No início de março passado, o prefeito Geninho (DEM) anunciou com pompa e circunstância que Olímpia terá sim, seu aeroporto. “O futuro aeroporto de Olímpia está a caminho de se tornar realidade”, disse ele, numa tarde de segunda-feira, 11 de março, para dezenas de empresários e comerciantes dos segmentos de hotelaria, gastronomia e do turismo em geral, na Câmara de Vereadores.
Disse mais, que o equipamento de pouso e decolagem de aeronaves teria área de 40 alqueires que deveria estar no patrimônio da prefeitura em dois meses, ou seja, exatamente agora, em junho, esgota-se o prazo. Na ocasião, o projeto estava em fase de geoprocessamento, conforme informou o prefeito.
No começo deste mês de junho, o alcaide novamente voltou a tratar do assunto, desta vez junto ao ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, num encontro em Brasília, quando solicitou ações de implantação do aeroporto na cidade, garantindo que o município já possuía área destinada à construção.
E segundo consta, Geninho tem levado a coisa tão a sério, a ponto do seu secretário de Obras, Renê Galetti, ter dito recentemente que “a construção do novo aeroporto tem tirado o sono do prefeito”, que “priorizou essa obra que terá de sair ainda em seu governo”, porque, conforme Galetti “(…) sem aeroporto local não dá para continuar”.
Durante todo este tempo, o prefeito fez segredo do local da área, segundo ele para “evitar especulação”. Aquela anterior, ainda dos tempos do Governo Rizzatti, próxima ao distrito de Ribeiro dos Santos, foi deixada de lado. Mas, esta semana surgiram especulações de que o tal aeroporto deverá ser construído numa área próxima à Kimberlit, área esta que pertenceria a uma família tradicional da cidade.
Por ela, especula-se que deverão ser pagos, salvo engano, cerca de R$ 6 milhões. Porém, não há todo este dinheiro sobrando no caixa da prefeitura, é o que dizem. Sendo assim, a porção “gênio” do prefeito Geninho teria encontrado uma solução. Digamos, uma espécie de ping-pong financeiro que possibilitaria que os R$ 6 milhões necessários “pousassem” tranquilamente nos cofres municipais, via antecipação de tributos. Pronto, uma vez a área comprada, vem a parte da implantação propriamente dita.
Com estimados e especulados R$ 8 milhões pretende-se fazer a compactação do terreno, que teria cerca de três mil metros de comprimento – o suficiente para pousar até boings -, para depois com os restantes R$ 12 milhões de uma verba total de R$ 20 milhões, fazer a obra restante.
Estes R$ 20 milhões, segundo consta, ainda seria uma promessa do deputado federal Sandro Mabel, do PMDB, embora este político seja representante do Estado de Goiás, pelo qual se elegeu, tendo como berço natal Ribeirão Preto.
E, sim, ele é dono dos biscoitos Mabel e de várias outras empresas. Por isso é conhecido pelo apelido “Mabel”. Seu nome de batismo é Sandro Antônio Scodro.
Os valores acima não são oficiais, podem ser menores, podem ser maiores, mas o “enredo” do texto seria mais ou menos confiável. Porém, só o tempo irá dizer – e consta que será um tempo muito curto -, se tudo vai se confirmar como aqui está, ou com algumas variações, ou se nada disso corresponde realmente aos planos do burgomestre. Esperar para ver.
Até.
Comentários fechados.