INQUINDÔ, ISQUINDÔ!

INQUINDÔ, ISQUINDÔ!

Amigos do blog, não é fácil tentar manter o juízo no lugar, a razão à flor da pele, e a massa desperta quanto a detalhes de uma prática política perigosa, nestes tempos protofascistas que a cidade vive. Basta uma leve discordância para que as milícias peguem em armas e partam para cima do desafeto. No final de semana passado, por conta de alguns números relativos ao Carnaval-2010, mais especificamente relativos aos bailes no ‘cercadão’ postados aqui, fui alvo dos mais destemperados comentários, principalmente partidos do beduíno deslumbrado, aquele rapaz que de tão anti-ético que é vem usurpando junto ao Governo Municipal função que não lhe foi outorgada. E que até papel segura para assessor de segundo escalão fazer discurso. Tudo por ‘amor’ ao mandatário. O tipo não perde uma oportunidade de me atacar, e os amigos são testemunhas disso, e depois ainda tem o desplante de dizer que eu pego no pé dele, como se importância tivesse ele para tanto. E quero dizer aos outros que me atacaram, também, que em nenhum momento disse que o carnaval de Olímpia não foi bom. Se algum deles encontrar algo nos meus posts neste sentido terá razão, mas não vão encontrar, porque efetivamente em momento algum eu disse isso. O que disse, e reafirmo, é que não é, ainda, o melhor carnaval da região. Porque não é. Quanto ao terreno, agora sim posso dar crédito ao volume de pessoas que eventualmente tenham estado lá, porque soube de fonte segura e verdadeira, que a área mede cinco mil metros quadrados limpa. Portanto, se colocados mil metros quadrados como área ocupada e os restantes quatro mil metros como área livre, então haveria espaço – vejam bem, haveria – espaço para 12 mil pessoas, o que seria o público da última noite, terça-feira, segundo a organização da festa. Portanto, para um público total de 30 mil, como anuncia a assessoria do prefeito Geninho (DEM), restam outras 18 mil pessoas, que divididas pelas três noites restantes, seriam seis mil em cada uma delas. Mas é forçoso reconhecer a dificuldade de aceitar que nas noites de sábado e segunda-feira, seis mil pessoas estivessem por alí. Mas, como é para fechar esta questão, vamos aceitar que isso é sério. Assim o debuíno fica mais calmo. E volta para os seus prozacs.

OCULISTA
O beduíno deslumbrado me receitou dois oftalmologistas de renome de nossa cidade, à guisa de crítica pelo meu post do final de semana passado, que agora tomo a liberdade de recomendar, também, aos julgadores das escolas de samba. A Gaviões da Verde e Rosa em segundo lugar? Que coisa, hein?

E LÁ VAMOS NÓS
A Imprensa Oficial de sábado passado, 20, trás publicado em sua página 2, edital de oferta pública nº 004, visando autorizar onerosamente o uso do espaço do Recinto do Folclore, para a realização das festividades do aniversário de Olímpia, no período de 26 a 28 de fevereiro, e 1º de março. Oferta mínima de R$ 5 mil, e oferecer espaços publicitários em rádio AM e FM de 100 inserções respectivamente, divulgando o evento. Além de cobertura total da festa, em rádios FM e AM, com  flashes e reportagens ao vivo. Mas, tudo indica que a publicação é pró-forma, porque já não é nem à boca pequena que corre na cidade que os shows que antecedem o principal, que é o Roupa Nova, na segunda-feira, 1º de março, serão realizados pela Band FM, do Fernando Martineli. Serão trazidas para se apresentar várias duplas sertanejas, ainda não anunciadas, daquelas que mantêm vínculo permanente com o Sistema Band de Rádio em todo Estado, nas noites de sexta, sábado e domingo próximos. Resta saber se o valor mínimo cobrado é também só para inglês ver. E fica a pergunta: quem se responsabilizará pela estrutura de som, luz e palco, o que geralmente é a parte mais onerosa, em casos de shows de menor calibre? É só pra saber.

É HOJE
Logo mais, às 19 horas, acontece mais uma sessão ordinária da Câmara Municipal, cujas únicas matérias dignas de atenção são os dois projetos de Decreto Legislativo (304 e 307) que tratam da aprovação das contas de 2006 e 2007 do Governo Carneiro. Tudo indica que o parecer contrário à aprovação destas contas deverá ser mantido, porque o ex-prefeito Carneiro (PMDB) não deverá contar com os votos de Guto Zanette (PSB) e Hilário Ruiz (PT). Algumas correntes políticas da cidade, até contrárias e de oposição ao então Governo Carneiro, tem opinado ser injusta a reprovação das contas por causa de não pagamento de precatórios. Justificam dizendo que os prefeitos anteriores também não pagaram, fizeram os tais precatórios e não deram cabo das dívidas. Mas, ao mesmo tempo reconhecem que a partir do momento em que se tornou lei (2006) o pagamento de precatórios, não podia o prefeito deixar de pagá-los. Porque, neste caso, desobedeceu à lei. Já disse tratar-se de um motivo prosaico este para a rejeição das contas de Carneiro. Mas, o princípio do bem governar pressupõe o cumprimento à risca da lei. Embora esta votação de logo mais à noite esteja sendo tratada no âmbito político. Mas, vingando a aprovação do parecer pela rejeição, estará criado um parâmetro para todas as outras coisas daqui para frente. A tática dos dois pesos e duas medidas vai ficar mais difícil. Portanto, há males que vêm para o bem.

DAQUI A POUCO
Também é hoje a reunião derradeira entre médicos, diretoria da Santa Casa, prefeito e Ministério Público, em torno do assunto ‘plantão de disponibilidades’, cujos 33 profissionais responsáveis por ele não querem fazê-lo mais, se não receberem o que é de lei, ou seja, 1/3 do que ganha um plantonista presencial do Pronto Socorro daquele único hospital de Olímpia. A contraproposta a ser feita será de R$ 50 mil por mês, pelo menos durante este ano, contra os cerca de R$ 95 mil pedidos. A situação ganha uma certa gravidade, a partir do momento em que é esperada a palavra final dos médicos hoje, para por fim a esta novela. Eles iriam parar na sexta-feira passada, mas levaram a situação até hoje, para esta reunião. E agora está assim: ou eles aceitam e o caso se encerra, ou o município terá que praticar uma intervenção no hospital, e municipalizá-lo. Para o bem ou para o mal. Amanhã conto o resultado.