Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: agosto 2014 (Página 2 de 2)

DIRETOR DEFENDE UPA: ‘ESTRUTURA É ÓTIMA’, DIZ

O médico cardiologista José Carlos Ferraz, diretor-clínico da Unidade de Pronto Atendimento-UPA de Olímpia, defendeu com muita ênfase os serviços prestados pela Unidade e sua estrutura, classificando-os como “ótimos”. Porém, já faz um bom tempo que o aparelho de Raio-X está quebrado, o que tem gerado reclamações dos usuários.

Para o diretor, o trabalho executado pelos médicos plantonistas pode ser qualificado como “confiável”. No geral, diz ele, “o serviço prestado pela UPA é muito bom, e a estrutura é ótima”. A Unidade possui um pediatra e dois clínicos 24 horas, informa.

“O porte (da UPA) era para ter só um clínico, mas, às vezes, um paciente mais grave precisa ser transportado para cidades da região, ou para a Santa Casa, ou mesmo para fazer um exame, e o médico precisa acompanhar. Por isso temos dois, e mesmo assim, ainda acaba precisando de mais um. Aí venho colaborar”, relata.

Sobre as reclamações quanto à demora no atendimento, responde que “teoricamente, a estrutura da UPA é para atender urgências e emergências, casos mais graves. Mas, pessoas com doenças crônicas procuram a UPA, às vezes para pegar uma receita de um medicamento que está tomando. Aí aumenta a demanda”.

Outro detalhe diz respeito à prioridade. “Os casos mais graves são atendidos primeiro”, observa. “Às vezes a pessoa não se conforma em esperar uma hora ou mais, mas não vê que pode ter chegado alguém com necessidade de ser atendido primeiro.”

“Então, aquelas pessoas que chegam aqui sem urgência e que até nem deveriam estar sendo atendidas aqui, e sim nos postinhos que temos nos bairros, não se conformam e reclamam”, diz, fazendo um paralelo com o atendimento feito em seu próprio consultório particular. “Às vezes o cliente me procura no consultório e chega à uma da tarde e só é atendido às seis da tarde, e não reclama”, compara.

Sobre a desconfiança dos pacientes em relação aos serviços médicos prestados pela UPA, Ferraz diz que “comparando com outras cidades do porte de Olímpia, acho que temos um bom atendimento. Nossa dificuldade é quando o paciente precisa de terapia intensiva”, explica.

De acordo com o médico, a terapia intensiva está deficitária em toda região – Rio Preto, Catanduva e Barretos. “Recentemente tivemos que mandar um queimado para São Paulo (ele se refere a uma vítima de incêndio no Abrigo São José), quando deveria ser atendido aqui em Catanduva, mais próxima, mas também estava deficitária.”

Quanto à estrutura para atendimento na UPA, a unidade local possui atendimentos em semi-UTI (uma sala dotada de aparelhos de urgência), pediatria, com salas individuais infantis e também salas individuais para adultos em observação, exames em ultrassonografia – “Com o mais moderno aparelho de Olímpia” -, mas com um aparelho de Raio-X quebrado há muito tempo.

Segundo Ferraz, “ele necessita de concerto (com profissional) que não temos na cidade. Mas já providenciamos para que o aparelho seja reparado, e enquanto isso o paciente é conduzido com as ambulâncias para a Santa Casa e depois voltam. É uma deficiência temporária”, afirma.

Apesar das muitas queixas quanto aos resultados de exames neste aparelho, ele garante que ele “é confiável”, porque “é o mesmo que existe na Santa Casa e na clínica particular de radiologia”.

Mas, Ferraz admite que “o resultado pode não ser bem interpretado”, às vezes, pelo médico encarregado. “Mas o equipamento é muito bom, isso eu garanto. Não é porque é do SUS que é pior do que da clínica particular”, enfatiza.

Sobre os médicos, diz que “são confiáveis”. “Em todos os locais que tem regime de plantão de pronto atendimento, há um giro muito grande de profissionais. E quando ele se propõe a vir, temos que confiar que tenha capacidade para o atendimento. Não da para fazermos uma entrevista com todo plantonista assim que ele vem. Infelizmente alguns não correspondem às nossas expectativas. Mas no momento estamos com um time muito bom”, finalizou.

Até.

MAIS 273 IMÓVEIS DO ‘MINHA CASA, MINHA VIDA’: R$ 125 MILHÕES INVESTIDOS EM 4 ANOS

Prevista para serem entregues no mês de setembro, após um atraso no cronograma de quatro meses – a obra deveria estar concluída em maio passado-, Olímpia será contemplada com mais um conjunto habitacional, composto por 273 unidades, só que com características nada populares, uma vez que as prestações vão girar em torno de R$ 600 a R$ 700 mensais.

São casas destinadas a quem ganha entre três a seis salários mínimos, a exemplo do “Residencial Morada Verde”, entregue em 2011, com 786 unidades. Todas as casas, no entanto, já estão comercializadas.

Somando estes dois conjuntos, mais o “Residencial Harmonia”, com suas 713 moradias entregues aos mutuários no mês retrasado, Olímpia já conta com 1.772 casas construídas dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal. Trata-se de um investimento em habitação da ordem de R$ 125,1 milhões num espaço de quatro anos. Foram R$ 48,2 milhões para o “Morada Verde”, R$ 49,9 milhões para o “Harmonia” e agora outros R$ 27 milhões para o “Harmonia II”.

Este conjunto a ser entregue em setembro é composto de casas com 43,74m², todas com laje, muro de 1,2m de altura nas laterais e nos fundos, azulejo nas áreas molhadas e piso cerâmico. Os terrenos medem 200m², dando aos moradores a possibilidade de ampliação da área construída.

A obra é de responsabilidade da Construtora Pacaembu. O prazo de entrega era para maio de 2014, mas o cronograma está atrasado em dois meses, pelo menos. Os imóveis custam R$ 95,9 mil, com subsídio do Governo Federal (R$ 17 mil) financiados em até 360 meses pelo programa “Minha Casa, Minha Vida-2”. Eles são destinados às famílias com renda comprovada de 3 a 6 salários mínimos. Os valores das parcelas variarão de acordo com a renda do proprietário, devendo ficar entre R$ 500 e R$ 700.

A Pacaembu é a mesma empresa responsável pela construção do “Morada Verde”, entregue aos proprietários em novembro de 2011, também dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Depois da “odisseia” que foi a construção daquele conjunto, a empreiteira volta com o “Recanto Harmonia”, nos mesmos moldes do anterior, mas diz ser um projeto diferenciado.

Desta vez o diretor de projetos da Construtora Pacaembu, Valdir Mazini, disse que foram adotados novos métodos de trabalho, com novo engenheiro e nova equipe de execução. O “Village Morada Verde” foi alvo de muitas reclamações de mutuários e até objeto de reportagens na mídia regional devido aos problemas estruturais dos imóveis.

O “Recanto Harmonia” é um investimento de R$ 27 milhões. É para ser um bairro planejado com infraestrutura completa e áreas verdes, segundo prometem os responsáveis. A coordenadora comercial do Grupo Pacaembu, Siene Santos, diz que é um empreendimento diferente do que já foi feito na cidade.

Até.

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