Pelo andar da carruagem, o vice-prefeito, Gustavo Pimenta (PSDB), capitulou. Ao que parece, ele se deu por satisfeito com a nomeação interina da assistente social Edna Marques da Silva como sua substituta, com tempo marcado para eventualmenre deixar a vaga para alguém que possa agregar (leia-se atrair votos) à campanha à reeleição de Geninho (DEM). A menos que o vice se julgue vencedor da queda-de-braço mantida com o alcaide, na certeza de que sua indicada não deixará mais o cargo.
É isso ou Pimenta vai direto para o purgatório político-eleitoral, uma vez que a opinião pública está pagando para ver o resultado deste embate. Se Pimenta se aquietou e daqui 40 ou 60 dias Edna Marques da Silva for defenestrada, então sua avaliação positiva perante o cidadão virá abaixo. Se, ao contrário, Edna vingar até o final do ano, e assim passando as eleições de outubro, o vice chegará lá com avaliação em alta. E isso fará diferença, inclusive, no resultado da votação a ser recebida pelo alcaide. O contrário disso, também.
Quanto a continuar como vice de Geninho para uma segunda gestão, caso vença as eleições, parece certo também por parte de Pimenta, mesmo tendo em vista que sua carreira política terminaria com o fim da segunda gestão. Isto porque o atual vice, assumindo a prefeitura em 2015/2016, com a possibilidade de Geninho se candidatar a deputado nas eleições de 2014, não poderá tentar a reeleição, por conta de ter que assumir o cargo do prefeito.
Conforme o artigo 14, em seu parágrafo 5º, diz a Constituição Federal que “(…) os prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997).
Pelo mesmo sentido, se o vice-prefeito sucede o prefeito em seu primeiro mandato (a qualquer tempo desse), depois, (re)elege-se prefeito, não poderá, ao término desse novo mandato, pleitear nova eleição (re-reeleição), pois o mandamento constitucional não permite – repita-se – o exercício de um eventual terceiro mandato.
Diferentemente ocorre, se o vice-prefeito – reeleito ou não – decide se candidatar ao cargo do titular, mas, apenas, “substituiu” àquele no curso do mandato. Mas, deve-se ponderar que, na hipótese de essa substituição ter se dado nos seis meses anteriores ao certame eleitoral, o vice que se consegue eleger para o cargo titular, não poderá concorrer à reeleição.
Traduzindo: Pimenta poderia agora, se quisesse, ser candidato a prefeito, caso houvesse rompimento com o alcaide. Assumindo o cargo em 2014, estará fatalmente fadado a encerrar sua carreira política imediata, uma vez que não poderá pleitear a reeleição como prefeito, pois já terá sido reeleito, como vice, o que configuraria um terceiro mandato, ou uma re-reeleição. Alémdo que teria ssumido o cargo “seis meses antes do pleito” seguinte.
MAS…
É este, também, o dilema do prefeito Geninho. Ou busca, de corpo, alma, coração e o que mais der uma cadeira na Assembléia Legislativa, ou sua carreira política acaba em 2016. A menos que queira voltar para a Câmara de Vereadores. O mesmo valendo para o vice, Pimenta. Ou seja, estaríamos diante de duas carreiras políticas que começaram juntas, no âmbito do poder maior do município, e podem acabar juntas.
A menos que Pimenta rompa agora com Geninho e banque uma candidatura majoritária e vença, e Geninho se lance candidato a deputado e vença. Se não, como vice Pimenta terá apenas dois anos de titularidade na cadeira da 9 de Julho. Se não, Geninho terá apenas mais quatro anos e oito meses de titularidade na cadeira da 9 de Julho – claro, se vencer em outubro. Pode ser, ainda, que ambas as carreiras políticas acabem em 7 de outubro próximo, às 17h30 no máximo.
Além de ter que equacionar este problema interno, o prefeito Geninho tem ainda que ficar atento à fomatação da oposição à sua candidatura, que poderá ter diferentes panoramas, talvez bons para suas pretensões, talvez péssimos para as mesmas. Tudo depende de como as coisas se darão, quantos candidatos terá e quem serão estes candidatos. Ou se virá com uma chapa unida, coesa e forte.
E aí está uma das razões do pouco sono do alcaide. Ele, que não está tão bem das pernas assim como tenta propagar.
Rejeição considerável, intenção de voto bem aquem do normal para quem se julga “melhor-isso”, “super-aquilo”, uma administração avaliada pela média, se não abaixo dela e, pior ainda, um terço pelo menos de eleitores indecisos, são os principais entraves. Ou seja, como disse dias atrás um enfronhado prócer político, “não está difícil ganhar do Geninho”.
PROPAGANDA
Não passa de mera propaganda o anúncio feito esta semana pelo prefeito Geninho (DEM) e secretária Silvia Forti Storti, de que a Saúde em Olímpia vai muito bem, obrigado. Pelo site do bem andaram alardeando que só este ano foram investidos no setor quase R$ 1 milhão.
“Graças ao nosso empenho junto ao Governo Federal e a capacidade técnica da secretária da Saúde, Silvia Forti, estamos conquistando grandes avanços na Saúde para os cidadãos de Olímpia”, disse o prefeito ao Portal do bem, acrescentando que “foram grandes avanços que conseguimos para a Saúde nestes três anos e meio, e um exemplo é a tão sonhada, e que em breve será inaugurada, a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas, a UPA, e já o funcionamento do SAMU 192, que já está atendendo Olímpia e os Distritos”.
Mera propaganda, porque além de contar o prefeito com o que ainda não está funcionando e com o que sequer foi construído, o povo está sentindo na pele que nada disso corresponde à realidade. Só se avanço em Saúde, para o alcaide e sua secretária, for construir prédios e botar carros e ambulâncias nas ruas. Porque na essência, este “quase R$ 1 milhão” não deu as caras.
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É período eleitoral, e sabemos que os ânimos se acirram. Mas, se não for para debater rumos e propostas para a cidade, também não será para ataques que o espaço servirá. Estão todos avisados.
Até.