O prefeito Geninho (DEM), ao inaugurar o prédio dos seus sonhos para abrigar a Daemo Ambiental, pediu “união em torno do ‘partido de Olímpia'”, argumentando que “é o que falta para deslancharmos ainda mais”. Estranho. Quer união com quem? Pensei que já lhe bastassem os muitos que estão a seu lado, todos eles “preocupados com o futuro de nossa cidade”, por certo. Nas suas falácias de sempre, a imprensa que não comunga com seu jeito de governar nem está na sua cota de beneficiários acaba sempre recebendo “bordoadas”, sejam de leve, sejam de forma mais contundente, já que o prefeito não aceita mesmo oposição. Ainda não se acostumou com ela. Quer unanimidade.
Mas, voltando ao prédio de R$ 1 milhão inaugurado ontem, quinta-feira, 4, notamos que o alcaide fez uma colocação interessante: “Se queriam, no passado recente, pagar R$ 20 milhões pelo Daemo, hoje terão de pagar R$ 1 bi”. Para quem não se lembra, quem queria vender o então Daemo para a Sabesp por R$ 20 milhões é o hoje seu secretário de Agricultura, ex-prefeito José Rizzatti. Foi uma alfinetada? Não é à toa que o titular da pasta vive acabrunhado. “Não está mais à venda”, completou o prefeito. Recado para o mesmo? Ou só uma observação?
E o que se pensava ser mera teoria conspiratória, o prefeito tratou de dizer que não era, talvez até sem querer. Sim, Valter José Trindade é contratação da “cota” de Rodrigo Garcia. “A verdade é que ele foi indicado pelo deputado Rodrigo Garcia, eu não conhecia o Walter”, disse. Isso é indicativo de que o contratou às escuras?
Foi no final do discurso que ele pediu união “em torno dos verdadeiros interesses da cidade, deixando os partidarismos de lado”. O que ele precisa explicar é que tipo de união quer. Por que se for essa que desfruta hoje, é melhor que a cidade continue dividida. Ou então perguntem a algum destes “unidos” a ele quais suas pretensões frente às coisas do município. Dou um doce para quem conseguir obter uma resposta que seja, pelo menos, sincera.
Insiste também o prefeito em confundir obras com crescimento, com desenvolvimento. Isso é fruto do materialismo dialético deste Governo. O crescimento, o desenvolvimento, são fatores endógenos não superficiais, de aparência. Abarcam as mais diferentes conformações. Não é assim tão simples. Não se moldam estes dois estados de coisas assentando tijolos por tijolos num desenho louco. Talvez o alcaide saiba disso, talvez não saiba, e sua formação humana venha de acreditar que realmente a matéria é o que conta.
Pugnando por união entre diferentes, o prefeito cobrou, no regabofe, a presença da oposição. “Não poderiam estar aqui os vereadores de oposição?”, perguntou. Para quê?, hora de perguntar. Para serem tripudiados ao gosto do grupo no poder? E não só isso: “Não poderiam (sic) estar aqui aquela imprensa que nos critica das 8h às 20h?”, perguntou também. Para quê?, reitero a pergunta. Para ser tripudiada como é do gosto do grupo no poder. Também não seria necessário, visto que a imprensa que o elogia das 8h às 20h estava lá, engalanada. E isso já lhe basta, acredito. É a massagem que o ego pede.
“É o que falta para a cidade deslanchar de vez: união”, sentenciou o burgomestre. Volto a perguntar: ele não tem união com quem? Será que estaria na verdade reclamando da parcela da população que não comunga com seus atos, fatos e modo de gerir o dinheiro público? Por que se for a oposição seu incômodo maior, tenho comigo que o prefeito tem se incomodado com pouca coisa, ultimamente, pois é tão ínfima na cidade a tal oposição. Não há razão para tanto chororô. A menos que, por união o prefeito esteja adjetivando a unanimidade. Numa simplificação da máxima dos Três Mosqueteiros: Ou seja, todos por um.
CONTRA, TAMBÉM!
O vereador João Magalhães (PMDB) vem de se manifestar contra o aumento de cadeiras na Câmara de Olímpia. Para ele, dez com qualidade está de bom tamanho. “O que precisa mudar não é o número de vereadores mas, sim, a qualidade deles”. Aliás, não vamos encontrar mais que três vereadores contra o aumento de cadeiras na Casa Legislativa. Tem um lá que diz ser contra, para consumo externo, mas já teria proposto, nos bastidores, que se quiserem aumentar para treze ele topa, desde que se criem 13 cargos de assessores comissionados. Só que ele votará contra. É a favor mas votará contra. Entenderam? Quer sair bem na foto, desfrutar da benesse sem desgastes. Esperto, não? Qualquer hora digo quem é.
MARKETING ASSIM…
Parece brincadeira, maledicência pura, mas há quem diga aqui e acolá que tudo o que está se passando agora no entorno de certa autoridade política seria o chamado marketing desumano. Pedem que preste atenção nas conversas, nas mensagens que emanam dos seus próximos. Tudo teria uma finalidade político-eleitoral. Seriam meios que se justificariam no fim. É de dar engulhos, a se crer nisso.
UM, DOIS, TRÊS….
Leio hoje no semanário Gazeta Regional que o público do Fefol passou de 100 mil pessoas, segundo informe do secretário Beto Puttini. Mesmo, secetário? Quem contou?
SÓ PARA LEMBRAR
22 de agosto – Dia do Folclore
Por definição, folclore é o conjunto das tradições, lendas e crenças de um povo cuja expressão se dá através da cultura, linguagem, artesanato, religiosidade, alimentação e vestuário de uma determinada região ou nação. O Brasil é dono de um dos folclores mais ricos do mundo, construído pelos índios, negros e brancos.
O Dia do Folclore foi instituído em 1965, quando o presidente da República, Castello Branco, assinou o Decreto Federal n° 56.747, denominando o dia 22 de agosto como o Dia do Folclore Brasileiro. Dois anos depois, no Estado de São Paulo, em 27 de junho de 1967, o governador do estado, Abreu Sodré, assinou o decreto nº 48.310, instituindo agosto como o Mês do Folclore.
A criação das datas que comemoram o folclore tinha como objetivo resgatar os personagens da mitologia brasileira. Os resultados foram positivos e a prova disso é o Saci, que há pouco tempo ganhou seu próprio dia, comemorado em 31 de outubro.
Até.
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