Quantos vereadores você acha que vão voltar para a Câmara? É a pergunta recorrente feita a este que vos escreve, nos últimos tempos, pelas ruas da cidade. Respondo sempre, com a cautela necessária, “não dá para saber”. É verdade que quatro dos atuais edis não estão candidatos à reeleição: Toto Ferezin (PMDB), Primo Gerolim (DEM), Priscila Foresti, a Guegué (PRB) e João Magalhães (PMDB). Restam outros seis, todos eles buscando retornar à Casa de Leis a partir de 2013.
Ferezin não se candidatou à reeleição por razões partidárias, e por antever dificuldades para ser eleito novamente. Além disso, o seu partido não se coligou com nenhum outro dentro da “Moralidade Já”, o que tornaria sua busca por votos uma verdadeira “maratona”. Deixou que o pai, Jesus, tentasse a proeza, pelo “nanico” PTN, na coligação “Saúde, Honestidade e Trabalho”, da candidata a prefeita Helena de Souza Pereira (PMN).
Gerolim alegou problemas de saúde para desistir da busca pela reeleição. Ele, que encontra-se afastado até mesmo das funções de vereador, e agora vem de pedir mais 30 dias, permanecendo na sua cadeira na Casa o colega Salata (PP). Guegué não volta à disputa por questões éticas, uma vez que nos quase quatro anos de vereança procurou cumprir rigorosamente com a função que lhe fora outorgada pelo voto popular, mas encontrou dificuldades mil pela frente. Fiscalizar, cobrar e combater o mau feito não são verbos conjugados no contexto da política local.
Já Magalhães, como todos sabem, preferiu disputar a cadeira da 9 de Julho, após seis mandatos seguidos na Casa de Leis. Portanto, há quatro vagas disponíveis, outras seis para serem preenchidas, seis atuais vereadores na disputa e mais outra centena em busca de um “lugar ao sol”. Seriam, mais ou menos, dez candidatos por cadeira. Uma briga de foice no escuro.
Agora, destes, quantos vão voltar para a Câmara? Aí já seria necessário um exercício de adivinhação. Porque não há uma lógica, por mais que haja indícios de que este ou aquele ficará pelo meio do caminho. Ou não chegará ao fim dele. Seria até muito arriscado e um tanto irresponsável de nossa parte, já que não somos futurólogos, fazer por antecipação a relação dos que voltam junto com os que entram, seja pela primeira vez ou não.
Mas é bom lembrar que nem sempre o candidato mais, digamos, “vistoso”, é o que tem garantias de chegar lá. Como nem sempre o candidato que obteve grande votação na eleição anterior está garantido nessa. Na teoria ele começaria a campanha em vantagem frente aos demais que começam do zero, mas o que importa é a chegada e não a saída. Há muitos “puros-sangue” neste pleito, e outros tantos “pangarés”. Mas num jogo como é o político, nada é definitivo.
Nem o “puro sangue” tem vitória garantida, nem o “pangaré” está fora por princípio. Já ouviram falar em “azarão”? As campanhas políticas para a Câmara de Olímpia têm muito disso. E em todos os pleitos sempre tem um ou dois. É só puxarem pela memória e vão se lembrar, e vão me dar razão. Houve nomes que centralizaram as apostas e outros que simplesmente foram desprezados pelos “analistas de esquina”. E houve até aqueles de quem nem se ouviu falar durante a campanha e, de repente, lá estava ele, canudo na mão, tomando posse.
Portanto, a resposta vai ficar soprando com o vento. Quem tiver ouvidos de ouvir, que a ouça. Ou que a busque da forma que julgar mais apropriada. Não será este blogueiro que atirará “a primeira pedra”.
Até.
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