PRÓLOGO:
Pontos de vista à parte, importante é saber que os textos publicados neste espaço democrático suscitam discussões e levam as pessoas a pensarem sobre sua própria cidade. Isto é muito importante num momento em que há uma forte tendência ao mergulho num estado de silêncio absoluto da sociedade, não se sabe se por medo, conveniência ou conivência. Se meia-duzia de pessoas há que neste blog argumenta contra ou a favor do que aqui publico, trata-se de meia-dúzia de pessoas valorosas, que pelo menos têm a coragem de virem ao debate.
E Olímpia, mais do que nunca, precisa ser debatida. É preciso enterrar de vez aqueles tempos em que cada poderoso de turno faz da e na cidade o que bem entende, sem dar a mínima para a opinião pública. Sabemos que as “forças ocultas” estão bem vivas e zanzando por aí, a se revelar nos momentos em que se vê o poder, em palpos de aranha. Seu espectro é por demais aterrorizante, e já faz calar somente pela concepção de sua existência. Diante disso, aqueles que não se calam por medo, por conveniência ou conivência, vêem ao debate. E a vida segue!
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CONSTATAÇÃO:
Postei aqui dias atrás, em meio a um comentário sobre tema não específico deste assunto, mas de passagem falei sobre as agruras de se morar numa cidade onde o festejado “boom” turístico só tem sido benéfico para uma certa parcela de cidadãos. Tentei passar a idéia de que não é a cidade como um todo que está usufruindo das “maravilhas” de ser uma cidade que atrai, por suas águas termais, milhares e milhares de pessoas por dia, mês e ano. Questionava a quem a atividade turística, nos moldes em que se pratica na cidade, tem servido.
Hoje, por exemplo, pessoa amiga me aborda na rua para mostrar uma situação provocada por este presumível “boom” turístico que gerou em seu ventre um outro fenômero, o encarecimento brutal do metro quadrado de terra para construções, ou mesmo em loteamentos que surgiram aos borbotões nos últimos anos. Lembrei dos aluguéis, que estão “pela-hora-da-morte”. E acho que os empreendedores e corretores se imaginam numa espécie de Miami encravada nos fundos da capital paulista.
Me conta e me mostra, esta pessoa amiga, que o metro quadrado de terra no mínimo duplicou nos últimos meses, saindo de uma média em torno de R$ 91 a até R$ 95 para chegar a até mais de R$ 220 dependendo da localidade. Isso para não considerar outros aspectos da carestia que se abateu sobre nossa urbe, como em supermercados, lanchonetes e restaurantes, por exemplo. E antes que os bate-paus em geral se tomem de fúria, observo que não vai aqui nenhuma crítica, mas apenas o registro de uma constatação.
Nem tampouco se quer dizer aqui que a nova realidade da cidade seja ruim. Mas, apenas busca-se respostas para a questão básica já exposta neste blog: a quem, exatamente, o “boom” turístico está servindo? Respostas, caso tenham, devem ser postadas na caixa de comentários.
Até.
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