Somente o prefeito Geninho (DEM) e sua trupe de próximos sabem exatamente quais foram os resultados de uma pesquisa de campo que mandaram fazer no final de semana retrasado. Considerando que o resultado fique entre ótimo e bom, na avaliação do público eleitor em geral, há questões que permanecerão nebulosas junto àquele segmento mais ligado nas coisas da política. E pode ser até que fique esta marca também no público em geral, se considerarmos um resultado ruim para o alcaide neste levantamento.
No primeiro caso, o “ajuntamento” das opiniões sobre sua forma de administrar, talvez encubram e deixem passar despercebidos tais detalhes – que são muitos, como atestam suas contas do primeiro ano. E como é nos detalhes que mora o diabo, conforme já disse alguém certa vez… No segundo caso, seria um calvário duro de vencer pelo alcaide, que buscará a reeleição ano que vem.
Também porque estes detalhes têm se revelado, nos últimos tempos, nem tão pequenos assim no seu conteúdo, a ponto de ainda poderem ser classificados como tal. E a imprensa vem cuidando disso. Sem sensacionalismos, sem alardes além do normal quando o tema é suspeitas de descalabro com o dinheiro público, gestão temerária do patrimônio financeiro oriundo dos bolsos do cidadão. E fica aquele comichão em quem se importa com estes tipos de coisas. Em quem ainda acredita que é possível a ética, o decoro e a honestidade à toda prova na política.
Até agora, é bom que se diga, o alcaide não deu mostras seguras de que o que se fala por aí à boca pequena são meras fofocas políticas oriundas dos desafetos e oposicionistas pelos cafés da vida. Não houve de sua parte ou de qualquer um de seus assessores, qualquer declaração ou manifestação seguras de que o que falam sobre a falta de lisura deste Governo são meras e tolas balelas, picuinhas a alimentar a sanha dos contrários.
E vejam bem, não vieram de público até hoje confrontar tal estado de coisas, mas gostam muito de alardear por aí que esta ou aquela manifestação, esta ou aquela crítica não têm outra intenção que não a político-eleitoral.
Mas fazem este “terrorismo” entre os seus, os bate-paus, os lambe-botas e o séquito de puxassacos, que depois reverberam suas falas e pontos de vista por tudo quanto é meio, principalmente as ferramentas socias, via mais rápida para se disseminar a discórdia, o pensamento fragmentado, a alegação falsa, as mentiras e cinismos próprios do meio, quando a política dá o tom. E se dão por satisfeitos. Para quê, então, a fala oficial? Para quê, então, mostrar números, atos oficiais?
Enfim, para quê, então, ser transparente, quando há uma legião de seres não-pensantes dispostos a aceitar tudo o que emana do poder-mor local? E a disseminar o que dele emana, como se toda e a mais pura verdade fora? Há questões sérias, e muito sérias a serem explicitadas ao povo pagador de impostos. E, se quiser, o prefeito pode começar pelas contas de 2009, primeiro ano do seu mandato. Pois ali estariam encravadas todas as verdades e mentiras que se podem contar, talvez.
O diabo é saber exatamente onde começa e onde termina a linha fina entre uma situação e outra. E o diabo também, este para eles, é que por mais que ignorem, o barulho externo geral e irrestrito que fazem para ensurdecer incautos tem tido muito menos efeito prático, politicamente falando, que o ensurdecedor silêncio das minorias bem informadas.
Até.
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