‘Há 50% de chances de voltar por causa dos eleitores;
mas de 100% de não voltar, se depender só de mim’

O vereador suplente do PR, Paulo Poleselli de Souza, que foi “derrubado” do cargo pelo titular Guto Zanette (PSB) na semana passada por causa das votações para a Mesa da Câmara, disse que está “refletindo” se volta ou não a ocupar a cadeira na Casa de Leis. Numa escala de zero a 100, disse haver 50% de chances de reassumir, considerando seus eleitores e os apelos dos correligionários. Mas 100% de chances de não voltar, se depender só dele.

“Estou refletindo”, respondeu, quando perguntado se iria ou não voltar à Câmara. Com a saída de Zanette da Câmara já na quarta-feira passada, ele assumiu automaticamente a vaga, por ser o primeiro suplente da coligação DEM/PTB/PSB/PP/PR/PPS. “Mas isso não quer dizer que vou continuar”, disse. “Estou ouvindo todos, até os eleitores, meus auxiliares na campanha, que dizem para eu não desistir dos meus projetos”, informou.

“Terei uma resposta em janeiro”, acrescentou. A saída de Zanette o recoloca na Casa de Leis automaticamente, sem necessidade de solenidade de posse. “Serão meras formalidades administrativas, como um Ato da Mesa e publicação na Imprensa Oficial”, explica. “O retorno é automático, mas não significa que vá permanecer. A resposta darei após avaliação dos prós e contras”, complementou. Foi quando estabeleceu a escala de zero a 100.

“Pelos projetos pendentes, pelos eleitores que me confiaram seus votos, e pelo meu ideário político, há 50% de chances de voltar. Se fosse a minha vontade, seriam 100% de chances de não voltar”, afirmou. Diz ele, no entanto, que “não considerando a primeira hipótese, eu estaria virando as costas para quem acreditou em mim”. E, num forte indício de que pretende, sim, voltar, declarou, ao final: “Ainda tenho projetos políticos a desenvolver”.

PUTTINI DÁ ‘START’
EM CAMPANHA
Ao que tudo indica, o vereador e presidente da Câmara de Vereadores, Beto Puttini (PTB) já está em plena campanha visando a cadeira principal da Praça Rui Barbosa. Até 31 de dezembro ele ainda é presidente da Casa de Leis e vereador empossado. A partir de janeiro não será nem uma coisa, nem outra.

Irá para a Secretaria de Turismo, ou de Assistência Social. Com maior probabilidade de ser para a primeira, segundo informações. Enquanto isso, ele sai por aí prestando contas daquilo que fez, daquilo que ajudou a fazer e até daquilo que apenas participou da cerimônia depois de feito.

Publicou texto no site de notícias de Leonardo Concon, na semana passada, página inteira no semanário Folha da Região e nesta segunda-feira espalhou pela cidade um “Informativo 2013-1014”, todo colorido e ilustrado, com o mesmo teor das publicações via mídias impressa e eletrônica. Não resta dúvida de que trata-se de um “start” visando o “Palácio das Luzes”, para onde ele tanto quer ir a partir de 2017.

Mas, conforme se comenta nas rodas políticas e de interessados na questão, se Beto Puttini quer ganhar visibilidade futura, o caminho natural seria a Secretaria de Assistência Social, uma vez que, o que ele mais necessita, no momento, é de sentir o “cheiro” de povo, se aproximar mais dele (povo).

O Turismo pode ser um tiro no pé, uma vez que, ali, irá desenvolver projetos e ações em favor de uma melhor infra-estrutura turística, o que na leitura popular significará “fazer-coisas-para-os-turistas-e-não-para-quem-mora-na-cidade”. E o povo médio da cidade tem verdadeira ojeriza disso. Não leem as ações neste âmbito com as mesmas lentes da Administração municipal nem as do próprio Puttini.

Ao contrário da Assistência, dizem, onde haveria contato direto com o povo – caso ele queira -, e tudo o que fizesse seria em prol deste mesmo povo, diretamente, sem intermediários. Assim, alcançaria resultados mais imediatos, mais objetivos, catapultando sua candidatura. Afinal, não foi por isso que Gustavo Pimenta (PSDB), o vice, caiu? É o que dizem. A ver.

Até.