Pois é, nem tudo está perdido. Esta semana crucial para as pretensões eleitorais de tantos quantos queiram ser candidatos a uma vaga na Câmara ou à cadeira principal da 9 de Julho, foi também uma semana de muitas novidades, muitas reviravoltas. Uma semana daquelas em que até quem “foi”, acabou “voltando”. Uma semana para a formação dos grupos, ou pelo menos para a “demarcação” deles.

O que deu para pressentir nos últimos dias foi a correria desenfreada para aglutinar nomes em torno desta ou daquela legenda, desta ou daquela pretensa coligação, com direito até a pirotecnias que depois se revelaram grandes farsas burlescas. A grande questão agora é saber quem saiu “ganhando” e quem saiu “perdendo” ao final da corrida. Quem se deixou levar pelo “canto da sereia” e quem escolheu friamente, calculadamente, o caminho a seguir.

Fato é que a oposição, que muitos julgavam morta, acaba de recobrar a respiração e dar sinal de vida, com a anunciada pré-candidatura do peemedebista João Magalhães, reforçada com a também anunciada pré-candidatura do ex-pevista e agora petista Walter Gonzalis. Bem como, também, com a saída do tucano histórico José Roberto Bijotti do PSDB, indo engrossar as fileiras do PTdoB, o Partido Trabalhista do Brasil, cuja provisória está nas mãos do ex-vereador Niquinha (2005/2008). Com ele seguiu o mesmo caminho, Otacílio de Oliveira Neto, ex-vereador e ex-presidente da Câmara (1991/1992).

Só por este parágrafo acima já dá para vislumbrar que pelo menos algo de novo está por vir. Seja pela junção de todas estas forças, formando uma “frente suprapartidária”, seja pela dispersão delas, com diferentes frentes partidárias confrontando o nome natural do situacionismo, o prefeito Geninho (DEM), e sua máquina infernal.

Aliás, o Democratas, partido do prefeito Geninho, que tem o próprio alcaide como presidente, até onde se sabe disporá de nomes com potencial eleitoral já demonstrado anteriormente, como o do atual vereador Lelé, que tentará a reeleição. Estão na briga, também, Marcão Coca, ex-vereador dos mais bem votados (2005/2008), mas que não conseguiu voltar no pleito passado pelo seu PPS. Agora no DEM buscará uma cadeira na Casa da Aurora. Walter Bitencourt, vereador por três vezes, mas que não conseguiu voltar em 2008, também está no mesmo “caldeirão”.

Ainda no entorno do burgomestre estão Salata, seu atual lider na Câmara com o PP, também vereador por três legislaturas e uma quarta como suplente, que vai em busca do seu lugar próprio. A neo-genista Cristina Reale, a “caçula” do grupo, que embora esteja no PR vai querer ficar o mais próxima possível do prefeito, a “mimetizar” seus votos.

Outras duas figuras, uma de peso, outra nem tanto, são Beto Puttini, com seu PTB, vereador licenciado e atual secretário municipal, e Guto Zanette, que se revelou arrivista tão logo teve que provar ser político de palavra e assinatura, também estão neste “bolo” genista, a buscar um lugar ao sol. Além de outras figuras menos, digamos, “reluzentes”. Geninho e sua trupe acreditam que fazem pelo menos quatro cadeiras na Casa de Leis. Isso incluindo o PR de Bertoco, que não deverá se coligar com as demais siglas cooptadas por Geninho.

E aqui começa outra estória. O PR vai seguir sozinho se for assim. Se vai ficar mais fácil ou mais difícil mais de um chegar lá, só o tempo dirá. Mas Bertoco acredita que faz pelo menos duas cadeiras, dentro das quatro citadas acima. E no seu entorno tem, entre outros, Rubinho Gianotto e Paulo Poleseli, que deixaram o PMDB e se filiaram ao partido, e a própria Reale, que deixou o PSD, de cuja Executiva era vice-presidente.

O PSDB do vice-prefeito Gustavo Pimenta não se coligará com o DEM. Vai se coligar com outros partidos menores, como o PDT, PSDC, etc. Os nomes na busca de uma cadeira passam por Geraldo Viana, sempre muito bem votado nas vezes em que disputou, mas nunca chegando lá; Ana Gerolim, esposa do vereador demista Primo Gerolin; João Luiz Stelari, que assumiu a vaga deixada por Julio César Faria na gestão 2001/2004, mas depois não conseguiu retornar.

O novato Marco Rodrigues, que tem no currículo o trabalho feito na cidade ao candidato não eleito a deputado Fernando Lucas, que obteve 967 votos na cidade, também quer uma das cadeiras; e tem ainda Luciano Ferreira, que obteve mais de 250 votos na eleição passada pelo PRB da vereadora Guegué. E também o ex-vereador Alcides Becerra Júnior, que esteve na Câmara por duas vezes, na última delas – 99/2000 – sendo seu presidente, reforça o grupo, ao mesmo tempo que torna mais árdua a luta dos demais, como a sua própria.

Em nível de coligação para a vereança a oposição também não deixa a desejar no quesito “embolação” de nomes e siglas, se bem que não deve ter sobrado muitas. De cabeça, temos convicção de que está na oposição PT, PV, PTdoB, PMDB, PRB, PSD, e outras menores. Deste lado, especula-se que pelo menos outros quatro edis serão eleitos. A balança pode pender em mais um para um dos lados, caso o PSDB não alcance a meta de fazer dois vereadores. Então sobraria uma cadeira, que poderá vir a ser da trupe genista ou da oposicionista.

Até.