…Então, que venha 2018. Faltando apenas dois dias e um tantinho para acabar 2017, é o que nos resta: esperanças. De esperançar, não de esperar.
E que elas nunca se esvaiam, afinal, vida sem esperanças é nada. Aliás, não é vida. Como disse aquele filósofo de barbas, estas esperanças da qual 2018 será construído deverão ser do verbo Esperançar, não do verbo Esperar. Porque, no primeiro caso, cada um de nós vai buscar o que anseia. No segundo caso, cada um de nós fica a esperar o que anseia.
É uma enorme diferença de atitude. A mesma diferença que se espera faça o Governo de turno no ano que vem. A atual administração deverá, como se dizia às antigas, “apressar o passo” para novamente alcançar aquela cidade pujante, pulsante e em franco desenvolvimento que herdou.
Há planos, há projetos -alguns coerentes, outros razoáveis, outros discutíveis, mas será a ação, sobretudo, que irá falar mais alto. O prefeito falou nesta semana a todos os meios de comunicação da cidade, e falou o que quis.
Falou muito do que pretende fazer. Falou pouco do que fez. Reclamou daquilo que recebeu e das dificuldades encontradas de praxe sempre que alguém toma nas mãos a responsabilidade de algo grande.
Embora não seja lá muito saudável que um alcaide passe o tempo a se queixar, mas vamos lá. O ano acabou, o que tinha que se ajeitar, supõe-se, já se ajeitou, o que tinha que mudar, supõe-se, já se mudou (embora a rádio peão garantindo que não), agora então é botar fé em Deus e meter o pé na tábua.
Para que ao final de seu mandato, a população, e não o prefeito propriamente dito, possa dar nota oito, nota nove, nota mil à gestão. Porque, embora o chefe de turno tenha auto-classificado a própria gestão como “nota 8”, pelo pulsar das ruas a impressão que dá é que falta muito ainda para se chegar a esse patamar.
Cunha podia ter se poupado, uma vez que, caso busque, ao final do seu mandato, uma nota pela gestão junto ao cidadão, e se esta for menor que a que se atribuiu, deverá encarar que seu trabalho piorou? Ou se ficar igual, que não saiu do lugar?
Reza a lenda que, em política, deve-se sempre evitar a autoavaliação de desempenho e, quando o fizer, num extremo, que o político jogue com a simplicidade e a humildade, pois ambas geram o bom senso e alcançam o coração e a mente do cidadão comum.
E, mais ainda, deve fugir, sempre que possível, da tentação egocentrista.
Vamos ver como será a “cara” de 2018!