Bom, dito e feito. E lá se vai Marcelo Galette. Postamos aqui dias atrás, e reiteramos ontem, que a saída do provedor da Santa Casa era questão de tempo. Fomos contestados, quando levamos esta informação para o rádio. E como postei ontem, a “Folha da Região” foi ouví-lo após darmos a informação e ele disse que não, não iria sair agora. Não iria “abandonar o barco”, até para gáudio do jornal, que estaria ali, “desmentindo” a rádio e até mesmo este blog. Mas, “bancamos” a informação ainda ontem, porque a fonte era securíssima. E, mais uma vez, acertamos na mosca, para total contrariiedade de uns e outros, que insistem em dizer que, aqui, só fazemos “ilações”.
A informação chegou agora pela manhã, mas o pedido de, segundo Galette, “afastamento” foi oficializado ontem à noite, em reunião no hospital, da qual teria participado também o prefeito Geninho (DEM). Disse Marcelo Galette hoje pela manhã que não é renúncia à função mas, sim, pedido de afastamento “por 30 dias, prorrogáveis por mais 30”. Perguntei se ele pretendia, de fato, voltar. “Assim que resolver meus problemas financeiros, pretendo retornar”. E quanto tempo isso levaria? “Se pedi 30 dias, é porque devo resolver em 30 dias”, enfatizou.
É claro que não se tratava de uma inteira verdade. Eu classifiquei o que disse Galette – com todo respeito – como uma “mentira datada”, ou seja, duraria 3o dias somente. Mas, parece que não durou 30 horas. Talvez repensando tudo, logo em seguida à entrevista à Rádio Menina-AM, a assessoria de Imprensa da prefeitura liga dizendo que ele concederá uma coletiva ainda hoje, às 17 horas, em sua empresa. Provavelmente vai colocar às claras a sua decisão, que certamente não é um simples afastamento, mas renúncia.
Esta decisão de Galette também foi reveladora num outro aspecto: naquele que mostra a situação anômala da diretoria daquele hospital, que estava até então sem a vice-provedora, e sem os primeiro e segundo secretários, todos eles afastados das funções. E seriam eles, por ordem hierárquica, a assumir a provedoria do hospital. Mas, esta situação anômala, se descoberta sem mesmo a renúncia de Galette, ensejaria, talvez, a dissolução da diretoria, porque estava sem três de seus principais integrantes. E estava, também, sem um dos 10 membros da Mesa Admistrativa, também renunciante ao cargo.
Portanto, um verdadeiro pandemônio administrativo o prefeito Geninho (DEM) implantou na Santa Casa, que começava já na formação de sua diretoria. E do qual adveio o caos absoluto, que praticamente transformou o hospital em uma “casa da morte”, e não de socorro, recuperação da saúde, de salvação, de garantia da vida.
Agora a promessa é resolver a situação o mais rápido possível, colocando na provedoria o advogado Mário Francisco Montini, integrante da Mesa Administrativa, mas que sequer compareceu à eleição do ano passado para votar.
Já foi antecipado, também, que esta nova diretoria a ser eleita deverá ter como provedor o olimpiense Carlos Abreu, que em tempos passados, consta que na provedoria de Issao Nakamura, já falecido, foi funcionário da Santa Casa. Por algum motivo teria sido demitido e logo após teria entrado com ação trabalhista contra o já combalido hospital. O resultado seria um pagamento em acerto da ordem de R$ 20 mil, isso nos idos de 2000, quando era prefeito José Rizzatti, hoje secretário municipal de Agricultura. Abreu era administrador do Hospital. E agora voltará como provedor?
Até. (PS: Caso haja algo muito relevante, pode ser que ainda hoje post alguma coisa sobre a entrevista desta tarde)
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