O que era para estar em fase de conclusão neste julho de 2014, parece que não ficará pronto nem em julho de 2015, talvez em julho de 2016, se tudo correr bem. O prefeito assinou com a Scamatti & Seller contrato para a reestruturação da Estação de Tratamento de Água-ETA, nos fundos da Cecap, por volta do dia 20 de outubro de 2012.

A empresa tinha prazo de 18 meses a partir de então, para entregar a obra. Isso seria em 20 de abril deste ano de 2014. Porém, a Scamatti só deu início efetivo aos trabalhos em janeiro de 2013. Sendo assim, a obra ficaria pronta em julho deste ano. Ou seja, daqui quase dois meses e meio. Mas, que nada.

Completaram-se na segunda-feira passada, dia 12 de maio, exatos 11 meses que a empresa Scamatti & Seller Ltda., vencedora da licitação para a readequação da Estação de Tratamento de Água-ETA, no Jardim Cecap, abandonou as obras. O prefeito Geninho cancelou o contrato com a empresa com sede em Votuporanga, principal peça da “Operação Fratelli”.

Numa nova estimativa de prazo, o secretário municipal de Obras e Desenvolvimento de Olímpia, Renê Alexandre Galetti, acredita que a obra, sendo retomada num curto espaço de tempo – início de 2015, deverá estar pronta em um ano e meio, no mínimo, ou dois anos, no máximo, ou seja, em meados ou final de 2016.

“A obra está dependendo de autorização da Caixa, que é a gestora do convênio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal) para fazermos de novo a licitação. O custo da obra já foi refeito, apurou-se o que foi executado e o que não foi executado. Os técnicos (da Caixa) estão analisando para liberar nova licitação e nós podermos retomar a obra”, informou Galetti.

A empresa teria executado só 10% da construção. O prefeito Geninho (DEM), ainda em agosto do ano passado, acreditava que até o final de 2013 ela estaria pronta. Trata-se de uma obra de cerca de R$ 12 milhões, dinheiro oriundo do Governo Federal, por meio do PAC-II.  O contrato com a Scamatti & Seller era de R$ 6,1 milhões. A empresa era responsável pela construção de uma adutora de água, o reservatório do sistema do rio Cachoeirinha, e a Estação de Tratamento de Água-ETA.

“Todo material já foi comprado, está estocado na ETA”, prosseguiu. “Espera-se que nos próximos dias venha a licitação. De nossa parte está tudo ‘ok’, e agora depende da Caixa”, insistiu.

“Tão logo a Caixa dê o aceite à documentação, vamos abrir outra licitação e retomar a obra. Por ser obra com concorrência pública, demora só de publicações, 45 dias. E tem a fase das impugnações”, observa Galetti, acrescentando ser “possível que se reinicie este ano, mas a expectativa é mais para o final do ano, se acontecer de fato”, completa.

Galetti negou que a “ETA seca” seja um futuro “elefante branco”. Ao contrário, disse ser a obra que vai resolver o problema de água na região do jardins Cisoto, Cecap, Morada Verde e Harmonia. “É uma obra fundamental para Olímpia”, reforça. Ele explica que o convênio com o PAC não para “reforma da ETA” e muito menos para fazer simplesmente a obra ali que, aliás, “é contrapartida da Daemo Ambiental”.

É que 80% do convênio tem que ser usado para substituição das redes.  Diz o secretário que estão guardados na ETA 20 quilômetros de tubulação. “Esta obra será entrega para a população em plenas condições de uso”, enfatizou.

Quanto ao tempo de conclusão, depois da demora para o início e agora com esta paralisação, Galetti diz que “é uma obra rápida”, com condições de ser executada em curto espaço de tempo. Mas, para isso, diz depender da empresa que pegar o serviço.

Diz esperar “dar sorte” de pegar uma empresa boa. Indagado se ao invés de sorte o critério não era técnico, respondeu que “o critério é imposto pela Lei de Licitações, com diversos documentos que a empresa tem que apresentar, índices contábeis, etc. E nós não temos como observar isso de perto. Se pudéssemos escolher, escolheríamos as melhores, mas não podemos. Somos reféns da licitação. E quando se abre um envelope de propostas, talvez uma empresa que não seja tão boa quanto a outra, pode ganhar”, avalia.

Depois, resumiu: “A obra tem prazo de dois anos, mas dependendo da empresa pode ser feita em um ano. E são dois anos a partir da assinatura do contrato”.

Até.