É claro que estamos mal entrando no oitavo mês da segunda gestão do prefeito Geninho (DEM). É claro que é cedo por demais para se falar em eleições municipais vindouras. Claro é também que é muito cedo para se imaginar que existam por aí articulações políticas e de grupos visando as tais eleições de daqui há três anos e quatro meses. Certo? Em termos.
Porque apesar da gestão segunda de Geninho estar ainda em estágio, digamos, “probatório”; apesar de ser bastante precoce falar-se em eleições municipais vindouras, e apesar de que seja também cedo demais para se falar em articulações políticas e de grupos visando as tais eleições de daqui há três anos e quatro meses, tudo isso está sendo ignorado nos meios político-partidários locais e a “máquina” de criar candidatos e situações já está em pleno funcionamento.
Há pelo menos cinco nomes circulando de roda em roda. Uns encarados com mais seriedade pelos que especulam, outros com menos seriedade, apenas citados de passagem. Mas, nas rodas sempre são estes nomes que estão em voga: Beto Puttini (PTB), Guto Zanette (PSB), Gustavo Pimenta (PSDB), Dirceu Bertoco (PR) e Hilário Ruiz (PT).
Fora do espectro político, ou seja, fora do âmbito de quem está no exercício de cargo eletivo ou administrativo, há apenas um nome que, vez ou outra – ainda que apenas para constar, de passagem, ou por mais estranheza que provoque -, surge: o do advogado e administrador do Thermas Resort Olímpia, Caia Piton (tenho certeza que o nobre leitor arregalou os olhos, tomou um tranco agora, mas, na esfera das especulações, cabem muitos, se não todos!).
Pela ordem, Puttini, por enquanto, contaria com apoios vindo de segmentos da igreja evangélica, via ex-vereador Primo Gerolim e o que esse nome representar em termos de arregimentação de votos. Na Câmara, o fiel escudeiro do presidente é o vereador Becerra (PDT), conforme compromisso assumido ainda durante a campanha eleitoral.
Puttini, por enquanto, é o único candidato “com certeza”, já que tem dito sê-lo, com ou sem o apoio do prefeito Geninho. Entende que é chegada a hora de vôo mais alto, após três gestões à Câmara de Vereadores. Guto Zanette entra nesta lista por entendimento nas rodas de que ele seria o “queridinho” do prefeito, que lhe confiou a Secretaria que era de Puttini, que preferiu presidir a Mesa da Casa de Leis.
Mas, na medida em que fica visível não ter Zanette este trânsito todo junto ao alcaide, e até por vezes ver-se que ele é deixado à própria sorte, cresce nas rodas a certeza de que o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer vai preferir mais quatro anos no Legislativo do que arriscar a sorte, jogá-la ao vento.
Dirceu Bertoco, como se diz, “corre por fora”, ou tão “por dentro” que não produz ruídos, redemoinhos que despertem a atenção de tantos quantos veem-no como inconveniente no momento presente. Mas já disse em alto e bom som, e não poucas vezes, que a vereador não se candidata mais. E como também não se disse predisposto a abandonar a política, é certo que seu próximo alvo, então, é o Palácio da Praça Rui Barbosa. Como piloto ou co-piloto, esta é outra estória.
A seu favor, a grande penetração junto ao meio rural de Olímpia, o qual, inclusive, foi incumbido de apaziguar durante a campanha da reeleição de Geninho. E agora, numa Secretaria onde o público-alvo é exatamente este segmento da população, é de se imaginar o tamanho de seu fortalecimento ali, e junto às comunidades destas localidades.
Gustavo Pimenta, o vice-prefeito. Não considerando que na eleição passada já perdeu um bonde, agora desponta forte nas hostes políticas locais como a opção do grupo genista (se é que se pode considerar Pimenta um genista). Único nome viável do PSDB nos últimos 10 anos, apesar disso teme ter problemas com o partido. Mas garantiu não pretender mudar de sigla. Teve o nome cogitado em 2013 mas, para tanto, teria que romper com o governo municipal, o que não quis fazer.
E agora tem, inclusive, o possível inconveniente de ter que assumir a prefeitura, caso o burgomestre resolva se candidatar a deputado – ou se algum percalço do qual nenhum administrador está livre, o tirar da cadeira principal do “palácio das luzes”. Aí se complicaria, o vice, para 2016. Neste caso, para ele, seria ideal, então, a especulada prorrogação de mandato, por mais dois anos, dentro de uma possível reforma eleitoral que “casaria” todos os pleitos.
Assim, teria seus quatro anos. Porém, se nada disso acontecer, o atual mandatário permanecendo no cargo, então tudo bem para 2016…. ou 2018.
O quinto nome (por ordem aleatória, certo, nada a ver com preferência ou coisa parecida), seria o de Hilário Ruiz. O vereador petista, em segundo mandato, já se articula, se bem que de forma ainda pouco ruidosa, visando testar suas possibilidades. Tem sua área de influência, mas precisa correr bastante para se viabilizar, já que seria uma candidatura em paralelo às demais.
Mais difícil pelas circunstâncias político-partidárias de momento e de futuro. Teria que ter a extrema sensibilidade de saber como agir, que forças buscar, no emaranhado que fatalmente se formará quando chegar o momento.
A aposta nas rodas é a de que os cinco nomes se tornariam dois, numa aglutinação partidário-eleitoral. Com Puttini sendo um dos nomes e Pimenta, outro. Talvez uma candidatura “outsider”, que até poderia ser a de Ruiz, mas, dependendo da situação que se apresentar, este poderá preferir se manter na Câmara. Por inviável que parece ser, dada a precocidade, a candidatura Zanette, dizem as rodas, também deve minguar.
E quanto a Bertoco, este tem sido visto em conversas e mais conversas com o vice Pimenta, embora isso possa fazer parte do dia-dia das funções. Ainda não dá para imaginar algum tipo de armação ilimitada, embora dê o que pensar. Mas é bom que se registre: Bertoco é esperto o suficiente para enxergar, de longe, se não vai dar para ser o piloto. Então talvez aí esteja tateando na busca da viabilização da vaga de co-piloto. Por que não?
Até.