e trazer verbas para estas obras, sem necessidade do empréstimo.

“É mentira”, gritou o prefeito, lembrando que Pimenta “festejou” o corte de verba para turismo feito por Dória, que no entanto liberou recentemente mais de R$ 4 milhões para obras na área do turismo.

“Eu comemorei sim, o corte da verba que seria usada para cobrir o recinto, porque é uma obra desnecessária, com um gasto monstruoso de dinheiro. E para quê? Para ser usada no máximo duas a três vezes no ano”, asseverou Pimenta. Mas, parece que Cunha vai mesmo usá-los todos para a cobertura da Arena do Recinto.

Durante a sessão de ontem surgiu inclusive a suspeita de que Cunha já havia agilizado os papeis junto ao banco, antes mesmo de encaminhar o projeto à Câmara. O vereador Fernando Roberto da Silva, o Fernandinho (PSD), deixou escapar a informação em um ato falho, mas o líder do prefeito, João Magalhães (MDB) veio correndo socorrê-lo.

“Não, não, foi só um encaminhamento, uma simulação do empréstimo”, disse, deixando a pulga com os independentes.

E essa suspeita é reforçada quando o próprio prefeito diz que a obtenção do dinheiro é demorada, pelo menos uns três meses, depois vêm as licitações, “é um processo longo”, arrematou. Num dado momento Cunha diz que, mesmo liberado o dinheiro, “podemos nem usar”.

QUAL FOI, AFINAL, O CUSTO DO CARNAOLIMPIA?: 300, 440 OU 740 MIL?

É para dar o que pensar este tal “carnaval da iniciativa privada” que foi feito em Olímpia durante os últimos cinco dias. O evento foi “vendido” como uma realização das cervejas Crystal, “com total apoio da prefeitura municipal”.

O secretário de Turismo, Cultura, Esportes e La­zer, Selim Jamil Murad, estimou horas antes do início dos festejos que a Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olímpia teria um gasto de aproximadamente R$ 300 mil com sua organização. O semanário Planeta News havia apurado um valor de R$ 309 mil.

De acordo com Murad, esse valor, significaria um gasto bem menor do que o valor que foi destinado para o mesmo evento em 2018. “Isso por conta das Parcerias Público-Privadas (PPP), que foram firmadas neste ano”, afirmou.

Se é assim, então porque sobrou nada menos que R$ 436.999,72, ao que se saiba, para o município pagar? E tanto melhor se neles estiverem incluídos os “aproximadamente” R$ 300 mil. Porque se não, a conta vai remontar a mais de R$ 740 mil, com o privado faturando o que lhe coube nestes cinco dias.

A menos que os Extratos de Atas de Registro de Preços logo abaixo queiram dizer outra coisa, aguarda-se que os organizadores da festança de Momo venham a público esclarecer. Se não, vejamos:

Contratado: José Roberto Ruiz Junior – ME. Objeto: Registro de preços para contratação de empresa para locação de aparelho de som para atender às necessidades do município de Olímpia. Data de Assinatura: 19/02/2019. Valor: R$ 136.999,72. Vigência: 06 meses. Origem: Pregão Presencial nº 02/2019. Ata de Registro de Preços nº 48/2019. (pelos seis meses, R$ 22.833,29/mês, se for o caso).

Contratada: Mega Produções Artísticas Ltda. Objeto: Contratação de um show artístico com a dupla “Diego e Arnaldo”, para o Carnaval 2019. Data da assinatura: 11/02/2019. Valor: R$ 70.000,00. Vigência: 30 dias. Origem: Inexigibilidade nº 02/2019 – Contrato nº 07/2019.

Contratada: Booking Mix Produções e Eventos Ltda. Objeto: Contratação de um show artístico com a banda “Exaltasamba”, para o Carnaval 2019. Data da assinatura: 11/02/2019. Valor: R$ 45.000,00. Vigência: 30 dias. Origem: Inexigibilidade nº 03/2019 – Contrato nº 08/2019.

Contratada: Comercial FP Artefatos de Madeira e Produção Musical Ltda. -ME. Objeto: Contratação de um show artístico com a banda “A Zorra”, para o Carnaval 2019. Data da assinatura: 11/02/2019. Valor: R$ 65.000,00. Vigência: 30 dias. Origem: Inexigibilidade nº 04/2019 – Contrato nº 09/2019.

Contratada: Atitude 67 Produções Artísticas Ltda. Objeto: Contratação de um show artístico com a banda “Atitude 67”, para o Carnaval 2019. Data da assinatura: 25/02/2019. Valor: R$ 120.000,00. Vigência: 30 dias. Origem: Inexigibilidade nº 05/2018 – Contrato nº 12/2019.

A menos que exista algum mecanismo de ressarcimento ao Erário pela iniciativa privada, e este blog desconhece, foi o município, retirando dos cofres públicos, ou mais exatamente ainda, dos nossos impostos, que pagou a festança?

Se foi, urge um esclarecimento por parte do Poder Público, para não parecer que estamos aqui desvendando uma mentira oficial.

Afinal, quanto custou o CarnaOlímpia?: R$ 0 reais, R$ 300 mil, quase R$ 440 mil, ou quase R$ 740 mil? Com a palavra o secretário Selim Murad, ou o próprio prefeito Fernando Cunha (PR).

CUNHA AGORA QUER MAIS R$ 7 MILHÕES DA CAIXA

O prefeito Fernando Cunha (PR) encaminhou à Câmara de Vereadores, projeto de Lei solicitando autorização para contrair mais um empréstimo bancário, pelo que consta o terceiro em sua gestão. Cunha agora quer mais R$ 7 milhões da Caixa Econômica Federal, de cuja agência já sacou, em 2018, R$ 3,5 milhões em empréstimo consignado ao ICMS, FPM e outros repasses.

No projeto de Lei 5.459, Avulso 21, não constam as justificativas para sacar esta nova “bolada”, que somada ao total já emprestado da CAIXA e do BB ano passado, alcança o montante de R$ 11,612 milhões. Do Banco do Brasil, o alcaide sacou em 2018, R$ 1,112 milhão.

Para esse dinheiro do ano passado, a justificativa foi compra de ambulâncias, de equipamentos de monitoramento, construção de ponte na Aurora Forti Neves e recapeamento asfáltico de vias públicas. Como desta vez passada, agora também não se sabe qual a modalidade de empréstimo que irá realizar, qual a forma de pagamento, ou a quantidade de parcelas, bem como, tempo de duração do empréstimo.

Estes empréstimos foram autorizados pelas leis 4.311 e 4.312, ambas de 8 de novembro de 2017, conforme aprovação por unanimidade da Câmara. Agora com a configuração de bancadas um pouco diferente da vez passada, é esperar para ver como se comportarão os vereadores.

A título de informação, o prefeito vê necessidade de empréstimo mesmo tendo o município recebido, em 2018, a título de repasses do Estado, R$ 43.356.754,45 em ICMS, IPVA, Fundo de Exportação-IPI e o chamado Complemento, sendo só de ICMS, R$ 33.568.878,17. Em 2019, até esta semana, já recebeu R$ 10.548.205,73. Sendo R$ 6.590.584,72 em ICMS.

E para se ter uma ideia do tamanho do caixa da Estância, em 2017 os repasses somaram R$ 38.088.459,35, sendo R$ 29.032.799,18 em ICMS. Ou seja, um crescimento da ordem de 13,8% em repasses de um ano para outro. E ainda assim, existe a necessidade do empréstimo?

A Câmara deverá querer saber a razão. Pelo menos é o mínimo que vão ter que fazer. Porque o próximo prefeito já assumirá devendo, ao contrário de Cunha, que assumiu uma prefeitura com o caixa “redondinho”. Esperar para ver.

CUNHA AGORA QUER AEROPORTO QUE ESTÂNCIA ‘NÃO PRECISAVA’ HÁ 2 ANOS

O prefeito Fernando Cunha (PR) anunciou em discurso durante a inauguração da reurbanização da Avenida Aurora Forti Neves, na manhã de sábado passado, 2 de março, aniversário de 116 anos de fundação de Olímpia, que está ultimando os preparativos e projetos para implantar em Olímpia….um aeroporto regional.

Nos moldes daquele que o seu antecessor pretendia implantar na cidade mas cujo projeto ele, uma vez assumida a cadeira principal da Praça Rui Barbosa 54, jogou no lixo, dizendo, entre outras coisas, ser muito cara a desapropriação necessária.

E que haviam outras prioridades a serem atendidas com o dinheiro a ser despendido de imediato -cerca de R$ 700 mil. Porém, para quem acompanha de perto as ações deste governo, vê-se que nada foi feito com o dinheiro “economizado” do aeroporto, porque todas as obras realizadas e por realizar, são “heranças” do governo anterior, com recursos alocados.

Agora, depois de atrasar por dois anos um projeto que já poderia estar em pleno desenvolvimento, vem o senhor prefeito anunciar seu início. Disse que um aeroporto agora é viável, porque a Estância, que hoje possui 20 mil leitos de hotéis e pousadas, em dois anos passará a ter 30 mil, uma vez que três novos resorts estão a caminho.

E mais: diz o prefeito que, segundo estudos na área turística, a relação leitos-visitantes para uma cidade turística, é de 200 visitantes por leito. E que, Olímpia disponibilizando 30 mil leitos, deverá receber 6 milhões de turistas, e com 40 mil leitos, até oito milhões.

Por isso ele vê necessidade do aeroporto que Geninho viu há mais anos atrás, para o qual fez projeto, encaminhou áreas, e tudo foi jogado na lata do lixo como se nada tivesse custado.

O prefeito Cunha diz que o Termas dos Laranjais pagou parte dos estudos, porque o clube tem interesse neste equipamento para Olímpia, como Geninho sabia e já tratava da questão.

“Vamos protocolar na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), para iniciar”, adiantou Cunha. “Vamos levar ao Rodrigo Garcia (vice-governador que é o responsável pelas licenças, concessões e privatizações deste tipo de equipamento) o aeroporto de Olímpia como opção para aeroporto regional de São José do Rio Preto”, complementou.

Seguindo ainda o reciocínio exposto, Cunha estima que, dos seis milhões de visitantes, “se 10% vierem de avião, ele dobra o que Rio Preto recebe (de viajantes aéreos)”. Além disso, diz, a pista do aeroporto de Rio Preto tem 1.640 metros de extensão, e “não permite que avião de 180 passageiros decole com o tanque cheio de combustível”. E com essa limitação, as aeronaves só teriam autonomia, partindo daquela cidade, até São Paulo, Cuiabá ou Brasília.

Porém, Olímpia e região vão precisar de voos mais longos, “buscando turistas em Buenos Aires, Santiago do Chile, etc., por isso precisaremos de avião com capacidade de alcance maior. Por isso a necessidade de um aeroporto regional”, enfatizou.

Além disso, mesmo que queira um novo, Rio Preto não tem área para outro aeroporto, segundo o prefeito. E este então terá que ser construído no município vizinho. “Por isso vamos apresentar Olímpia como uma alternativa, já que será o segundo maior gerador de viagens depois de Rio Preto”.

Mais até que Barretos, porque “quando tiver gerando 700 mil viagens/dia (sic), Barretos alcançará 70 mil, o que não é viável para um aeroporto”.

Para o prefeito Cunha, “Olímpia tem essa condição, não é ilusão, é número real de especialista, e vamos pleitear junto ao Governo Federal, junto ao Governo do Estado, até porque isso sempre foi um sonho do Benito (Benatti, idealizador e presidente do clube Termas dos Laranjais).

MUDOU DE IDEIA
Apenas para relembrar que não era esse o pensamento do prefeito há dois anos atrás, quando não enxergou urgência nenhuma em implantar este tipo de equipamento na cidade, desprezando projeto já em andamento, alegando “alto custo” de desapropriações.

Houve quem aplaudisse, entendendo que o prefeito estava certo, que aeroporto para a Estância era jogar dinheiro fora e que haviam outras prioridades.

O problema é que a cidade ficou sem o aeroporto e as “outras prioridades” sem serem atendidas. Agora, voltando ao propósito dois anos depois, continuamos necessitando de solução para as mesmas prioridades e agira tendo que correr atrás do que foi jogado fora por mero capricho, talvez.

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