Amigos do blog, perdoem-me por alimentar, de vez em quando, uma polemicazinha com o “chapa-branca” agora assumido Leonardo Concon. Às vezes é necessário, porque o mundo “cor-de-rosa” em que ele e seus protegidos vivem é perigoso, precisa ser desnudado e, até como auxílio para que não mergulhem de cabeça na fantasia, é oportuno que façamos aqui as críticas pertinentes. Primeiro, ele rebate o que ele próprio havia afirmado, que tem “muito orgulho em ser rotulado de chapa branca”, que ajuda a “bancar” o poder público, e que como blogueiro tem “de escrever a verdade dos fatos”.

Se esquece, porém, o “chapa-branca”, que o erro mais primário que um jornalista pode cometer é o de imaginar estar lidando “com a verdade dos fatos”. Porque a “verdade dos fatos”, em jornalismo, é apenas a versão dos fatos reais. Sempre será. No caso dele, o que faz é propaganda pura, não jornalismo. E propaganda custeada, sim, pelos cofres públicos. Direta ou indiretamente. Este discurso de não-alinhamento é mera balela. Trololó, como diria o candidato do prefeito. Ou, então, Concon estaria como o ‘Eremildo, o Idiota’, personagem de Élio Gaspari, na Folha de S.Paulo. Acredita em tudo que lhe imputam como “a verdade dos fatos”, sem questionamentos e cara de paisagem.

E uma outra questão, que já está me parecendo patológica, é a insistência com que falam do ex-prefeito Carneiro. Ainda não conseguiram esquecer o ‘hômi’. Vira e mexe tão falando dele. E o “chapa-branca” adora dizer sempre que Carneiro é meu patrão. Sim, é, qual o problema? Assim como Geninho, Salata e Zé das Pedras são patrões dele. Esta turma não consegue digerir o fato de que o ‘hômi’ hoje é só médico, aliás funcionário público estadual, ex-municipal. Médico por profissão e nas horas vagas, cidadão, como eu, como o “chapa”, como outro qualquer. E uma de suas atividades como cidadão é ser proprietário de parte de uma emissora de rádio. É crime?

E, depois, ao dizer que sou “alinhado com Carneiro e Cia” ele está querendo dizer o que, exatamente? O ‘hômi’ é crimonoso, procurado pela polícia, o quê? Para colocar pessoas sob suspeição é preciso ter provas cabais contra elas – isso é primário em jornalismo. Depois, relato abaixo prova cabal de que o nobre blogueiro é “orientado” – e mal – pelas forças do poder. E sugiro a ele que não acredite em qualquer recorte de jornal que lhe colocarem à mão. É a sua reputação, frente ao que reporta e escreve, que está em jogo.

Primeiro, ele justifica o “ôba-ôba” feito em cima do prêmio a ser concedido (?) ao seu patr…ops, prefeito Geninho (DEM), dizendo: “Quanto ao prêmio ‘Super Cap de Ouro’ é para gestão pública para o prefeito Geninho. Para restaurar a verdade, não é por ser ‘o melhor prefeito do mundo’, mas por ser um gestor bem acima da média. É claro que você, os seus patrões Carneiro e Guegué, não irão concordar”. Eles, não sei, mas eu concordo, sim. O atual prefeito está acima da média. E o prêmio então seria por ele ser acima da média, certo? Se está acima da média, como vai receber prêmio de melhor? Ninguém recebe prêmio pela média, acreditamos. Recebe-se prêmio por ser top. Ou este conceito também é outro quando a figura em questão é nosso prefeito e o repórter-redator és tú?

Depois, naturalmente orientado por gente “de dentro” ou ligadas a ela, ele diz: “Em 18 de abril de 2008 você escreveu que o seu, então patrão no ofício, Carneiro, “participou na segunda-feira, 14, no Palácio dos Bandeirantes, da cerimônia de entrega do ‘Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Mário Covas’, cujo objetivo é reconhecer e valorizar os administradores municipais que implementam ações de apoio aos pequenos negócios e de incentivo à cultura empreendedora. Carneiro novamente foi um dos prefeitos que recebeu o selo de prefeito empreendedor’.”

Só corrigindo, Leonardo: em 18 de abril Carneiro não era meu patrão como nunca o fora antes até 6 agosto de 2008, quando fui convidado a trabalhar na Rádio Menina. Aliás, nem a Guegué era minha patroa ainda, simplesmente pelo fato de que meu patrão, àquela altura, era o senhor Fernando Martinelli, da Rádio Difusora, de onde vim a sair – na verdade fui “saído” por razões que você sabe quais, porque ocupou, por breve tempo, minha vaga lá -, somente em 3 de junho daquele ano. Portanto, diante dessa “verdade dos fatos”, não pode ter sido eu a escrever aquele texto – no qual, aliás, não vejo nenhuma inverdade. Portanto, da próxima vez peça aos seus “orientadores’ de respostas mais cuidado, acuidade com o que lhe pedem para publicar. É seu trabalho e seu nome que estão em jogo.

Até.