Com a aprovação e promulgação do projeto de lei que instituiu mais um “trenzinho da alegria” na cidade, semana passada, esta semana o prefeito Geninho (DEM) já tratou de dar curso ao preenchimento de novas vagas criadas, promovendo um “rodizio” entre comissionados, com exonerações de um cargo e nomeação em outro, um verdadeiro troca-troca. Aí, pouco importam suas aptidões, o que vale, ao que parece, é o acomodamento político, como é praxe.
Assim, foram exonerados de seus cargos os servidores Manoel dos Santos, o Nelito Santos (do Tablóide da Nova Paulista), do cargo de assessor de Comunicação; julio César Faria, o Julião Pitbull, do cargo de assessor de Redação; Ana Lúcia Eschiapatti, do cargo de assessor Administrativo; Andresa Carla Maieiros, (do Gazeta Regional) do cargo de assessor Administrativo; Silas Rosa, do cargo de assessor Administrativo; Rita de Cássia Gomes Mathias, também do cargo de assessor Administrativo.
Na mesma edição da Imprensa Oficial do Município de hoje, os quatro primeiros, jornalistas Manoel dos Santos, Júlio César Faria, Ana Lúcia Eschiapatti e Andresa Carla Maieiros, foram em seguida nomeados para os cargos de assessor de Imprensa, os quatro criados dentro do projeto do “trenzinho da alegria”. Já Rita Mathias foi logo nomeada assessora do Banco do Povo, e Silas Rosa, Gestor do Banco do Povo. Ainda dentro do troca-troca promovido pelo prefeito, João Lucas Ferraz foi exonerado do cargo de diretor de Serviços e passou a ser o novo gestor da Incubadora de Empresas.
Para quem não se recorda, o Projeto de Lei Complementar 123, aprovado em segundo turno e redação final em sessão ordinária da Câmara segunda-feira da semana passada, criou 43 cargos na área da Saúde, sendo apenas sete para médicos e 36 para os chamados paramédicos, e reajustou os salários dos especialistas em quase 50%, passando dos atuais R$ 1,35 mil para R$ 3 mil. Já psicólogos, assistente social, técnico em enfermagem, enfermeiros, etc., permaneceram no patamar de R$ 1,35 mil, mas exigem paridade.
O projeto também excluiu os cargos de assessor de comunicação, e assessor de redação, mas criou, em regime de comissão (livre nomeação do prefeito), quatro cargos de assessor de imprensa e um de gestor da Imprensa Oficial (este ainda não nomeado; aguardemos a surpresa). O cargo que mais gerou controvérsias na Câmara, foi o de gestor de Ouvidoria, que apesar de exigir apenas o Ensino Médio completo, tem salário de R$ 3.338,40, valor acima de qualquer outro em comissão criado, que exigem Ensino superior, exemplo do gestor do Banco do Povo, cujo salário é de R$ 2.003,04.
Para a área da Saúde foram criados sete cargos para médicos (cardiologista, ortopedista, psiquiatra, pneumologista, radiologista, ultrassonografista e veterinário), além de oito cargos para assistente social, dois para fisioterapeutas, dois para fonoaudiólogos, quatro para psicólogos, um para nutricionista, e 5 para técnicos em enfermagem, dois para terapeuta ocupacional, e um para enfermeiro.
Fora da área da Saúde o projeto cria 20 cargos de motoristas, dois para engenheiro agrônomo, um para bibliotecário, cinco para fiscal de posturas, um para museólogo, um para contador especialista, três para engenheiro civil especialista, e outros três para engenheiro ambiental, arquiteto e supervisor de expediente. Todos estes cargos terão que ser preenchidos por concurso. Os salários variam de R$ 890,24, o mais baixo, a R$ 3,5 mil, o mais alto, para contador especialista.
Já os comissionados são para os cargos de gestor do Banco do Povo, assessor do Banco do Povo, assessor de Governo, gestor de Incubadora de Empresas, gestor da Imprensa Oficial, assessor de Imprensa, assistente divisional e gestor de ouvidoria, num total de oito cargos, com 12 vagas. Os salários variam de R$ 1.836,12, o mais baixo, a R$ 3.383,40, o mais alto. Estes cargos serão preenchidos livremente pelo prefeito Geninho.
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