Quem garante isso é a secretária municipal de Saúde, Silvia Forti Storti, conforme declarações feitas ao semanário Planeta News na tarde de quarta-feira passada, dia 9. Ela rebateu as críticas severas e generalizadas que têm sido feitas à Unidade de Pronto Atendimento-UPA 24 Horas, quanto ao atendimento, ou a falta dele, por grande parcela da população. A principal delas, a de que a Unidade não está devidamente estruturada para o atendimento em urgência e emergência.
“Muito tranquilamente te respondo: A UPA de Olímpia está devidamente preparada, equipada e adequada para o atendimento de urgência e emergência dos olimpienses”, começou frisando a secretária. Para ela, os casos registrados de reclamações sobre mau atendimento, não-atendimento ou mesmo mortes de pacientes que são atribuídas a eventuais negligências dos profissionais responsáveis, seriam contingências da própria função da instituição médica.
“Pronto atendimento é onde você recebe todas as situações de urgência e emergência. Tanto na Santa Casa quanto na UPA, todas as situações de urgência e emergência são para lá que vão. Felizmente tem pessoas que já chegam numa situação que o médico consegue estabilizar, reverter e encaminhar para um hospital-referência, mas tem aquelas situações em que (o paciente) já chega muito comprometido e o médico não consegue, no momento, uma solução. E é ali mesmo que vão acontecer estas situações, na urgência e emergência”, explica.
SEM COMENTÁRIOS
Silvia Forti se recusou a comentar casos recentes, como o do jovem acidentado em motocicleta, a garota que foi atropelada pelo “Fuskol”, o da criança que se afogou na piscina e também a dos turistas que disseram ter ficado dez horas sem atendimento na UPA. Disse serem procedimentos médicos aos quais ela não tem acesso, mas em breve haverá um relatório final.
“Primeiro, ninguém fica essa quantidade de horas que falam para ser atendido”, contesta, lembrando outras queixas na demora no atendimento. “Segundo, (o atendimento) na UPA não é por ordem de chegada, isso precisa ficar bem claro. O médico trabalha com classificação de risco. Quem chegar em situação de urgência ou emergência, será atendido primeiro. A prioridade é urgência e emergência, cujo paciente nem passa pela recepção. E os que podem esperar, vão aguardar, até que se estabilize aquela situação e (o médico) possa atender os demais.”
ELOGIOS
Silvia Storti contesta o senso quase comum de que a UPA é ruim para todo mundo. Ela diz que a Unidade “atende satisfatoriamente, e com várias manifestações de elogios”, muito mais do que 90% dos que a procuram (o índice foi mencionado pelo prefeito Geninho [DEM] em postagem esta semana em sua página no Facebook). “Realmente é uma minoria que está insatisfeita”, completa.
Perguntada se garante o bom atendimento da UPA, ela responde: “Não sou eu quem garante, são as pessoas que procuram a UPA que garantem isso”. Mas, reconhece, em seguida, que “sempre tem coisas a serem feitas, não dá para falar que está tudo certo, pois se estivesse eu nem precisaria ficar aqui (na Secretaria). Sempre tem coisas para melhorar. Mas que a grande maioria sai satisfeita com o atendimento, não restam dúvidas”, reitera. “Temos relatório atestando isso”, completa.
QUASE 50 MIL
ATENDIMENTOS
De acordo com números apresentados pela secretária, a UPA está atendendo em média mais de sete mil pacientes por mês, por causa do fluxo de turismo, e a partir do momento que passou a contar com um pediatra – antes era o clínico que fazia também o atendimento em pediatria-, “isso fez com que aqueles (pais) que levavam (crianças) para Rio Preto, não levem mais, fiquem aqui, e isso aumentou o número de atendimentos, mesmo não sendo urgência ou emergência, mas fora dos horários das UBS’s”.
Em julho, mostrou Silvia Storti, a UPA atendeu 5.870 pessoas. Dessas, na pesquisa após cadastro de entrada, apurou-se que 498 tinham convênio. “Isso não quer dizer que tenha prioridade, vai seguir a classificação de risco e o atendimento SUS, como todos”, observa. Ainda naquele mês foram atendidos 275 turistas que tiveram intercorrências.
Em agosto, foram 7.041 atendimentos, dos quais 118 em turistas. Já em setembro foram atendidos 7.372 pacientes, em outubro 7.397, novembro 7.011, e dezembro, 6.362, sedo que neste mês, que é de férias, 1.257 eram turistas, não necessariamente por acidentes, às vezes por intercorrência como febre, vômito, diarréia, etc. O mês de dezembro ainda não estava computado na quarta-feira.
“Temos 24 horas de funcionamento e a UPA nunca ficou sem médico, nenhum minuto”, asseverou a secretária. No plantão sempre tem um clínico e um pediatra, segundo ela. “No horário de maior pico, ficam dois clínicos e um pediatra, direto, sem interrupção”, complementa. Sobre se os médicos faltam ou não cumprem horário, respondeu que os médicos têm cartão de ponto digital para “picar”.
DOR MENOR
Para Silvia, as reclamações reiteradas contra a UPA podem ser atribuídas à desinformação. “A população precisa entender que o atendimento não é por ordem de chegada. Quem pode esperar, vai esperar, e isso causa desconforto. Entendemos a situação de cada pessoa, mas é preciso elas entenderem que às vezes a minha dor é menor do que a do meu próximo que está lá dentro. É disso que temos que estar conscientes”, pede.
O gerenciamento da UPA é de responsabilidade do município. Após modificação no quadro diretivo, o cardiologista José Carlos Ferraz passou a ser responsável por todo quadro médico, enquanto o enfermeiro Emerson Daniel de Freitas responde pelo gerenciamento da UPA e SAMU, e Nilton José Bortolon, pelos procedimentos de média e alta complexidade. “Não há nenhuma empresa terceirizada” dirigindo a Unidade, garante Silvia Forti. Mas, quando necessário, contrata-se uma empresa para selecionar médicos “A contratação é sempre feita por licitação. E temos o gerenciamento do nosso quadro (de médicos da rede municipal)”, informa a secretária.
Sobre a conduta do médico, ela diz que é regida pelo CRM (registro profissional) dele. “Ele é responsável pela conduta dele, em qualquer local. A responsabilidade do ato médico é dele. Temos o diretor técnico que supervisiona, mas o médico tem responsabilidade pelos seus atos. Quando ele faz o procedimento, ele carimba ali o seu CRM”, lembra.
RECONTAGEM
No tocante ao já desgastado assunto envolvendo os vereadores Becerra e Ferezin, bem como os suplentes Marcão e Marquinhos, a possibilidade da recontagem dos votos, mudando assim toda a “configuração” da Casa de Leis, ao contrário do que afirmamos no post de sábado passado, 12, existe, sim. Tudo vai depender do entendimento da Justiça, uma vez que o trânsito em julgado da ação é datado de 25 de junho, um mês, portanto, do início dos prazos para a legalização dos documentos para registro de candidaturas.
Há quem diga que vale a data da publicação da sentença transitada em julgado, o que ocorreu só no inicio dse novembro, depois do pleito. Mas, operadores do Direito com especialização na matéria afirmam que o que vale é a data do trânsito em julgado. Consta que a advogada Vera Lúcia Cabral, que atua em nome da vereadora Janeclei Delomodarme, a pedido do pai da candidata, Antonio Delomodarme, anexou à petição uma certidão de trânsito em julgado, dando ciência à Justiça de que isso ocorreu em 25 de junho. Agora é esperar para ver.
Até.
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