Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: janeiro 2011 (Página 1 de 3)

SOBRE ‘A UBS E A IMPOTÊNCIA DO EXECUTIVO’

Já havia postado aqui, também com base em material publicado pelo semanário “Folha da Região”, comentário a cerca da problemática ora instalada no entorno e no interior do prédio abandonado da Unidade Básica de Saúde-UBS, do Jardim Santa Ifigênia, cobrando a responsabilização de quem de direito, pelo estado em que hoje se encontra aquele imóvel público. Quais sejam, o prefeito municipal e sua secretária municipal de Saúde, por extensão. O prédio foi inteiro depredado, ficando numa condição na qual não se encotrava quando foi fechado para reforma.

Mas, o interessante a ser notado quanto ao jornal, está na forma de tratamento que vem dando ao assunto. Busca-se, ao que parece, a social-criminalização do fato, quando ele é, por suas características, perfeitamente político-administrativamente criminalizável. Sob o título pomposo de “A UBS e a impotência do Executivo”, editorial daquele jornal tenta transportar para Olímpia, em síntese, as características de uma situação que se vive hoje no Rio de Janeiro, onde o Estado busca recuperar os espaços perdidos nas comunidades de morro para o tráfico.

O título de capa “Autoridades não conseguem reaver prédio de UBS ocupado para uso e tráfico de drogas” é bastante revelador desta imagem “torta” que se tenta imprimir ao fato. Primeiro, que é inadmissível que autoridades constituídas do município não consigam “reaver o prédio”. Todos sabemos que, digamos, felizmente para a cidade, o tráfico ainda não alcançou proporções de grandes metrópolis, nem há que se falar em “ocupações” do que quer que seja, por seus praticantes. Justiça seja feita, embora com foco distorcido, o editorialista vai na jugular do Governo Municipal quando diz: “O poder público, (…) no tocante à UBS que foi fechada para futura reforma, extrapolou de sua incapacidade administrativa.”

Foi, também, correto ao adotar a linha de raciocínio já traçada por este blog, no post anterior “Prédio da UBS: que tal apurar-se responsabilidades?” (24/01), ao reforçar que “seria e é dever do Executivo cuidar de seus bens patrimoniais e outros com responsabilidade, porém não é isto o que está ocorrendo naquela UBS”. E mais ou menos acerta quando diz, por vias tortas, que o prédio nada tinha de tão ruim, que precisasse de uma reforma pela base, estrutural, como vai precisar agora.

Mas, falha completamente no seu “olhar jornalístico” o autor daquelas linhas, quando diz que “depredadores transformaram aquele espaço tão útil à população mais carente em um caos completo, abandonada que foi pelo poder público”. Porque coloca-se o poder público como mero ator passivo no caso, e os “depredadores” como os entes ativos, nocivos à “população mais carente”. Quando, o certo, seria inverter o grau da culpabilidade neste momento.

Depredadores, categoria cunhada pelo editorial, são os outros, ou são mais fortemente aqueles que têm o dever e o poder de cuidar, de preservar, e acima de tudo manter um bem público em plena atividade, e não o fazem?

A depredação física daquele próprio municipal é uma consequência do abandono, do desleixo, do pouco caso com o patrimônio público, e não a causa. Esta ocorreu porque antes houve uma outra, que chamaremos de depredação institucional no tocante ao prédio. E mais: o que pode trazer desconforto para a vizinhança, insegurança e medo, não são propriamente “as atitudes marginais que ali eram vistas durante a noite, e que a ousadia trouxe para a luz do dia”.

Todos esses estados do ser se mostram mais nítidos quando não há por perto destas comunidades, o Poder Público na figura das ações sociais de modo geral, com ênfase na saúde, o que é o caso. Estes milhares de seres em desconforto, inseguros e cheios de medo, tiveram suas rotinas cotidianas mudadas da noite para o dia, numa “penada” de quem se acha conhecedor e senhor de todas as aflições humanas.

Obrigados a buscar, a quase um ano, a atenção médica ou o aviamento de suas receitas a uma distância três, quatro, até cinco vezes maiores que antes, haja paciência para suportar tal situação.

Se “está tudo dominado”, como decreta o jornal, pouca importância isso tem para aqueles moradores dali. Qualquer sociólogo de banca de faculdade sabe que situações como essas são fatos comuns e inseridos naquele cenário, a tal ponto de nem gerar tanta indignação assim. Gera indignação, isto sim, aquilo que o editorialista diz logo depois: que o poder Executivo, que detinha aquele espaço público, “agora se mostra totalmente impotente para retomá-lo”.

Mas, esta retomada não deve ser aquela belicosa, a que alude o texto, a retomada “teritorial” pela força das armas. A retomada que se espera é a retomada moral do espaço, e administrativa de suas funções. Os depredadores estão lá porque encontraram espaço vazio, abandono, campo fértil. Quererão eles o confronto, ao bem da sociedade ali vivente? Quem aposta que quererão uma alternativa justa e resolutiva àquela atual situação?   

Ao final, o jornal, em seu editorial, faz uma sinuosa digressão sobre o fato, insistindo em que, por ora, melhor seria “que outros poderes (…) sejam acionados” (O quê? Exército, Marinha, Aeronáutica, Tiro de Guerra?), para resolver uma situação que pode, “diante da confessada incapacidade de resolver o problema, se estender para outros (pontos da cidade)”.

E o pior é o diretor da Progresso e Desenvolvimento Municipal-Prodem, Vivaldo Mendes, vir endossar a “via dolorosa” traçada pelo jornal, ao afirmar em entrevista que a autarquia destacou um guarda para “inibir as situações constrangedoras que estão ocorrendo naquele próprio municipal”, mas os frequentadores dali “expulsaram o guarda de onde já consideram território seu”. Como assim?

Que me perdoe o editorialista, mas “situação constrangedora” é o abandono absoluto por que passa aquele próprio municipal. Situação constrangedora é sócio-criminalizar o que é, na essência, verdadeiramente político-administrativamente criminalizável. O que virá doravante – não sendo ação prática para varrer das nossas vistas tão lamentável situação – serão falácias.

Até.

OS ESCRIBAS, OS ESCRIBAS!

Dois pesos, uma só (des)medida. Incoerência, este é o teu nome, também pode ser usado como bordão neste caso. Tratam-se dos semanários Gazeta Regional e Tribuna Regional, de Olímpia, edições deste sábado, 29. Ambos são a própria imagem da contradição político-jornalística. No caso do Gazeta, mais uma vez o foco é a coluna “Metendo o Bedelho”, que já classifiquei aqui como depósito de excremento mental. A tal ponto que, na edição deste sábado, dois comentários ali publicados são, simplesmente, surreais.

Por exemplo, os escrivinhadores do Gabinete entram de “sola” no colunista do semanário Planeta News porque este, na coluna “Entre Nós da Redação”, teceu críticas ao painel eletrônico sem uso até hoje, dois anos depois de comprado, e ao armário para os arquivos da Câmara, ambos adquiridos pelos ex-presidentes Chico Ruiz e Hilário Ruiz, por R$ 128 mil e R$ 65 mil, respectivamente. Diz o colunista, segundo o Gazeta, a certa altura: “(…) Para o povo, se antes tínhamos o Chico do Painel, agora entra para a história o Hilário do armário (…)”. Por incrível que possa parecer, os escribas tomaram as dores…de Hilário Ruiz!

Ambos são classificados, pelo semanário, de “duas autoridades que deviam merecer respeito”. E mais, que se o cidadão ainda não foi julgado por todas as instâncias jurídicas, “deve ser considerado digno’. E que “não se deve partir para a galhofa, julgar sem fundamentos verdadeiros”. Depois, ainda condoídos, os escribas do Gabinete saem também em defesa de toda a Câmara Municipal, chamada de submissa e subserviente, além de homologatória das ações do Executivo, e cega obediente de suas ordens, pelo Planeta. Tratam de “atrevimento” o que foi escrito, e pedem a reação deles, vereadores. E, mais, dizem tratar-se de oposição “sistemática e inconsequente”.

Tais queixumes até que poderiam ser levados a sério, se não a nota em questão não viesse revelar o que já se sabe sobejamente: que tudo o que está ali escrito, não é a opinião do colunista, somente, mas a materialização do senso comum olimpiense. E poderia ser levado a sério se não viesse como uma tentativa de cooptação do ex-presidente Ruiz, o que se demonstra ao final, de forma até constrangedora ao vereador, imaginamos, quando tais escribas lá colocam, com todas as letras: “CONSELHO – Alô Hilário Ruiz, junte-se aos bons”.

De resto, tal defesa tem endereço certo e motivação específica. Portanto, falsa irritação, pérfida encenação de maus atores públicos. Pois eram eles mesmos, naquele mesmo espaço, que não pouparam um momento sequer o então presidente Hilário Ruiz, chamado, desrespeitosamente, toda semana, de “Lalo”, pelos escribas. E a seu respeito muitas coisas eram escritas, insinuadas, invocadas, sempre de forma desrespeitosa, jocosa. Ali, sim, dava-se um conceito de valor ao “ilustre vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Hilário Juliano Ruiz de Oliveira”, nível zero. O que mudou agora? É que eles foram orientados a tratar Hilário Ruiz como “pó a ser cuado” nos dias vindouros para o “doce café” do alcaide .

SANTA CASA
Outra nota nonsense da coluna diz respeito a matéria publicada pela mesma coluna do Planeta News semana passada, tratando da Santa Casa no tempo em que Helena Pereira era provedora, enaltecendo o fato de que, durante suas gestões, ela “construiu, reformou, equipou o hospital com verbas destinadas pelos governos estadual e federal”. Claro que os escribas não gostaram. E se apressaram em “dar o troco”. Tanto, que acabaram por meter os pés pelas mãos. Confundindo todas as bolas.

Eles cobraram o “esquecimento” do colunista quanto a “verbas municipais”. E tascaram lá que em 2009 o hospital recebeu subvenções – repito, subvenções – no valor de R$ 737.606, e em 2010, no valor de R$ 916.900. Eles só se esqueceram de dizer que subvenção não é verba, nem recurso “livre”. Trata-se de valores para subsidiar o hospital no que diz respeito ao pronto socorro somente. Correspondeu, em 2009, a R$ 61,5 mil por mês. e em 2010, a R$ 76,5 mil por mês.

O que as pessoas talvez não saibam, e os escribas precisam entender é que este dinheiro não pode ser usado para reformas, construções, ou compra de equipamentos. Ele serve apenas e tão somente para pagar procedimentos médicos no Pronto Socorro, porque o município não tem o seu PS próprio. Para quem não sabe, foi firmado um contrato entre o município e a Santa Casa, lá atrás, ainda na primeira gestão do ex-prefeito Rizzatti, hoje secretário do Alcaide na Agricultura, possibilitando que o PS municipal, na Deputado Waldemar Lopes Ferraz – hoje Centro de Atendimento ao Idoso – fosse desativado.

Assim, a prefeitura passou a pagar, todos os meses, pelos atendimentos feitos no PS do hospital, com base no número de atendimentos feitos. Pagamento este, hoje totalmente defasado, diga-se de passagem. É por isso que existe esta relação entre hospital e Poder Público. Se não, cada um estaria cuidando de sua vida, agora, separadamente. Entenderam porque os escribas “pisaram na bola”? Estavam afoitos em dizer que o “Grande Mestre” também tem parte naquele “latifúndio”, quando a parte que lhe cabe, na verdade, é a acelerada derrocada em que meteu o hospital.

Quanto ao Tribunal Regional, o que há para se dizer é pouca coisa: o interesse contrariado às vezes cega as pessoas. O jornal tem vindo toda semana sem tréguas para cima do alcaide que, antes, era o “queridinho” de suas páginas. Hoje, acorda todos os sábados com a faca nos dentes. Assim se faz a história do jornalismo olimpiense. Regido pela conveniência. Uma pena.

Até.

EM CAMPANHA, GENINHO ABRE A ‘CAIXA DE BONDADES’

O prefeito Geninho (DEM), mais uma vez, como é praxe, acionou a “ferramenta” chamada Leonardo Concon, alí, sempre à mão, para, segundo a manchete do blog que não é blog, que vai virar portal, “desmentir ‘informações erradas de semanários’ e esclarecer sobre uniformes e kit”. Diz o blog que não é blog, que o prefeito desmentia os números, que não eram aqueles divulgados – R$ 151 cada uniforme completo, e R$ 36 cada par de tênis, na média.

Teria dito o prefeito ao blog que não é blog: “As matérias estão equivocadas, os jornalistas poderiam ter procurado nossos secretários para as informações corretas, somos transparentes e não temos nada a esconder.”  A partir daí revelou que, no total, o município vai investir R$ 1,239 milhão com uniforme e kit escolar para os alunos do ensino fundamental. “O jornal traz que os alunos receberão bermudas, camisetas, meias e tênis, classificam isso como kit, sendo que o kit é outro, o do material escolar, e ainda diz que vamos gastar R$ 880 mil, nada condiz com a realidade”, teria dito um irritado prefeito. “Vamos gastar muito mais”, comemorou.

“Estamos comprando para cinco mil alunos. Isso pode diminuir ou aumentar, mas se considerarmos esse número, cada criança custará R$ 247,80 para o município”, revelou.

Então, o blog pergunta: onde está o equívoco? O valor dos kits a serem fornecidos para os alunos está correto. O valor, dividido pelo número estimado de alunos dá aquele divulgado, ou não? O valor, no caso dos tênis, dividido pela média de alunos dá aquele mesmo, ou não? Agora, se o prefeito vai gastar mais, muito mais que isso, então esta é a novidade. E, sinceramente, não sei se boa ou ruim. Numa primeira olhada, parece boa. Mas, nos detalhes, pode-se ver o diabo.

Os alunos da rede municipal de Ensino receberão uniforme, tênis e kit escolar, tudo completo e personalizado. Serão duas camisetas para cada criança (uma de manga curta e outra cavada), duas bermudas, dois pares de meia, um tênis e uma pasta tipo mochila contendo todo o material necessário para as atividades desenvolvidas dentro da sala de aula. Tudo para ser entregue em 60 dias – atentem para o prazo, porque por aqui este quesito tem sido muito irrelevante ultimamente.

Os uniformes (camisetas, bermudas e meias) custarão R$ 359 mil e serão fornecidos pela empresa Leandro de Souza Sória-ME, de São Caetano do Sul, vencedora do Pregão Presencial nº 77/11. Esta mesma empresa venceu o Pregão Presencial nº 79/11 para fornecimento de tênis, ao custo total de R$ 170 mil. O kit escolar – com todo material pedagógico e uma mochila – será fornecido pela EJV Moura Uniformes-ME, de Itanhaem, litoral de São Paulo. Ela venceu o Pregão Presencial 78/11. O valor do kit completo e personalizado é de R$ 710 mil.

Pois bem, qual a diferença entre aquelas informações e essas de agora? Que o preço de R$ 151 não é do uniforme mas, sim, do kit? Portanto, nada há que justifique tanta gritaria. O caso é o seguinte, se ninguém ainda percebeu, o prefeito Geninho já está em campanha aberta pela reeleição. E, para tanto, a “caixa de bondades” começa a ser escancarada. Tudo bem que as crianças recebem uniformes, quesito no qual, nos dois últimos anos, houve muita negligência e pouco caso. Tanto, que no primeiro ano de seu Governo não houve a distribuição dele. No ano passado, ele chegou no meio e gastou-se algo em torno de R$ 80 mil.

E agora, de uma hora para outra, o prefeito vê-se imbuido da maior boa vontade do mundo e contempla milhares de mães com material escolar e mochila. Por que não foi feito isso como meta da Administração para a Educação, e assim se proceder desde o primeiro ano de Governo? Podem dizer o que quiserem, podem aplaudir os “bate-paus”, podem ficar felizes as mães, mas uma coisa salta aos olhos: o prefeito Geninho está em plena campanha eleitoral. Correndo contra o tempo. E esse método marquetológico na Educação talvez seja apenas a ponta do iceberg eleitoral do alcaide.

Porque, é sabido, a nossa rede municipal clama por qualidade de Ensino. Doar material escolar, uniforme, tênis e quetais teria que ser apenas um apêndice num trabalho em profundidade neste setor, e não sua principal força motora. A Educação de nossas crianças talvez não renda uma aparição na TV, ou nem visibilidade ao alcaide quando a criançada estiver nas ruas, mas propicia que formemos uma geração de valor educacional incomensurável, para quando ele já não mais aqui estiver.

É bom lembrar o prefeito que o município vem experimentando evolução crescente no nível de ensino na rede municipal desde 2005, conforme mostraram os levantamentos do Índice do Desenvolvimento no Ensino Básico-IDEB, divulgado ano passado, com referência a 2009, mas cujas provas foram feitas no final de 2008. Na comparação, a melhora na qualidade do aprendizado das crianças de 1ª a 4ª séries, cresceu de forma ininterrupta nos três últimos IDEBs – 2005, cujas provas foram feitas no final de 2004; 2007, cujas provas foram feitas no final de 2006, e 2009.

Os números referentes especificamente ao Governo Geninho serão divulgados este ano, com as provas realizadas no final do ano passado, em novembro. Os números acima referem-se ao Governo passado. O que mostrou o IDEB 2009, na verdade, é o que o prefeito que Geninho sucedeu fez na área. Ainda não se sabe que níveis os estudantes alcançarão a partir deste novo Governo. E o que se espera é que, no mínimo, tenha se mantido o mesmo padrão, caso não tenha melhorado. Porque piorar neste aspecto é assinar atestado de incapacidade de gestão.

Porque o horário integral foi para as calendas. E na merenda já perdemos a excelência faz tempo. Portanto, espera-se na Educação, menos pirotecnias e “factóides” marquetológico-eleitorais, e mais essência. Queremos crianças sábias e bem educadas para gerir esta cidade com responsabilidade e conhecimento no futuro, do que crianças e mães afagadas com objetivos claros de garantir votos na urna.

Até.

‘MINHA CASA, MINHA VIDA’ – UM RAIO-X

A Construtora Pacaembu, responsável pela construção em Olímpia das 786 unidades do conjunto residencial “Minha Casa, Minha Vida”, vai instalar escritório em Olímpia. A empresa quer ficar bem perto da obra, para evitar maiores problemas, e também para facilitar a vida do mutuário que quer encaminhar documentos e buscar informações. A empresa usa uma sala emprestada pelo Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais, na 9 de Julho, atualmente.

A instalação de escritório próprio na cidade vem também como resposta a algumas denúncias feitas aos responsáveis pelo marketing da empresa, Cláudia Lacerda e Willian Batista, da Lacerda Comunicação Empresarial, de Rio Preto, na semana passada, pessoalmente, pela editoria do semanário “Planeta News”. ‘Diante destas denúncias, a Pacaembu está em Olímpia procurando escritório para se instalar’, disse Willian Batista.

Estivemos visitando as obras na manhã desta quinta-feira, 27. Segundo o gerente de contrato do “Minha Casa”, engenheiro Denis Gomes Silva, “a obra está inteiramente dentro do cronograma”. “Na verdade, está 18% acima do planejado”, complementa Batista. O prazo de entrega, entre setembro a outubro deste ano, está garantido, segundo Renato Bazan, engenheiro responsável pela construção das casas. Também esteve acompanhando a visita a corretora Siene Santos.

TERRENO
Uma das questões colocadas pelo Planeta na visita recebida na quinta-feira da semana passada, diz respeito à transação do terreno onde a obra está sendo erigida, de 11.6 alqueires, ou mais de 225 mil metros quadrados, na região do Jardim Menina-Moça II, abaixo do seringal ali existente. De acordo com Batista, não houve intermediação. Ele não revelou o valor pago pela área, segundo ele porque os proprietários não autorizaram a divulgação.

Mas, garantiu a lisura da transação. “A Caixa aprovou o projeto e a negociação foi feita diretamente entre a construtora e o proprietário”. A informação que o jornal dispunha dava conta de que pelo menos três corretores teriam intermediado a venda, o que Batista não confirmou. “Ninguém fez intermediação”, frisou. Sobre a estipulação do valor, disse que varia de acordo com a “qualidade” do terreno.
Cada área correspondente à casa será depois transferida para o mutuário em forma de registro de posse, inicialmente. Este registro possibilita que o proprietário possa transferí-lo a parentes, se algo acontecer ao titular.

TAXAS
Quanto à denúncia de pagamento de taxas que mutuários estariam fazendo fora do compromisso formal cobrado por boleto da Caixa, Batista também negou. “A empresa reforça que o único local autorizado para receber é a Caixa. Se estão afirmando que pagam taxa ‘por fora’, é mentira. Está previsto que a Caixa é a gestora do dinheiro. Os que se julgam lesados devem procurar a polícia, tomar as medidas cabíveis.”
“Pessoas de má-fé tem agido em muitas cidades desta forma. Num destes casos, uma moradora denunciou o caso ao próprio prefeito. Ele a mandou procurar a polícia. É o mesmo posicionamento da Pacaembu.”

VISITAS
Quanto a visitar as obras, conforme sugeriu o superintendente da CEF quando da assinatura de contratos na Casa de Cultura, o engenheiro Denis Silva foi taxativo: “Não estão autorizadas, por enquanto. Vai haver o período certo, mas normalmente não tem (visitação em obras como essa).” Já Willian Batista diz que a possibilidade está sendo estudada, por meio de uma “casa-modelo” margeando a rua.
“Não posso permitir que fiquem atravessando a obra. Dificilmente (a visita) vai acontecer. Mas, se for exigência da Caixa, assim faremos”, observa Silva. “Sei que estamos lidando com o ‘sonho da casa própria’. E isso mexe com o emocional das pessoas. Mas, não podemos colocar em risco a integridade física delas”, explica Willian Batista.

NÃO-PAGAMENTO
Sobre o fato gerador do grande “barulho” em torno do programa na cidade, a afirmação feita por funcionários de que não estavam recebendo “há 22 dias” e por isso a obra poderia parar, também não houve comprovação. Os engenheiros Silva e Bazan, inclusive, disseram desconhecer o ocorrido com a empresa MPM, de Olímpia, à qual se referiram os trabalhadores. “Esta empresa é uma das que prestam serviços (à Pacaembu). Eram pessoas que haviam sido desligadas da obra e aguardavam o prazo legal, dentro da CLT, para receber”, explicou Batista.

“Todos os pagamentos para a empreiteira estão em ordem, em dia. E não há nenhuma chance da obra parar. Aliás, a empresa teve que fazer um seguro que exige, entre outras coisas, o registro do funcionário via CLT, e cadastro detalhado de cada empresa contratada”. De acordo com ele, o problema havido, foi “na ponta” da obra. Mas, hoje a empresa tem feito “em dia e na data estipulada, todos os pagamentos”.

Segundo o engenheiro Bazan, a MPM tem, hoje, no máximo 14 funcionários. “São funcionários da empresa, e qualquer problema, é da própria empresa. As contratações são pela CLT. E a Caixa vem acompanhando tudo. Se (o trabalho) não estiver regular, ela não paga”, explicou.

Ao final, Denis Gomes Silva procurou ser tranqüilizador. “Este será um conjunto modelo. A qualidade e os prazos estão garantidos. Tenho certeza que os mutuários vão ficar satisfeitos.”

MUNICIPAIS QUEREM 11,32%, DEVEM LEVAR 8%

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Olímpia marcou para esta quinta-feira, 27, na Casa de Cultura, assembléia geral da categoria, com a finalidade de discutir uma pauta de reivindicações a serem feitas ao prefeito Geninho (DEM). Na verdade, será uma discussão sobre uma pauta que o prefeito já teve conhecimento prévio, uma vez que na tarde da terça-feira, 18, o presidente da entidade, Jesus Buzzo, lhe entregou em mãos. Nesta pauta está sendo pedido reajuste de 11,322%, índice da inflação de 2010 do IGP-M, da FGV.

Além do reajuste a partir de janeiro de 2011, data-base dos municipais, o Sindicato quer também que seja reajustado o abono assiduidade, mas com isenção da falta de pagamento quando o funcionário estiver em período de férias regulares. O Sindicato quer também negociar a implantação de um banco de horas extras e os percentuais de atividades insalubres, perigosas e penosas, que vêm sendo praticados, entre outras reivindicações de caráter interno no seio da categoria.

Não sei a forma correta, nunca fui sindicalista, mas me parece um pouco estranho o Sindicato primeiro revelar a pauta ao prefeito, parte interessada, para depois chamar os funcionários para discutí-la. Porque fico imaginando que não foi feita uma simples entrega e “até logo, obrigado”. Ambos, presidente e prefeito, devem ter conversado um bocado, assessores do lado, quando naturalmente o prefeito deve ter-lhe colocado, em “off”, talvez, a contraproposta que fará à categoria. E o que é possível e impossível de se atender daquela relação

Imagino, até, que Geninho deve ter descartado a maioria dela, se não toda a pauta, inclusive no que diz respeito aos percentuais. Tanto é que já anda circulando entre os funcionários municipais que o prefeito deve conceder reajuste de no máximo 8%, não concretizando, na categoria, a expectativa de receber “um bom aumento”, conforme prometeu Geninho no final do ano. Eles calculavam algo acima de 15%, para justificar a promessa feita.

É preciso fazer estas observações para evitar o que aconteceu ano passado, com o Sindicato praticamente obrigando os municipais a aceitarem os 4% oferecidos pelo Executivo. Espera-se que, desta vez, a categoria seja respeitada em sua decisão. Para o bem ou para o mal.

O FIM (OU COMEÇO) ESTÁ PRÓXIMO
Ontem falamos aqui a respeito da pendenga que a Administração Municipal está arranjando com a categoria dos médicos que servem à rede municipal. Aventamos a possibilidade de haver uma debandada e a Saúde municipal ser terceirizada para uma Oscip qualquer. E hoje tomamos conhecimento que o prefeito Geninho já deu o primeiro passo para provocar o turbilhão. Publicou um Aviso de Licitação, o Pregão Presencial nº 05/2011, para aquisição de relógio de ponto biométrico, para informatização e gerenciamento de ponto eletrônico dos funcionários das secretarias municipais de Olímpia, com abertura dos envelopes no dia 3 do mês que vem, às 9h30.

Ponto biométrico é aquele que o funcionário comprova sua presença e saída do trabalho por meio da digital. Para os municipais, vejo a decisão – caso de fato funcione – como positiva. Mas, e os médicos? É esperar para ver.

COMENTÁRIO A UM POST
A jornalista Andresa Maieiros, proprietária do semanário “Gazeta Regional” e assessora de imprensa do prefeito Geninho, em vista de postagem feita ontem à tarde neste blog, enviou-nos o seguinte comentário, que por sua relevância reproduzo aqui na face do blog, para que também possamos fazer nossas considerações. Diz o seguinte, a colega:

“Orlando, boa noite. Vc sabe o tanto que te admiro como profissional e te respeito como amigo – trabalhamos em lados ‘opostos’, assim vc sempre diz, mas já trabalhamos juntos e mantemos uma relação amigável. Na minha opinião o fato de ter um jornal não significa que somos concorrentes, isso não existe em cidade de médio ou pequeno portes, e sim em emissoras de TV ou cidades maiores. Não fico em busca do ‘exclusivo’, afinal, os jornais em Olímpia circulam apenas uma vez por semana.

Mas gostaria de deixar uma coisa bem clara: existe a Andresa assessora e a Andresa do Gazeta. Na assessoria de imprensa sou paga para falar das notícias oficiais. Sou paga com dinheiro público e por isso devo satisfação aos olimpienses que me ‘pagam’. Recebo pra fazer matérias, fotos, vídeos, tudo oficial, e tb para atender vcs, colegas de imprensa, quando precisam. Tenho tentado fazer um bom trabalho e vc sabe disso, ‘abasteço’ vcs de informações diariamente – apesar de nem sempre ser aquilo que vcs querem ler.

Minha parte faço, e tento melhorar a cada dia, porque pra mim isso é um sonho sendo realizado. Conheço o prefeito Geninho desde 1997. Já fiz trabalhos pra ele, acompanhei sua carreira política, participei diretamente de sua campanha, vitória, e agora do seu governo, porém como contratada, além de amiga. Acredito no prefeito e tenho certeza que ele está sendo um ótimo governante. Tenho amor e respeito pelo que faço.

Como assessora, quando não acreditar mais neste governo, saio, como na gestão anterior. Prefiro um prefeito ‘afobado’, louco por obras e com fome de desenvolvimento, que ouve nossas críticas e também cobra resultados, a ponto de reunir os funcionários e pedir que trabalhem, mostrando o que está indo bem e o que precisa melhorar (estou me referindo ao city tour). Prefiro milhões de vezes mais o atual ao anterior (as comparações são inevitáveis), que era mal educado, gritava com todo mundo, nunca foi capaz de reunir sua equipe nem para um churrasco e ainda fez Olímpia parar no tempo durante 8 anos. Penso assim como assessora de imprensa.

Agora, quanto ao Gazeta, meu jornal é pago por assinantes e anunciantes. Vc já trabalhou com a gente e sabe das dificuldades. Não reproduzo no Gazeta os textos que faço para a assessoria. Reproduzo as notícias. Não recebo nada para isso e não escondo que o GR é um jornal de situação. Pior é ‘cobrar’ para colocar notícias positivas ou receber para falar mal de alguém. Isso não fazemos (e não faça de minhas palavras uma acusação, ok?).

Só pra concluir. Vc está equivocado. Em nenhum momento do city tour (nome que a própria equipe deu ao dia da fiscalização das obras) o prefeito disse ou deixou transparecer que o “Objetivo real era encontrar eco nos veículos de imprensa locais que não rezam categoricamente em sua cartilha, que fazem a crítica dos desvarios, que tanto incomoda o alcaide”. Pelo contrário, nem mencionou esse tipo de coisa. Ele fez o papel de um líder que precisa ter a equipe unida, trabalhando e mostrando resultados, motivada e feliz.

Afinal, recebemos para isso e temos a obrigação de fazer o serviço bem feito. Ou vc acha que o prefeito não deve cobrar resultados? Ele não deve ser transparente com seus funcionários? Mostrar obra por obra, falar de valores? Ora, então não tem sentido ter secretários e assessores, não é?”

REPLICO: Não deu para atinar muito bem qual o ponto focado pela colega, porque o texto fala de várias coisas ao mesmo tempo, envereda por questões que nada têm a ver com o contexto, e concluiu com afirmações às quais sequer fiz menção no post de ontem. E o mais importante: Ela parece enfocar uma situação que não existe: quem lê, vai logo imaginar que tratou-se de uma crítica feroz à sua pessoa, quando nada disso aconteceu. Agora, quanto à coluna de seu jornal, no que diz respeito ao que foi publicado sábado passado, mantenho meu ponto de vista. Aquilo não é jornalismo. E ela sabe do que estou falando.

Um abraço, grande amiga (não se esqueça que a história jornalística desta cidade nos deve um bom pedaço!)

Até.

PRÉDIO DA UBS: QUE TAL APURAR-SE RESPONSABILIDADES?

O semanário “Folha da Região” trouxe como manchete de capa, em sua edição de sábado passado, 22, matéria intitulada “UBS do Santa Ifigênia pode estar sendo usada para consumo ou tráfico de drogas”. Trata-se da Unidade Básica de Saúde daquele bairro, que atende centenas e centenas de pessoas não só dali, mas também de regiões próximas, como Boa Esperança, São Francisco, Cohab IV, parte da Miessa e alguns outros pontos. Centenas e centenas de pessoas.

UBS que foi fechada por determinação do prefeito Geninho (DEM) em maio de 2010, segundo o jornal, sob a promessa de passar por reforma e novamente ser colocado em uso. Os pacientes dali foram todos transferidos para a UBS construída nos fundos do CDHU III, de cujo rol de atendidos passou a constar, também, os moradores das 129 casas daquele conjunto. Centenas e mais centenas de pessoas. Pois bem, passados nove meses, nada. Nem reforma, nem retorno dos atendimentos.

O que viu ali foi o abandono total. E a depredação, a destruição. E o que estava apenas necessitando de pequenos reparos e adequações, provavelmente agora necessite de obras de reconstrução. O que, talvez, necessitasse de alguns milhares de reais para ser posto em condições de uso, agora talvez vá consumir o dobro do estimado inicialmente. Porque o prédio, alguns equipamentos internos e até, ao que parece, arquivos e documentos, foram condenados ao abandono, ao descaso total, tanto por parte do prefeito, quanto da secretária municipal de Saúde, Silvia Storti. Para dizer o mínimo, um crime contra o erário.

O Capítulo V – “Dos Bens Municipais”, da Lei Orgânica do Município-LOM é claro neste aspecto, em seu artigo 116: “Cabe ao prefeito a administração dos bens municipais (…)”. E são bens municipais, segundo ainda a LOM, em seu artigo 115, “todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao município”. E sobre os secretários, a Seção IV – “Dos Secretários Municipais”, da LOM, diz que compete a eles “exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração municipal, na área de sua competência”.

Nem um, nem outro, cumpriu com suas mais básicas obrigações. Quais sejam, preservar, intacto, um imóvel urbano do município, construído e até então mantido com recurso público. Nenhum dos dois cuidou para que tal imóvel não fosse depredado, destruído. Nenhum dos dois teve o cuidado de guardar informações contidas nos prontuários, que formaram o arquivo histórico do local – pelo menos a foto estampada pelo jornal em sua página 7, dá a aparência de um monte de documentos jogados no chão e até parcialmente queimados.

A secretária Silvia Storti disse ao jornal que o prédio passará “brevemente”, por uma reforma, “voltando a ser utilizado logo em seguida”. Promessa feita no ano passado, quando o posto foi desativado. E agora no finalzinho do ano, o prefeito disse a este mesmo jornal que pretendia iniciar 2011 reformando a UBS “Dr. Clodoaldo Marins Sarti”, para entregar “em março ou abril”. Depois de deixá-la ser toda depredada, numa condição incomensuravelmente pior do que estava quando fechou.

Então, imaginamos que, para muito além do uso impróprio que se tem feito de suas instalações; para muito além do perigo que representa um logradouro no estado deplorável em que está o próprio da UBS para moradores das imediações; para muito além, até, da falta de respeito e consideração para com familiares e descendentes do renomado médico, haveria que se apurar responsabilidades.

E por enquanto vamos acreditar que se trata “apenas” de negligência do poder público. Por que, afinal, a quem interessaria o encarecimento de uma obra que se faria, no tempo certo, com poucos recursos?

Que falta faz uma Câmara Municipal numa cidade como Olímpia, e numa hora dessas.

AINDA DO MESMO JORNAL
Alguém pode me decifrar o que quis dizer o editorialista da “Folha da Região” neste trecho específico do Editorial de sábado passado? “A oposição está, mesmo que a disputa se mostre desigual nos números apresentados pelas pesquisas, se não lhe forem favoráveis, mesmo assim terá que ir para o confronto, ou então para o suicídio, o que não se cogita, senão não faz bancada legislativa. Dentro desta análise, se for verdadeiro os números até agora apresentados em off pela situação, corre-se o risco de enfim, por força da situação e não das imposições, para se ter candidatura única”. Agradeço muito a quem puder ajudar!

PARA FICAR NA MESMA ‘SEARA’
Diz o colunista Antonio Arantes, em sua coluna da “FR”, sábado, que segundo ata de reunião de assembleia do Conselho Municipal de Saúde – que o secretário-interino Paulo Marcondes, em substituição à titular da Pasta, que estava em férias, o teria presidido – o Ministério Público local estaria sabendo da situação dos médicos que atendem no município. “Ou seja, que não cumpririam nem as horas diárias que teriam que trabalhar por força do cargo que ocupam, que ao que se comenta, seriam quatro por dia. Segundo informações não trabalhariam nem uma hora”.

Diz o colunista que “o secretário interino teria afirmado que teria tido uma reunião com a promotoria e representantes dos médicos e da secretaria da Saúde para tratar sobre o atendimento médico. Isso pode significar que a partir de agora, alguma coisa deverá ser feita, pois o Ministério Público não poderá alegar que não recebeu a “Notitia Criminis”. Existe uma situação ilegal no município, qual seja, os médicos ganham para atender quatro, mas não trabalham nem uma (hora).”

O blog indica o que poderá acontecer: a terceirização também do atendimento médico em Olímpia. E o que está se fazendo agora segue o mesmo “enredo” do que aconteceu com a Santa Casa, lembram? A “tabelinha” com o Ministério Público que, diante da denúncia não poderá ficar inerte, terá que tomar uma atitude. Os médicos não vão aceitar – por razões óbvias: quem atenderá seus clientes, nas clínicas? E haverá uma debandada. Diante disso, “sem outra alternativa”, o alcaide, mais que depressa, chamará uma Oscip para cuidar da nossa saúde. Simples assim. Se alguém conhecer outro enredo, conte-o aqui.

Até.

O ‘CITY TOUR’ DA ESPERANÇA

O prefeito Geninho (DEM) decidiu ir para a contra-ofensiva esta semana, e partiu do princípio: “enquadrando” seu secretariado e vereadores da base governista. Da seguinte forma: botou todos mundo em um micro-ônibus escolar e rodou pela cidade durante quatro horas, parando aqui e ali para explanar sobre esta ou aquela obra. No total, foram anunciados investimentos de R$ 99,4 milhões – dos quais R$ 60 milhões com o “Minha Casa, Minha Vida”, empreendimento privado, que nada tem a ver com o rol de obras apresentado aos seus subordinados, inclusive coleguinhas da imprensa.

No que o prefeito batizou de ‘City Tour’ – e a população de ‘comitiva esperança’ -foram feitas visitas aos bairros distantes, às UBS lotadas de pacientes à espera de atendimento, ao “Minha Casa, Minha Vida’, com o fito de mostrar a eles que sim, tudo está caminhando normal, as obras não pararam e, pelo texto do semanário “Gazeta Regional”, da assessora Andresa Maieiros, só faltou o prefeito dizer que os pedreiros estavam “felizes” por estarem trabalhando ali, de tão piegas sua declaração.

É, sem dúvida, inusitado tal fato. Prefeito nenhum fez isso antes. Vereadores como Lelé (DEM), Zé Elias Morais (PMDB), Guto Zanette (PSB), Salata (PP) e Toto Ferezin (PMDB) também estiveram a bordo do pequeno veículo. Lembrando que Toto é o presidente da Casa de Leis. Assessoria de imprensa, fotógrafo e filmador oficiais também a bordo. A versão oficial: mostrar o que está sendo investido com dinheiro público, as dificuldades e os resultados.

Objetivo real: encontrar eco nos veículos de imprensa locais que não rezam categoricamente em sua cartilha, que fazem a crítica dos desvarios, que tanto incomoda o alcaide. Ele quer dos secretários uma maior participação e ação frente às críticas, ou seja, Geninho busca uma “blindagem” básica, pois, segundo os comentários surgidos após o ‘city tour’, se queixava de estar “apanhando muito” da imprensa ultimamente. Mas, não é só isso. O prefeito sabe que sua imagem não é das melhores frente à opinião pública, por uma série da fatores.

E sabe, também, que precisa reverter isso urgentemente. Porque as eleições batem à porta e ele busca, desesperadamente, a reeleição. Para não ver seu projeto político cair por terra. Se não se reeleger, o prefeito terá que buscar outro rumo para sua vida, quem sabe o de eterno assessor de Rodrigo Garcia, agora deputado federal. Se se reeleger, vai buscar uma cadeira na Assembléia Legislativa em dois anos após tomar posse. Animal político que é, Geninho sabe que hoje, dadas as circunstâncias, isso não está garantido. E com certeza suspira aliviado por faltarem, ainda, pouco mais de 21 meses para o pleito.

Mas é este tempo, um tempo que agora começa a ser contado para trás, cada dia que passa é um dia a menos na agenda para mudar tal panorama. Por isso, a “brigada” de secretários foi levada a esta “sabatina” obreirista, bem como vereadores de sua base na Câmara, que terão a missão de lá, enaltecer seus feitos, não criar empecilhos legislativos e muito menos de ordem legal, para que as coisas possam fluir da maneira que melhor convém ao prefeito. Agora só falta Geninho combinar isso com o povo.

FACA NOS DENTES
Se por um lado o prefeito usa a forma, digamos, ‘acadêmica’, para buscar o revertério em uma situação que não é nada confortável para ele, por outro libera seus “cães de aluguel” para, em seu nome, destratar e desrespeitar pessoas e famílias tradicionais da cidade, gente humuilde e honesta, que muita contribuição deu a esta urbe, exatamente ao contrário dos escrivinhadores do Gabinete, “chupins” do erário por excelência.

O ataque ferino e doentiamente maldoso está contido naquele depósito de excremento mental chamado “Metendo o Bedelho”, do semanário “Gazeta Regional”, da jornalista Andresa Maieiros, assessora de imprensa da prefeitura.

Mexer com família e familiares é coisa muito complicada, delicada, até porque, nem sempre quem rebusca passados, tem o seu ilibado a ponto de botar o dedo em riste na cara de alguém. Tipo ter telhado de vidro e ficar atirando pedra no telhado alheio. E muitas vezes até, não se tratam apenas de desvios de conduta, mas moral, ético, e de honestidade. É muito perigoso isso. Portanto, se o prefeito quer “limpar” sua imagem hoje um tanto quanto amarfanhada, riscada, detroçada frente à opinião pública, deve começar “faxinar” o seu quintal, depurar eticamente o grupo que o cerca.

Porque defendê-lo, forçar junto à opinião pública uma imagem de tocador de obras, de prefeito empreendedor, é uma coisa. Esquecer-se desta ação básica para atacar famílias honradas em seu nome, com o fito de rebater críticas, diga-se de pasagem, fundamentadas, infelizmente para ele, é outra totalmente diferente. É baixo nível puro. E perpetrado em nome de um mandatário do município.

Deve ser a tal herança sórdida dos tempos em que a política na cidade era feita nos subterrâneos, talvez em meio aos excrementos. Mas, uma alerta do blog: Tudo que começa mal (vide panfletos contra adversários), acaba mal um dia. A lei da ação e reação, o carma: “Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário”.

Até.

MERENDA É NO VAPT-VUPT!

O prefeito Geninho (DEM), quando se trata de privatizar, ele não brinca em serviço, é rápido feito um raio. Para quem ainda não sabe, já está aberta a licitação para terceirizar merenda escolar, na modalidade concorrência pública. O encerramento está marcado para dia 18 de fevereiro. A prefeitura lançou a concorrência pública 01/2011, visando a terceirização já neste ano letivo. O prefeito vai entregar para a iniciativa privada a responsabilidade de servir alimento às crianças.

Existe a possibilidade de dezenas de merendeiras serem dispensadas, se não todas as 160, caso a empresa vencedora do certame queira trazer equipe própria. Mas, aí, parece, é só um detalhe desconfortável a ser tratado – à sua maneira, dele, prefeito, com certeza. Isso pode ser traduzido como incerteza futura para estas merendeiras. Geninho disse recentemente que no edital faria constar uma cláusula obrigando a empresa vencedora a contratar as merendeiras locais, mas não há certeza se isso figura no documento, nem se a empresa respeitará, caso figure.

A concorrência publicada na página oficial do município visa a contratação de empresa para prestação de serviços no preparo da alimentação escolar, com fornecimento de todos os gêneros e demais insumos, transporte e distribuição nos locais de consumo, logística, supervisão, prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos e utensílios utilizados e limpeza e conservação das áreas abrangidas, em conformidade com o edital e seus anexos, para atender ao programa de alimentação escolar nas unidades educacionais de responsabilidade do Município.

A entrega dos envelopes está prevista para dia 18 de fevereiro, às 10 horas, e a abertura será realizada no mesmo dia, às 10h30.

Esta inciativa do Executivo Municipal pode ser traduzida da seguinte maneira: falta de capacidade de gerenciamento. A merenda da rede municipal sempre foi considerada de excelência e arrebatou prêmios estaduais e até nacionais na gestão passada. Não havia problemas, não faltavam produtos, não havia negativas dos fornecedores em abastecer as dispensas.

Já que gostam tanto de comparar esta e a administração passada, que tal começarem por aí…Uma lástima.

UPA
Paralelamente, a prefeitura também abriu Tomada de Preços (nº 15/2010) para contratação de empresa especializada para dar continuidade, prosseguimento e fazer a conclusão da construção da Unidade de Pronto Atendimento-UPA, na Avenida Deputado Waldemar Lopes Ferraz, esquina com Rua Washington Luiz, antiga estação do trem e Pátio Municipal, que foi paralisada em virtude da falência da empresa contratada anteriormente. A tomada de preços, que seria realizada no dia 13, foi adiada para dia 27, com a entrega dos envelopes às 13h30, e abertura no mesmo dia, às 14 horas.

Parece que a dificuldade maior nesta questão da UPA é financeira. Não há informações oficiais (e lá vou eu de novo!), mas tudo indica que a empresa que não cumpriu o contrato com a prefeitura teria sim, recebido pelo serviço que (não) fez, ou melhor dizendo, por aquilo que lá está. O secretário de Obras e meio Ambiente, Gilberto Toneli Cunha, e o próprio prefeito Geninho garantiram para todo mundo que a empresa não recebeu pelo que (não) fez. Mas há quem diga que os cerca de R$ 1 milhão destinado à obra teria ido parar em seu caixa. Pouco antes de quebrar.

E antes que os bate-paus e os próprios arautos da verdade deste Governo saiam por aí gritando e ameaçando, informo qwue o caminho mais fácil, menos tortuoso e de comprovação da verdade absoluta é um só: mostrar o saldo na conta do banco. Caso contrário, de nada adiantará vociferar contra este ordinário blog, ou este igualmente ordinário blogueiro. Estamos combinados?

Até.

AGORA SÓ FALTA UM

A nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Olímpia já nomeou para cargos em comissão nove dos dez que tem para serem preenchidos. Falta nomear o profissional de Imprensa para a função de Assessor de Comunicação, cargo que, como já dissemos, estaria nas mãos do vereador Salata (PP), líder do prefeito na Câmara. Bom, e todo mundo saber que para a Assessoria Administrativa da Secretaria, voltou à Casa, depois de muitos anos, o bacharel Mário Michelli, desafeto inconteste de Salata. A expectativa é saber como será a convivência de ambos ali.

Também todo mundo sabe que como Chefe Administrativo e do Gabinete (Chefe de Gabinete) foi nomeado Jordano Antonio Ganâncio, que num passado recente foi motorista nomeado pela Mesa, quando foi presidente Jesus Ferezin (1997/1998), pai do atual presidente, Toto Ferezin (PMDB). E também que Ganâncio é esposo da advogada Edely Nieto Ganâncio, hoje lotada na Procuradoria Jurídica do Município, na prefeitura.

Sabem, também, que para a Assessoria Legislativa e Jurídica, foi nomeado o advogado Gilson David Siqueira, que já ocupava esta função na Mesa anterior e permanece, por indicação de Guto Zanette (PSB), 1º secretário, por acordo firmado há dois anos atrás, por meio do qual se elegeria João Magalhães (PMDB) presidente, mas que Zanette não cumpriu.

Sabem ainda que a jovem recém-formada advogada Aline Spegiorin Zanirato foi nomeada para a Assessoria Parlamentar; que Murilo Lucas Garcez Novais foi nomeado – também dentro da “cota” de Zanette – para a Assessoria de Gabinete da 1ª Secretaria, e que André Luiz Brocanelo é mais um que continua, agora como assessor de Gabinete da 2ª Secretaria, no caso, do vereador Agnaldo Moreno, o Lelé (DEM).

Muito bem, no sábado passado, 15, a Imprensa Oficial do Município-IOM, trouxe publicados outros três nomes de comissionados nomeados. Um deles, Ricardo Henrique de Arruda, para a Assessoria de Expediente, é singular. Ele foi funcionário comissionado da Câmara por cerca de um ano, na gestão de Hilário Ruiz (PT). Depois saiu, foi para a prefeitura, no cargo de Assessor Administrativo, onde se encontrava até ser exonerado para ser nomeado na Câmara de novo. Exoneração e nomeação foram publicadas na mesma edição da IOM, sábado passado.

Para Assessor Redator-Parlamentar foi nomeado o também advogado Rodrigo Gaetano de Alencar, que já foi comissionado da Câmara anos atrás, e que vem a ser filho do assessor de Gabinete da prefeitura, Jayr de Alencar. Para a Assessoria da vice-presidência foi nomeada Elisângela Regina Rodrigues da Silva, que segundo consta prestava serviços junto ao Banco do Povo.

Falta ainda para ser preenchido o cargo de Assessor de Comunicação, que segundo consta seria da “cota” do vereador e líder do prefeito na Câmara, Salata (PP). Dias atrás surgiram na cidade comentários de que ele estaria articulando a volta da jornalista rio-pretense Danielle Jammal, que foi “cabo-eleitoral radiofônico” do então candidato Geninho (DEM), na emissora em que trabalhava, a Rádio Difusora AM. O presidente da Câmara, no entanto, negou que isso vá acontecer. Esperar para ver.

VISITA

Cláudia Lacerda e Willian Batista, acompanhados da corretora Ciene estiveram na redação do jornal Planeta News, na tarde de ontem, em visita de cortesia, quando foram recebidos pela diretora comercial da empresa, Priscila Foresti, e pelo editor-assistente do semanário, este ordinário blogueiro Orlando Costa. Cláudia e Batista são da Lacerda Comunicação Empresarial, responsável pelo marketing da Construtora Pacaembu, responsável pela construção em Olímpia das 786 casas do “Minha Casa, Minha Vida”.

 

Atualmente, informaram, já há 228 casas sendo lajeadas, uma pré-fase de acabamento, dentro do primeiro lote de 436 unidades. Este lote deve ser entregue, pronto, entre setembro e outubro próximos. “A obra, aqui, está 18% acima do planejado”, em relação ao tempo, informou Cláudia. Entre os dias 20 e 25 de fevereiro deverá ser realizado um evento público de “apresentação” das casas aos mutuários e convidados.

Cláudia e Batista levaram várias anotações de questões que foram colocadas a eles, perguntas a respeito de determinados acontecimentos que foram colocados a nós e prometeram investigar e trazer as explicações. A visita durou cerca de uma hora.

OLIMPIENSES TAMBÉM PODEM COLABORAR COM FLAGELADOS DO RIO DE JANEIRO

Caro Orlando, boa tarde !
 
 
  O Rotary CLub de Olímpia está participando da campanha SOS Rio de Janeiro – URGENTE, iniciativa do Distrito 4480 através de seu Governador Silvio Roberto Ribeiro de Lima.
Estamos recebendo donativos: alimentos não perecíveis, água, produtos de higiene e limpeza, utensílios domésticos…
Os pontos de recebimento para entrega das doações são:
Posto XV 1, Posto XV 2, Posto XV 3, Posto Tigrinho, Bazar da Mariinha, Mercearia Santa Julia, Panificadora Mussolin, Carminati Supermercados, CIMICAL, NATIVA Modas, Supermercado Mirim, Drogaria Genérico (pracinha da COHAB), Sede da OLICANA e Sede do Rotary Club de Olímpia.
Os produtos arrecadados serão encaminhados para Rio Preto, de onde serão encaminhados ao Distrito do Rotary que fazem parte os municípios afetados pela castátrofe.
Lembramos ainda os telefones de contato para quem queira doar ” coisas grandes” – como geladeira, fogão, móveis, colchões -e não tem condições de entregar, 3279 8104 e 3281 2960. É só ligar que o Rotary retira a doação!
 
Gostaria que divulgasse essa iniciativa no seu BLOG. 
 
Um grande abraço
Foresti

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Blog do Orlando Costa: .