“Prefeito garante que não será candidato a deputado em 2014”, é o título de texto inserido no final do ano passado, no site da rádio Espaço Livre AM (www.espacolivream.com.br), afirmação extraída de declaração dada pelo próprio Geninho (DEM) de forma a transparecer uma decisão irrevogável.
Diz o texto que o alcaide “garantiu que não será candidato a deputado nas eleições do ano que vem (este ano) e não sai da prefeitura até o final de seu mandato, que se encerra em 31 de dezembro de 2016”. E fez mais, o prefeito: ele “também mandou um recado para seus parceiros políticos dizendo que ainda não tem um sucessor para a prefeitura.
“Qualquer especulação de quem será o próximo prefeito é prematura. O momento é de trabalhar e não pensar em uma eleição que vai acontecer só em 2016”, declarou. Muito bem, e por que o burgomestre deu duas cacetadas de uma só vez?
No primeiro caso, já se antecipando a um momento em que muitos vão lhe cobrar a tal candidatura, muito mais forte ainda gente do seu grupo político. Essa decisão, se bem analisada nada tem a ver com a vontade repentina do prefeito em ficar na prefeitura até 2016. O sonho de consumo de Geninho é uma cadeira na Assembléia Legislativa.
Tal decisão, portanto, teria a ver com o momento complicado que vive o alcaide, agora que seu grupo de apoiadores em nível estadual se encalacrou com a Polícia Federal, quando um dos chefões do esquema Scamatti se viu atrás das grades.
Não que o prefeito eventualmente tenha algo a ver com as artimanhas desbaratadas na “Operação Fratelli”, mas tinha tudo a ver com o grupo por trás dela. Se não nos malfeitos, pelo menos nas articulações político-financeiras, da qual seria um dos beneficiários numa eventual candidatura a estadual.
Caiu o esquema, caíram os ânimos. E não só por questões financeiras mas, também, por base de sustentação política, que lhe faltaria agora, até por motivos óbvios.
Então, melhor que apenas permaneça prefeito e volte a ser “cabo eleitoral de luxo” de Garcia e de Itamar Borges, respectivamente candidatos à reeleição a Federal e Estadual. Só o futuro dirá se se trata de um sonho adiado ou de um ideal abandonado.
No segundo caso, ele anunciou que ainda não tem candidato a prefeito para acalmar as bases. Já havia no grupo um esboço de engalfinhamento devido à precocidade do anúncio da candidatura ao Palácio da Luz, na Praça Rui Barbosa, do vereador e presidente da Câmara de Vereadores, Beto Puttini (PTB).
E não só isso. Puttini se arvorava(?) candidato preferencial do alcaide. Que agora vem e diz que não, não tem candidato a prefeito. Mas, o que a base e outros pretendentes a ter a “unção” genista precisam ter em conta é que Puttini foi quem primeiro abraçou a candidatura Zuliani, lá nos idos de 2008, quando ninguém queria saber dele, Geninho.
E com políticos que têm cepa, palavra, idoneidade e responsabilidade, isso tem um peso enorme na hora do “vamovê”. Sendo assim, é lícito especular que o prefeito estaria apenas adiando o anúncio da candidatura a ser apoiada…
Aí perguntam: e Pimenta (PSDB), que foi seu vice quando ninguém queria sê-lo? Bom, este é outro assunto, já esboçado aqui antes, e ao qual voltaremos breve.
Até.
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