Amigos do blog, a cidade já está em pleno “bombardeio” eleitoral, com candidatos de tudo quanto é naipe tentando abocanhar um votinho aqui outro ali, trabalhados por cabos eleitorais mais ou menos importantes, mas todos com o fito de fazer bonito frente ao nome que ostenta na cidade. Interessante notar que nesta campanha não houve divisão em muitos grupos políticos, poderia se dizer que em termos de grupo seriam dois apenas, no espectro político da cidade: um capitaneado pelo prefeito Geninho (DEM), outro pelo ex-prefeito Carneiro (PMDB). Geninho trabalhando por Rodrigo Garcia (DEM) a federal, e Carneiro, por Uebe Rezeck, a estadual.
No mais, são políticos que trabalham de forma isolada por uma dobradinha, caso de Hilário Ruiz, com Beth Sahão e Antonio Metor, dois petistas, ou Dirceu Bertoco, que sozinho leva os nomes do Valdemar da Costa Neto, para federal, e André do Prado, para estadual, ambos do PR. E que se saiba, os demais estão na circunferência do prefeito, em torno de Rodrigo Garcia e um deputado estadual, o máximo que o mandante-em-chefe permitiu. Ele próprio tem como estadual o ex-prefeito de Santa Fé do Sul, Itamar Borges.
Afinal, em nada lhe é interessante a eleição de Fernando Lucas, “apadrinhado” por Rodrigo Garcia, que se tornará uma pedra em sua caminhada rumo à Assembléia, em 2014. Há quem diga que ele até estaria fazendo uma certa torcida para nada dar certo a Lucas. O prefeito, por sua vez, precisa encher o bornal de Garcia de votos, por uma questão de honra. Por isso faz na cidade, por Garcia, uma campanha como se para prefeito fora. Precisa dobrar os votos dados a ele quando ainda era vereador.
Se falamos em dobrar votos, falamos em alguma coisa em torno de oito a dez mil, já que na eleição passada, Garcia teve por aqui nada menos que 4.683 votos. O que o olimpiense terá a oportunidade de saber, nesta eleição, é se a força dos votos é do cabo-eleitoral Geninho ou dele próprio, Garcia. Dobrar os votos ou repetir os números dará a resposta. E nesse mister, vale tudo ou, melhor, quase tudo, porque afinal, tem muita gente de olho.
O que se espera é que não esteja havendo uso do dinheiro do município na campanha, por meios outros que no fim não se fica sabendo. Por exemplo, usando-se a máquina, se está implicitamente usando do dinheiro público, de forma indireta.
Para dobrar o número de votos de Garcia em Olímpia vale também apelar. Por exemplo, atribuir a ele benefícios que não exatamente ele trouxe para a cidade, ou mesmo relacionar obras que sequer sairam do papel e, se sairam, vêm se arrastando, mas que no ‘jornalzinho’ de campanha são dadas como prontas. Exemplo, estação de tratamento de esgoto, chamando “100% de esgoto tratado”, quando o próprio Governo Municipal admite que não ficará pronta este ano e corre o risco de não sair nem no ano que vem, dada a burocracia, mudança de Governo e coisa e tal.
O recape das vicinais, que por reiteradas vezes já foi dito que a obra faz parte de um programa macro do Governo Estadual, e foi um compromisso de campanha assumido por Serra quando aqui esteve para lançar sua campanha ao Governo do Estado, em 2006. Olímpia, então, foi incluída nos “Pró-vicinais”. Quando saiu, Garcia pegou carona. Outro exemplo, os R$ 700 mil para a reforma da rodoviária. Os amigos acompanharam por este blog e outros veículos de informação a briga pela paternidade do recurso entre o prefeito e o vereador João Magalhães (PMDB), que garantia ter conseguido ele a verba, por meio de emenda do estadual Edmir Chedid.
E tem mais, no jornalzinho do Garcia as praças centrais da cidade agora passaram a ter um nome só: Rui Barbosa. Ao informar que ela ganha “estilo europeu”, mostra uma imagem virtual dela já pronta, com texto dizendo que “(…) a praça matriz Rui Barbosa de Olímpia é dividida em duas partes por escadarias”, e agora vai ganhar uma “interligação”. O que leva à pergunta: Isso significa que nesta administração a cidade vai “perder” a Praça da Matriz? Ela vai passar a ser uma só? Obra de Garcia? Será que já combinaram com o clero local? Ou isso pouco importa nesse nosso arremedo de teocracia administrativa?
E há, ainda, a questão relacionada a asfaltamento de um pedaço de rua na Cohab I que gerou controvérsia, também, já que, atribuído a Garcia, houve quem refutasse a informação, dizendo ser trabalho antigo, do demista Chedid, por meio de Magalhães. E no cômputo geral, o jornalzinho “informa” que Garcia trouxe R$ 42 milhões para Olímpia. Mas não diz em que período este dinheiro veio para a cidade, lembrando que representa quase metade do Orçamento já estimado para o ano que vem, de R$ 90 milhões. É muito dinheiro.
E muito provavelmente, são valores que não condizem com a realidade, porque na soma daquilo que consideramos efetivamente trazido por Garcia e aquilo que não consideramos, alcança-se R$ 3.656.500. As outras verbas maiores, como já dissemos acima, foram ações diretas entre Governo do Estado e município, quando não com a União, que neste Governo já liberou mais de R$ 5,8 milhões para Olímpia. Será que está tudo na conta de Garcia?
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