“Se é assim, podemos sugerir então que o natal seja dia 15 de dezembro, assim da pra gente se recuperar melhor para o Reveillon…rs”
(José Carlos j.carlos@gmail.com | 189.111.98.142)

 

São tantas e tamanhas as superficialidades ditas em meio à discussão do Fefol antecipado para julho que nem valeria a pena debater sobre o tema. Melhor talvez fosse ter a mesma atitude do colunista Antonio Arantes, do semanário “Folha da Região”, que na edição deste sábado optou por dar uma “banana” para o tema. Está lá, no semanário, à página 4, na “Coluna do Arantes”:

“”(…) Tanto faz como tanto fez realizar, do jeito que está sendo realizado, seja em julho, em agosto, ou em nenhum mês. É preferível acabar de vez com esta hipocrisia de usar o nome do professor para manter uma festa que ninguém sabe para que está fazendo. (…) Não adianta fazer festival cultural para o público que quer assistir Ivete Sangalo, Jorge e Matheus, João Bosco e Vinícius, entre outros. É melhor fazer outra festa do peão. Fazendo festa cultural pra público de festa do peão assistir é jogar no lodo o nome do ‘mestre’. (…) Vamos acabar com esta hipocrisia. Chega de Fefol! (…)”.

Entendo estas linhas como um brado retumbante a ecoar num vazio incomensurável de seres pensantes. É triste, mas é a nossa realidade. Ela é assim, triste. Fazer o que. Somos sub. Temos à disposição a graça divina de sermos únicos, mas insistimos em sermos apenas mais uns. Temos todo ferramental à disposição para sermos e fazermos a diferença, mas insistimos em não sermos diferentes. E muito menos, fazermos a diferença que o país precisa. Por fim, somos a única Capital Nacional do Folclore, e insistimos em sermos uma comunidade de toscos em busca da involução perfeita.

Uma Capital do Folclore que tem sua festa reconhecida nacionalmente em julho. E não agosto, o mês das tradições folclóricas. Caminhamos para trás. E diante de argumentos tão frágeis e descompassados como os que pudemos ouvir e ler nos últimos dias, também a vontade que nos assalta é a de dar uma “banana” para tudo isso. Tipo quer fazer em julho, faça! Quer fazer em agosto, faça! Quer fazer no recinto, faça! Quer fazer na tua casa, faça! Não quer fazer nada, não faça! Quer ir pro inferno, vá!

Até!