Não há um mínimo pedaço de chão desta urbe onde não exista alguém preocupado com o  desenrolar das próximas convenções municipais, principalmente aquelas dos partidos tidos como de oposição ao governo atual. No tocante às convenções situacionistas, que serão realizadas no mesmo local – Câmara de Vereadores, e no mesmo período – das 8 às 13 horas, a expectativa é saber quais nomes estarão na disputa por uma cadeira na Câmara. Porque a candidatura majoritária já está sacramentada – Geninho (DEM) e Pimenta (PSDB).

Até mesmo nas hostes genistas a indagação sobre quais serão os nomes à majoritária na oposição é presença constante entre os membros do estafe e seus próximos. Prova disso é o “editorial” deste sábado, 16, do Tribuna(l) Regional, semanário também conhecido como “O jornal do Geninho”. Nele, de uma forma enviesada e cínica, o redator cobra uma definição da oposição, tachando as marchas e contramarchas de “dança das cadeiras” e/ou “da vassoura”, como se não soubesse ele que este tipo de entendimento, quando envolve grande número de pessoas e muita vaidade pessoal, é mesmo dificultoso e necessita muito tato nas tratativas.

O jornal genista exala ansiedade nas suas entrelinhas. Para o editorialista, toda essa demora seria em decorrência “da completa ausência de propostas sérias de governo”. Esquece-se o escriba do rei que seu mentor financeiro também não tinha e continua não tendo, “uma proposta séria de de governo”. Haja vista que se tem na cidade, nestes três anos e meio, um arremedo do que seria um bom governo. Um governo materialista preocupado com o “make-up” urbano, e não com o senso comum, o bem estar de seus cidadãos.

Ademais, não será preciso ir muito longe no “debate político ético”, como cobra o semanário prefeitural. É só lembrar à população os malfeitos desta turma que hoje ocupa o Palácio da 9 de Julho e hastear a bandeira da honestidade, da probidade e do respeito à coisa pública. Temos que o eleitor verdadeiramente preocupado com o futuro desta urbe, com os destinos de seus moradores, principalmente os jovens, que herdarão edificações ou ruínas, vão saber discernir e se decidir pelo que é limpo, claro, transparente.

Porque ao contrário do que muitos afirmam aqui e ali, acredita-se que o principal requisito para que alguém se julgue à altura de uma cadidatura ao cargo político máximo de uma cidade é a honestidade. Já se houve muito por aí o tal do “rouba mas faz”. Não é por aí. O governante tem que fazer sem roubar. E se rouba, por mais que faça, deve ser alijado do universo político. Pior ainda é quando rouba e ostenta. Pior ainda é quando rouba e “maqueia” a si e a cidade que governa. Estes são políticos cujo destino futuro teria que ser a lata do lixo da história.

De maneira que não há atenuantes: ou o político é comprovadamente honesto e bem intencionado, ou deve ser relegado ao esquecimento, ao ostracismo. O “rouba mas faz” é a mais cínica interpretação popular de um estado de coisas, de um comportamento político. Do que muitas vezes o político se aproveita. A “virtude” como justificativa do “pecado”. Ou vice-versa. A indulgência do olhar cego ou da visão turva popular, das quais políticos inescrupulosos fazem tanto gosto.

Mas, enfim, o tema desta postagem são as convenções partidárias. Já se sabe que onze partidos de oposição estarão reunidos no próximo dia 30, no período de 9 às 12 horas e das 8 às 17 horas, sete deles na Câmara Municipal, para as convenções partidárias que oficializarão as candidaturas a vereador, prefeito e vice. Desta megaconvenção, espera-se, sairão os nomes dos candidatos a prefeito e vice, cuja espectativa é a de que seja candidatura única.

Estarão escolhendo também os nomes à vereança o PMDB, do vereador e pré-candidato a prefeito João Magalhães; o PRB, presidido pela ex-primeira-dama Rosane Carneiro; o PMN, de Fabiano Garcia Trinca, sigla na qual está abrigada a também pré-candidata a prefeito, a ex-provedora da Santa Casa Helena Pereira; o PTN, do ex-vereador e presidente da Câmara, pai do atual presidente, Toto, Jesus Ferezin; o PT do B, presidido pelo ex-vereador e presidente licenciado da AFPMO, Antonio Delomodarme, o Niquinha; o PRTB do comerciário Lupércio Bonin; o PSC, do comerciante Marco Antonio dos Santos, que deve se lançar candidato a uma cadeira na Câmara; o PSL, que tem à frente Leandro Marcelo dos Santos, o “Marcelo da Branca”, outro que porá seu nome na disputa à Câmara; o PT presidido por Marcos Sanches, pelo qual o atual vereador Hilário Ruiz buscará a reeleição; o PV, presidido pelo contabilista Paulo César Ferri, que também deverá disputar uma vaga à Câmara, já que obteve uma boa soma de votos na eleição passada, e o PSD, que tem à frente o conselheiro tutelar Fernando Roberto da Silva, e que abriga a pré-candidatura de Ubirajara Teixeira, o Bira da Ki-Box, a prefeito.

PT, PSD e PV farão suas convenções na subsede do Sindicato dos Bancários local, a partir das 9 horas da manhã. Já o PSL fará a convenção em sua sede própria, na Cohab II, das 9 da manhã às 17 horas. Os demais ocuparão o plenário e salas da Câmara de Vereadores, em horários variados das 9 às 12 horas e das 8 às 17 horas.

Um dia antes, em 29 de junho, serão realizadas as convenções municipais dos partidos aliados ao prefeito Geninho Zuliani, 12 no total. Será a última sexta-feira do mês, véspera do prazo legal estipulado pela Justiça Eleitoral. A convenção será no período da manhã, na Câmara Municipal.

Os partidos que integram a coligação da chapa situacionista são os seguintes: o DEM, presidido pelo próprio prefeito Geninho, candidato à reeleição; o PSDB, do vice também candidato à reeleição Gustavo Pimenta; o PTB, do vereador Beto Puttini, que tentará voltar à Casa de Leis; o PP, do vereador suplente e líder do prefeito na Câmara, Salata, que não ficará de fora da disputa; o PR, do Dirceu Bertoco, outro que continuará na luta; o PSB, agora dirigido por Guto Zanette, que espera poder voltar, embora tenha sido “puxado” por Hilário Ruiz na eleição passada; o PPS, também dirigido por um ex-vereador, Marcão Coca, outro candidato a uma das dez vagas, e que já foi preterido na eleição passada; PDT, presidido pelo pastor Leonardo, que vai buscar seu “lugar ao sol”; PRP, do secretário de Gabinete Paulo Marcondes, que não será candidato (?); o PSDC, do ex-vereador e presidente da Câmara, Alcides Becerra Jr., que volta à luta após uma tentativa frustrada na eleição passada; o PTC, de Gustavo Marques – sem informações, e o PHS, que já foi sigla de muito peso em eleições passadas, hoje nas mãos do pai de vereador Beto, Aldo Puttini.

Até.