A Câmara Municipal de Olímpia vai entregar, na próxima sexta-feira, 15, em sessão solene, o título de Cidadão Honorário de Olimpia ao chefe do 2º Distrito do Departamento Nacional de Proteção Mineral-DNPM, geólogo Enzo Nico Júnior. A idéia foi do vereador Agnaldo Moreno, o Lelé (DEM), acatada pelos demais companheiros de Casa de Leis. Nico Júnior, todos se recordam, já foi considerado o “vilão-mor” na cidade, por conta daquele episódio – esquisitíssmo, diga-se de passagem, por todas as suas nuances! – de lacração e deslacração dos poços do Thermas dos Laranjais.
O fato se deu em 10 de agosto de 2009. Ele chegou com tudo, acompanhado da Polícia Federal de Rio Preto, e sem mais aquelas, mandou lacres nos poçoso, submetendo Olímpia a um dos maiores vexames de sua história. Alegou falta de licença da União para funcionamento. Os poços tinham licença apenas do DAEE, órgão estadual. Depois de uma correria danada, prejuízos para os cofres do clube e muita, muita “arrumação” política e de bastidores, resolveu-se o problema.
No dia 31 daquele mês, ou seja, 21 dias depois, o homem, pessoalmente, voltou à cidade, deslacrou os poços, e até foi recebido em coquetel e foguetório no próprio Thermas dos Laranjais. E ainda disse, compungido: “Sem o Thermas, a cidade morreria economicamente. Felizmente, tudo terminou bem”. Pois é, terminava bem o que não deveria nem ter começado. Talvez tocado por estas palavras, o vereador Lelé entrou com projeto de decreto legislativo concedendo a Nico Jr. o título de Cidadão Olimpiense. Pois é, mais solenidade, mais festa, mais foguetório….
TEORIA DA CONSPIRAÇÃO
Bastou o vereador Dirceu Bertoco (PR) anunciar um provável afastamento por tempo determinado da Casa de Leis para surgirem, aqui e ali, teorias conspiratórias as quais, ele jura, não condizem com a verdade dos fatos. Ele reluta em aceitar o convite que os deputados Valdemar da Costa Neto, federal, e André do Prado, estadual, para quem trabalhou na cidade, fizeram a ele, para ser o assessor na reestruturação partidária na capital paulista, porque ambos querem dedicação integral do vereador.
Ele teria, então, que ficar longe da Câmara. Diz que está difícil recusar, mas que vai pensar muito nisso. Uma das alternativas aventada é a do afastamento durante o recesso de julho, e quem sabe um mês a mais, mas voltaria à função logo em seguida. A outra, é a dupla aceitar que ele cuide do partido por aqui mesmo, e nas cidades mais próximas. Caso ele se afastar, abrirá espaço para o suplente da coligação, Marco Coca.
E aí é que entra a teoria conspiratória. Há na Câmara, pendente de tramitação e votação, um projeto de Lei que segundo interpretações de alguns, teria o objetivo de dar o “tiro de misericórdia” na Associação dos Funcionários Públicos Municipais de Olímpia-AFPMO e, por conseguinte, em seu presidente-tampão, Antonio Delomodarme, o Niquinha. Esta especualação dá conta, ainda, de que Bertoco estaria sendo o maior entrave para a tramitação deste projeto.
Foi ele quem pediu a retirada, para vistas, do tal projeto que torna obrigatória a apresentação de uma gama de documentos impressionante por entidades que recebem recursos da prefeitura, que muitos juram, Niquinha não tem, nem tem como providenciar. Assim, não haveria repasse. Assim, a AFPMO se complicaria, e muito. Assim, Niquinha, finalmente, sucumbiria à ira administrativa. Com a saíde de Bertoco e a entrada de Marco Coca, continuam os teóricos conspiratórios, o caminho estaria livre para a entrada do projeto, votação e aprovação, porque Coca seria o “Sétimo Cavaleiro”.
Bertoco jura que não é nada disso. Que sairá, se sair, por pouco tempo, e para atender, de verdade, o convite recebido. Os conspiradores já dizem que haveria uma combinação entre o vereador e o prefeito Geninho (DEM). Bertoco bate o pé e diz, enfático: “Ai de quem colocar este projeto na minha ausência”. Esperar para ver.
Até.
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